Vamo combina: com exceção dos que são contra a descriminalização do aborto por razões religiosas (o que eu respeito), a maioria só é contra porque sabe que vai virar farra (e vai, ao menos num primeiro momento, vai, não sejamos ingênuos).
E o que motiva esse julgamento é...
E o que motiva esse julgamento é...
...o que motiva esse julgamento é a imoralidade envolvida no ato "deu sem proteção e esperava um iPhone?". O assunto nem é a """"promiscuidade"""" em si, mas o, digamos, "capricho". Submeter-se a um procedimento bastante questionável por pura irresponsabilidade.
Mas... O que tá em discussão é bem simples: uma mulher que realiza um aborto (por farra ou por motivos menos fúteis) merece ser presa ou sofrer algum tipo de punição? A mim não me parece fazer muito sentido...
Do outro lado, o que tem por trás do discurso "das mulheres sofridas e injustiçadas" é a intenção de uma vida sem consequências, sejamos realistas. Ok... Não há por que ser contra isso já que a vida sexual das mulheres sempre foi limitada pelo alto risco (de engravidar, no caso)
O risco de uma transa pra uma mulher é incalculável diante do risco pro homem (zero ou quase, já que até pra DSTs somos bem menos vulneráveis em relações heterossexuais). Pra que mulheres possam viver a mesma sexualidade quase sem riscos que homens vivem, só tem um jeito...
A pílula já fez muito pela sexualidade da mulher, mas tem suas limitações. Nem sempre tá em dia na hora do vamovê (e o vamovê pra muita gente é inadiável) e há casos de pílulas que falham. Mesmo com o uso da camisinha ainda há limitações (pode estourar, sair, furar...).
A vida sexual "sem riscos" pras mulheres (de gravidez, pelo menos) - assim como ela é pros homens - só pode ser conquistada caso haja a possibilidade da "solução final". E, no fim do dia, é isso que tá em jogo.
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