Thread by @SexoGratweeto

MARISA MATIAS VS VITORINO SILVA na RTP3 agora! WILD CARD TIME

Começa com uma visita ao passado histórico da figura de “Tino de Rans” que já nos acompanha há mais de vinte anos. Pinta-se como um homem de família e não um fanático sedento de holofotes e defende as suas derrotas eleitorais recentes (reenquadrando como vitórias morais)

Ainda bem que Vitorino está nestes debates, Portugal é mais que Belém e São Bento. Não sei como Marisa consegue “marcar pontos” aqui, excepto sendo magnânima e simpática (como é normalmente). VdS a notar as boas audiências que teve. Como alguém não preocupado com a fama.

Marisa traz currículo e credibilidade, isto é pintado como uma falha do BE de não trazer figuras novas. Marisa aponta e bem que Marcelo já tinha bem mais rodagem e chapéus diferentes quando se tornou presidente.

Marisa recentra a pergunta e puxa-a para o seu pitch. Gosto muito desta ideia de “fundir candidaturas” se calhar com uns brincos Potara. Esta ideia de querer limitar candidaturas quando há visões tão diferentes para o país à esquerda não faz sentido.

Vitorino completamente invisibilizado por um segmento de entrevista a Marisa Matias. Pela segunda vez numa noite, Carlos Daniel escolhe fazer entrevistas paralelas em vez de tentar puxar um debate.

Marisa mais uma vez a tentar puxar um argumento de “voto útil” em si: em 2016 o seu resultado expressivo deu-lhe força para conseguir puxar assuntos como o dos cuidadores informais. É um bom argumento para uma eleição que já parece decidida. VDS faz crítica a sondagens e canais.

“Eu não conheço facas de um quilómetro, quem espeta facas está próximo.”, Vitorino não acredita que Marcelo aguentará António Costa durante o segundo mandato. Pessoas de esquerda atentem, Marcelo será sempre Marcelo.

“Marcelo foi um bloqueio a entendimentos de esquerda.” critica Marisa, bem, sobre lei de bases da Saúde e leis laborais. Marcelo lembra um pouco um travão à direita, que impede que a esquerda puxe o PS demasiado à esquerda (para alguém do PSD). E para Costa uma boa desculpa.

“Se Marcelo comentador tivesse de falar do Marcelo presidente, não estaria longe das críticas de Marisa.” Vitorino é paradoxalmente dos candidatos mais ready-made para televisão, must-watch, imprevisível e com sound bites memoráveis.

Marisa puxa a questão do dinheiro público e lucro privado da vacina. Pagámos por ela, de quem é a patente? Não devia ser livre para o mundo? Marisa faz uma crítica de esquerda mas interna à Europa, ou não fosse o seu trabalho. Por exemplo à bazuca ser dívida mutualizada.

“Ursula Von Der Leyen é a próxima grande estadista europeia?” ESTADISTA? DE QUE ESTADO, CARLOS DANIEL??

“A little less conversation and a little more action” diz Vitorino sem dizer que acção. Carlos Daniel acusa-o de populista com aquela definição centrista isentona que junta Bernie e Trump, Vitorino apela ao povo tomar o poder (com defenestrações como antigamente, espero).

“Do Povo e da Pova.” diz Vitorino. Marisa mostra que Vitorino era anti-Geringonça (um turn-off para a maioria de Portugal) e defende várias das suas conquistas, com algum carinho mas condescendência patrícia. Ups.