Por favor, jornalistas brasileiros, façam matérias sobre esse tipo de relato. Ajuda e muito a mostrar para a população que esse vírus pode e deve ser combatido, e reduz a desinformação de que “é inevitável” ou de que os dados da Ásia são falsos.
Lembrando que “é caro” ou “somos um país pobre” é uma desculpa que não cola, já que cada paciente em UTI custa ao SUS R$1800 por dia. Fora todo o resto: pacientes em enfermaria, escolas fechadas, danos econômicos, vidas perdidas, etc..
Aqui outra cidade chinesa, Wuhan, que também rapidamente testou com RT-PCR praticamente toda sua população de ~10 milhões de pessoas *após* a reabertura da cidade, identificando 300 casos assintomáticos. nature.com/articles/s4146…
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Já que o Ministério da Saúde só dá bola fora…
Existem 3 formas pelas quais COVID é transmitido:
💦☔️ Gotículas
🌬️☁️ Aerosóis
🙌🖊️ Objetos
Os principais são gotículas e aerosóis. Segue o fio….
Quando respiramos, falamos, tossimos ou espirramos invariavelmente expelimos secreções de nossas vias aéreas para o ambiente ao nosso redor.
Quanto maiores e mais “pesadas” essas secreções expelidas, mais sofrem ação da gravidade, menos tempo pairam no ar e menor distância percorrem até atingir o solo.
Vários comentários questionando as vacinas de COVID pq as bulas citam que efeitos são incertos para gestantes. Deixa eu lhes mostrar a bula de alguns medicamentos comumente utilizados. Hidroxicloroquina:
http://200.199.142.163:8002/FOTOS_TRATADAS_SITE_14-03-2016/bulas/14007.pdf
Da série “manchetes clickbait irresponsáveis em uma crise de sáude pública”. Notem que a manchete omite a palavra "mesmo”, que muda completamente a compreensão da frase, embora usem-a na primeira frase do texto. +
O gráfico da Pfizer resume a notícia desnecessária. Os pontinhos azuis são pessoas que tiveram COVID após a 1a dose da vacina. Se a eficácia for 95%, significa que em >1 milhão de vacinados em Israel, esperamos que até 50 mil (5%) possam desenvolver COVID após a vacina.
Vacina 1 dose vs 2 doses. Isto é um verdadeiro debate científico. Não há consenso, os dois lados entendem uns aos outros e a dúvida é se vale a pena ou não desviar da evidência científica para um bem comum maior. Totalmente diferente da história da cloroquina e afins.
Explicando a crux do debate:
➡️2 doses: vacina-se menos gente com maior eficácia, demora-se mais t para atingir ⬆️% da população
➡️1 dose: vacina-se mais gente, com eficácia incerta, atinge-se “imunidade de rebanho” mais rapidamente, espera-se que isso ⬇️transmissão comunitária
➡️2 doses: evidência científica plenamente estabelecida, mas benefício para menor número de pessoas, muitas mortes esperadas ao longo do ano
➡️1 dose: desviamos da evidência, maior *potencial* benefício p/ maior número de pessoas, potencialmente reduzimos drasticamente mortes
Vejam a razão que temos confiança em dizer que o Reino Unido vive uma segunda onda, enquanto todos os especialistas se embananam para falar se no Brasil é 1a, 2a, repique etc… Aqui são novas hospitalizações por COVID19 por dia. Notem o longo período com números muito baixos.
Aqui o número absoluto de pacientes COVID19 em tratamento hospitalar.
Meu grande aprendizado (e choque) de 2020 foi descobrir que pouquíssimas pessoas no Brasil conseguem manter o foco mental para ler um texto com mais de 280 caracteres. É assustador dado o mundo cada vez mais complexo em que vivemos, entender nuances e detalhes é crucial.
Possivelmente mais assustador que isso é perceber que muitos jornais/revistas brasileiros agora seguem esse modelo de matérias cada vez mais curtas, mais rasas, com repetição de 1 ou 2 bits de informação. Mas abusam das manchetes e mídias sociais para atrair os "leitores”.
É muito mais fácil mentalmente ler (ou assistir) informações com as quais já pré-concordamos, traz até uma sensação de recompensa esse “cognitive ease”. Textos + longos frequentemente trazem detalhes que contrariam nossos pré-julgamentos, dá um tilt mental, "cognitive strain”.