Diagnóstico de COVID: como ampliar testagem e aliviar os sobrecarregados LACENs?
Testes rápidos p/ detecção de ANTÍGENOS me parece uma saída. Simplesmente substitui PCR? Não, pois não tem a mesma sensibilidade, ou seja, um negativo não descartaria covid. Porém, 1/5
Poderiam ser aplicados em pacientes SINTOMÁTICOS, preferencialmente, os mais graves (onde se espera carga viral maior e consequentemente, mais antígeno). É nestes pctes que estes testes apresentam melhor desempenho.
Na prática, como seria? 2/5 cdc.gov/mmwr/volumes/6…
Paciente sintomático👉teste de antígeno👉15min depois: resultado. Resultado➕: encerra a investigação. Vantagem: 1 exame de PCR poupado, já sai do atendimento c diagnostico, vai se isolar e informar familiares. Consegue receber as orientações médicas na hora. 3/5
Se resultado➖: Colhe novo swab p/ PCR no mesmo atendimento. Desvantagem: desconforto de 2 coletas. Não ⬆️PCRs pois esse já seria o exame a ser realizado.
Vantagens a nível populacional: laboratórios públicos receberiam ⬇️ demanda de PCRs, 4/5
conseguiriam retornar o resultado +rápido (hoje 7 dias pelo menos) e/ou poderíamos ampliar as indicações, quem sabem testar c o PCR poupado ao menos um contactante assintomático?
Enfim, me parece uma estratégia a ser testada. 5/5
Esqueci em reforçar um DETALHE IMPORTANTE p/ não haver confusão: teste rápido de ANTÍGENO não é o mesmo que teste rápido de ANTICORPO. O de antígeno colhe no nariz igual ao PCR. Os de anticorpos é o do dedo>> não serve p diagnóstico de doença aguda.
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Artigo de revisão narrativa:
-Formato q permite composição do texto c/ variável carga de opinião pessoal.
Texto justamente de revisão, não traz conteúdo de pesquisa original. Um artigo de revisão narrativa não traz informações novas q comprovem ou refutem uma hipótese. 1/
- Os autores reconhecem a necessidade de ensaios clínicos (Abstract).
- Os autores reconhecem que apenas estão propondo um algoritmo de tratamento (Summary). Proposta é legítima mas não é evidência. 2/
— Suposto mecanismo de ação de drogas sobre alegado racional fisiopatológico (suposto e alegado pq não são conhecimentos consolidados ainda) não são evidências em medicina. Servem p/ gerar hipóteses, como as apresentadas pelos autores. 3/
A @ICS_updates acaba de publicar um guia muito útil sobre como devem ser reportados os “leitos de UTI”.
Aprimorar a forma de transmitir um dado é uma das peças da engrenagem que precisamos para diminuir o dano da pandemia.
Segue um resumo👉
+ ics.ac.uk/ICS/News_State…
Um leito sem equipe é como ter a carroceria de um carro (o leito) com motor (os monitores e equipamentos), abastecida e pronta para andar, mas sem motorista (a equipe treinada em UTI).
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Definições-chave para que os dados sejam apresentados com precisão:
👉Capacidade basal de UTI = N de leitos de UTI totalmente equipados (e financiados, isto é, recursos para medicações e adequado funcionamento dos equipamentos) em um hospital.
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PARTE 3. Quanto mais evidências de diferenças não esperadas por mero acaso forem sendo encontradas, mas consistência de que aquele efeito é encontrado por aquela causa. +
Mas então é preciso ficar testando indefinidamente para cada vez mais diminuirmos esta probabilidade de ter sido ao acaso o efeito observado? Certamente, não. Aí entrem outros conceitos de probabilidades esperadas a partir do que já se sabe de outros estudos, que vão +
determinar se são necessários novos estudos para comprovar aquelas conclusões ou não. +
PARTE 2. Como são mais fáceis e rápidos de serem realizados, os estudos observacionais muitas vezes frente a uma situação inédita ou inesperada são a primeira base do nosso conhecimento sobre o novo ocorrido e a partir dos seus resultados direcionamos as nossas ações. +
Além disso que foi explicado, um estudo científico precisa ser minuciosamente descrito em todos os seus aspectos. Muitas vezes como ocorreu agora na pandemia, muitos estudos observacionais careciam de descrições às vezes muito básica, +
como por exemplo, quando a intervenção foi administrada de forma que fica impossível sequer averiguar se a administração da intervenção guarda alguma relação temporal com o evento (desfecho) que estava sendo medido. +
Neste que se inicia continuaremos escutando bastante que algo “está provado”. Mas o que é estar "provado"? O que é, afinal, uma “prova” em ciência?
Aviso, dividirei em mais de um🧵E fios longos, mas espero que sejam úteis! (PARTE 1) +
Certamente, esta é uma discussão que poderia ser bem mais formal e ir bem mais para trás no tempo, para 369 A.C., nos primórdios da epistemologia, quando, conforme nos legou Platão, Sócrates questiona Teeteto, “O que é o conhecimento?” +
Poderíamos também derivar uma ampla reflexão sobre a própria natureza da realidade, a partir das inquietudes trazidas por gigantes da humanidade, os grandes físicos teóricos do início do século XX, Planck, Einstein, Bohr e Schrödinger, apenas para citar uns poucos. +
Alguns comentários sobre o DC do RS: objetivo do modelo é evitar que os hospitais esgotem sua capacidade de receber doentes. Isso é insuficiente para evitar mortes e por isso observamos a progressão da óbitos no RS nos últimos meses. Uma intro, depois vamos aos exemplos. 1/
1o. ponto que precisa ficar claro e é A premissa falha do modelo: O leito livre não é garantia de sobrevivência. Hospitais sem sobrecarga, maior chance de sobrevivência à covid, conforme bem demonstrado em um estudo americano em 955 hospitais. 2/
Não sou matemático nem estatístico, mas alguns itens são bastante intuitivos ao analisar o que está na metodologia do modelo. Vejamos: 50% da pontuação do modelo depende da capacidade hospitalar, e metade desta vem da variação em relação à semana anterior. 3/