Pessoal, vou fazer um fio/texto assim que possível, mas não podia deixar de compartilhar essa ótima notícia, "quentinha" da Science de hoje! De 188 pacientes com COVID analisados, células B de memória foram mais abundantes aos 6 meses do que em 1 mês após o início dos sintomas.
Fiz esse fio para ajudar nos esclarecimentos desse artigo muito interessante da Science Advances sobre os fluxos de ar no interior dos automóveis e a transmissibilidade de doenças respiratórias. advances.sciencemag.org/content/7/1/ea…
Já sabemos que a transmissão de doenças respiratórias altamente infecciosas, incluindo a COVID-19, é facilitada pelo transporte de gotículas exaladas e aerossóis que podem permanecer suspensos no ar por longos períodos de tempo.
Nós utilizamos automóveis para nos locomovermos, e muitas vezes compartilhamos com pessoas que não convivem conosco. É o caso dos táxis, carros por aplicativo e caronas. O interior de um carro cria um microclima que pode potencialmente aumentar a transmissão de patógenos.
As perguntas que não querem calar quanto a COVID-19 e a tão sonhada imunidade: “quanto tempo estaremos protegidos do vírus através da imunização?” e “quem pegou a doença já está imune?” Siga o fio feito em parceria com a @mellziland! :)
Na biologia, a imunização corresponde à aquisição de proteção a um determinado agente infeccioso, criando uma resistência à doença causada por esse agente, através da estimulação de uma resposta imune!
Essa resposta pode ser dividida em 1) inata (não específica, também conhecida como nossa primeira linha de defesa) ou 2) adquirida (adaptativa, mais específica, acionada para se somar à inata) se houver necessidade de resposta mais específica.
Ainda sobre a nitazoxanida, reportagem na Science de hoje. E, apesar de toda essa palhaçada e a vergonha mundial que estamos passando, eu quero agradecer aos colegas cientistas brasileiros sérios e a meus colegas da @analise_covid19, que analisaram o referido estudo (1)
e colocaram os "pingos nos is" sobre como se faz ciência de qualidade aqui no Brasil. Ciência exige método e modéstia, pois o conhecimento é transitório e relativo. Desconfie de alguém que diz ter certeza sobre A ou B. O nome disso é charlatanismo. (2)
Pontos importantes da reportagem sobre a avaliação clínica do fármaco:
"Uma carga viral mais baixa tem pouco significado se não faz o paciente se sentir melhor e é improvável que reduza a transmissão da doença 10 dias após o início dos sintomas. (3)
Reportagem da Science feita a partir de artigos da Nature e do New England a respeito da expressão de genes identificados em relação à COVID-19 grave (siga o fio...)
1. IFNAR2, que codifica um receptor para interferon, uma molécula que ativa as defesas imunológicas quando um vírus invade uma célula. "Uma variante do IFNAR2 encontrada em um em cada quatro europeus aumentou o risco de COVID-19 grave em 30%."
2. OAS, codificam proteínas que ativam uma enzima que quebra o RNA viral. Uma mudança de expressão nesses genes pode prejudicar essa ativação, permitindo que o vírus "faça a festa".