Vários comentários questionando as vacinas de COVID pq as bulas citam que efeitos são incertos para gestantes. Deixa eu lhes mostrar a bula de alguns medicamentos comumente utilizados. Hidroxicloroquina:
http://200.199.142.163:8002/FOTOS_TRATADAS_SITE_14-03-2016/bulas/14007.pdf
Bula do Paracetamol (Tylenol):
http://200.199.142.163:8002/FOTOS_TRATADAS_SITE_14-03-2016/bulas/23111.pdf
Ah.. mas e vacinas? Bem, veja a bula da vacina para Gripe que tomamos ou deveríamos tomar todos os anos: br.gsk.com/media/664126/l…
Agora em relação a vacina da Pfizer, e quaisquer outras vacinas que serão desenvolvidas, de fato na bula eles colocam que os efeitos em grávidas são desconhecidos. Isso é uma recomendação judicial muito mais do que uma recomendação médica…..
Se a vacina tiver o potencial de causar algum problema, é muito provável que os problemas causados pela infecção por COVID sejam muito mais graves. Apenas lembrem do mal que vírus como Rubéola, Zika, Citomegalovírus e Hepatite E podem causar em algumas pacientes grávidas.
Último exemplo: A mais temida complicação da infecção por rubéola é justamente a Síndrome da Rubéola Congênita quando gravidas são afetadas. Virtualmente eliminamos a circulação de Rubéola com vacinas altamente efetivas. Olha só a bula da vacina para Rubéola.
Por que as empresas fazem isso? Para evitar um tsunami de ações judiciais de todas as mulheres que tenham abortos espontâneos ou bebês com malformações. Essas são coisas extremamente comuns na população geral, e é impossível provar o nexo causal em casos individuais.
Até explicar perante o juiz que "focinho de porco não é tomada” lá se foram dezenas ou centenas de milhares de reais em custas judiciais. É mais para evitar litigância de má fé do que qualquer outra coisa.
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Já que o Ministério da Saúde só dá bola fora…
Existem 3 formas pelas quais COVID é transmitido:
💦☔️ Gotículas
🌬️☁️ Aerosóis
🙌🖊️ Objetos
Os principais são gotículas e aerosóis. Segue o fio….
Quando respiramos, falamos, tossimos ou espirramos invariavelmente expelimos secreções de nossas vias aéreas para o ambiente ao nosso redor.
Quanto maiores e mais “pesadas” essas secreções expelidas, mais sofrem ação da gravidade, menos tempo pairam no ar e menor distância percorrem até atingir o solo.
Por favor, jornalistas brasileiros, façam matérias sobre esse tipo de relato. Ajuda e muito a mostrar para a população que esse vírus pode e deve ser combatido, e reduz a desinformação de que “é inevitável” ou de que os dados da Ásia são falsos.
Da série “manchetes clickbait irresponsáveis em uma crise de sáude pública”. Notem que a manchete omite a palavra "mesmo”, que muda completamente a compreensão da frase, embora usem-a na primeira frase do texto. +
O gráfico da Pfizer resume a notícia desnecessária. Os pontinhos azuis são pessoas que tiveram COVID após a 1a dose da vacina. Se a eficácia for 95%, significa que em >1 milhão de vacinados em Israel, esperamos que até 50 mil (5%) possam desenvolver COVID após a vacina.
Vacina 1 dose vs 2 doses. Isto é um verdadeiro debate científico. Não há consenso, os dois lados entendem uns aos outros e a dúvida é se vale a pena ou não desviar da evidência científica para um bem comum maior. Totalmente diferente da história da cloroquina e afins.
Explicando a crux do debate:
➡️2 doses: vacina-se menos gente com maior eficácia, demora-se mais t para atingir ⬆️% da população
➡️1 dose: vacina-se mais gente, com eficácia incerta, atinge-se “imunidade de rebanho” mais rapidamente, espera-se que isso ⬇️transmissão comunitária
➡️2 doses: evidência científica plenamente estabelecida, mas benefício para menor número de pessoas, muitas mortes esperadas ao longo do ano
➡️1 dose: desviamos da evidência, maior *potencial* benefício p/ maior número de pessoas, potencialmente reduzimos drasticamente mortes
Vejam a razão que temos confiança em dizer que o Reino Unido vive uma segunda onda, enquanto todos os especialistas se embananam para falar se no Brasil é 1a, 2a, repique etc… Aqui são novas hospitalizações por COVID19 por dia. Notem o longo período com números muito baixos.
Aqui o número absoluto de pacientes COVID19 em tratamento hospitalar.
Meu grande aprendizado (e choque) de 2020 foi descobrir que pouquíssimas pessoas no Brasil conseguem manter o foco mental para ler um texto com mais de 280 caracteres. É assustador dado o mundo cada vez mais complexo em que vivemos, entender nuances e detalhes é crucial.
Possivelmente mais assustador que isso é perceber que muitos jornais/revistas brasileiros agora seguem esse modelo de matérias cada vez mais curtas, mais rasas, com repetição de 1 ou 2 bits de informação. Mas abusam das manchetes e mídias sociais para atrair os "leitores”.
É muito mais fácil mentalmente ler (ou assistir) informações com as quais já pré-concordamos, traz até uma sensação de recompensa esse “cognitive ease”. Textos + longos frequentemente trazem detalhes que contrariam nossos pré-julgamentos, dá um tilt mental, "cognitive strain”.