Vacina 1 dose vs 2 doses. Isto é um verdadeiro debate científico. Não há consenso, os dois lados entendem uns aos outros e a dúvida é se vale a pena ou não desviar da evidência científica para um bem comum maior. Totalmente diferente da história da cloroquina e afins.
Explicando a crux do debate:
➡️2 doses: vacina-se menos gente com maior eficácia, demora-se mais t para atingir ⬆️% da população
➡️1 dose: vacina-se mais gente, com eficácia incerta, atinge-se “imunidade de rebanho” mais rapidamente, espera-se que isso ⬇️transmissão comunitária
➡️2 doses: evidência científica plenamente estabelecida, mas benefício para menor número de pessoas, muitas mortes esperadas ao longo do ano
➡️1 dose: desviamos da evidência, maior *potencial* benefício p/ maior número de pessoas, potencialmente reduzimos drasticamente mortes
E aí: trocamos o certo pelo duvidoso?
Esse é um ótimo tema para exercitar a capacidade de pesquisa e argumentação. Qual lado do debate você se situa? Ótimo. Agora escreva um relatório de 2 páginas defendendo a outra posição.
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Vários comentários questionando as vacinas de COVID pq as bulas citam que efeitos são incertos para gestantes. Deixa eu lhes mostrar a bula de alguns medicamentos comumente utilizados. Hidroxicloroquina:
http://200.199.142.163:8002/FOTOS_TRATADAS_SITE_14-03-2016/bulas/14007.pdf
Por favor, jornalistas brasileiros, façam matérias sobre esse tipo de relato. Ajuda e muito a mostrar para a população que esse vírus pode e deve ser combatido, e reduz a desinformação de que “é inevitável” ou de que os dados da Ásia são falsos.
Da série “manchetes clickbait irresponsáveis em uma crise de sáude pública”. Notem que a manchete omite a palavra "mesmo”, que muda completamente a compreensão da frase, embora usem-a na primeira frase do texto. +
O gráfico da Pfizer resume a notícia desnecessária. Os pontinhos azuis são pessoas que tiveram COVID após a 1a dose da vacina. Se a eficácia for 95%, significa que em >1 milhão de vacinados em Israel, esperamos que até 50 mil (5%) possam desenvolver COVID após a vacina.
Vejam a razão que temos confiança em dizer que o Reino Unido vive uma segunda onda, enquanto todos os especialistas se embananam para falar se no Brasil é 1a, 2a, repique etc… Aqui são novas hospitalizações por COVID19 por dia. Notem o longo período com números muito baixos.
Aqui o número absoluto de pacientes COVID19 em tratamento hospitalar.
Meu grande aprendizado (e choque) de 2020 foi descobrir que pouquíssimas pessoas no Brasil conseguem manter o foco mental para ler um texto com mais de 280 caracteres. É assustador dado o mundo cada vez mais complexo em que vivemos, entender nuances e detalhes é crucial.
Possivelmente mais assustador que isso é perceber que muitos jornais/revistas brasileiros agora seguem esse modelo de matérias cada vez mais curtas, mais rasas, com repetição de 1 ou 2 bits de informação. Mas abusam das manchetes e mídias sociais para atrair os "leitores”.
É muito mais fácil mentalmente ler (ou assistir) informações com as quais já pré-concordamos, traz até uma sensação de recompensa esse “cognitive ease”. Textos + longos frequentemente trazem detalhes que contrariam nossos pré-julgamentos, dá um tilt mental, "cognitive strain”.
Vou tentar algo diferente… Sobre COVID19, quais são suas dúvidas? O que poderia ser mais bem explicado?
Obviamente não conseguirei responder todos, muito menos hoje. Mas prometo que todo momento que tiver com alguns minutinhos livres no laboratório eu vou olhar os comentários e irei respondendo ao longo dos dias.
Pessoal, 2 da manhã aqui, preciso dormir e ir trabalhar amanhã (hoje) cedo. Mas colegas médicos e pesquisadores, fiquem a vontade para responder as perguntas aqui. Ou de linkarem respostas para perguntas repetidas.