📌A @EconomiaGV elaborou um estudo intitulado “Perda de aprendizado no Brasil durante a pandemia de covid-19 e o avanço da desigualdade educacional”. Resultados indicam que a educação brasileira pode retroceder até quatro anos devido à pandemia. Entenda no🧵os detalhes. Segue 👇
O estudo visa responder quais as consequências da pandemia para o aprendizado dos estudantes no Brasil? Primeiro se faz breve revisão da literatura internacional sobre o tema e depois simulações com dados dos estudantes do Brasil. 2/n
O que pesquisas internacionais apontam?
• Interrupção das aulas prejudica o aprendizado, em especial de matemática;
• Alunos dos anos iniciais da educação básica são os mais prejudicados;
• Alunos com maior vulnerabilidade socioeconômica são os que mais sofrem. 3/n
A simulação considerou:
• Aprendizado em um ano típico;
• Tempo de interrupção das aulas;
• Eventual aprendizado com o ensino remoto.
O aprendizado dos alunos brasileiros em um ano regular foi medido com base em dados do Saeb de 2015 e 2019. 4/n
Para calcular o eventual aprendizado via ensino remoto, 3 cenários:
i. otimista, em que os alunos aprenderiam tanto quanto aprenderiam no presencial
ii. intermediário, aprenderiam proporcionalmente às horas gastas com atividades escolares;
iii. pessimista, não aprenderiam
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Informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Covid-19) foram utilizadas para calcular os parâmetros dos dois primeiros cenários para cada uma das etapas de ensino. No pessimista, o parâmetro é zero. 6/n
Resultados obtidos para os anos iniciais do ensino fundamental. 7/n
Resultado da simulação para o ensino médio. 8/n
Para entender quanto esse aprendizado não realizado representa, é possível comparar os resultados da simulação com a evolução da proficiência dos estudantes brasileiros em matemática e em língua portuguesa nos últimos quatro anos. 9/n
No cenário pessimista, o aprendizado não realizado em 2020 seria superior à evolução de proficiência observada nos últimos quatro anos, tanto em matemática quanto em língua portuguesa. 10/n
A pesquisa revela, como esperado, que os grupos populacionais mais prejudicados no contexto de pandemia são do sexo masculino, pardos, negros e indígenas e com mães que não finalizaram o Ensino Fundamental. 11/n
Grande parte de tudo que estamos vivendo na pandemia era plenamente evitável. Ações elementares que qualquer leigo sabe que fariam a diferença:
- boas e intensivas campanhas de prevenção, que apontassem a gravidade da situação;
- priorização política para testagem em massa; 1/n
- EXEMPLO correto e cotidiano das autoridades nacionais de cumprimento dos protocolos contra o vírus;
- restrições (isolamentos) coordenadas e sérias em regiões de alto contágio;
- uso estratégico, desde o início, de equipes da saúde da família no combate à doença; 2/n
- valorização do trabalho dos profissionais da saúde e garantia de insumos essenciais para salvar vidas (o oposto de focar e gastar com tratamentos ineficazes);
- chancela cotidiana à ciência, reforço da importância da vacina como peça fundamental para superar a pandemia; 3/n
Em função das vacinas do @butantanoficial e da @fiocruz, a ciência brasileira vem sendo exaltada, com razão. O 🇧🇷 investe 1,3% do PIB em C&T, bem abaixo de países como 🇰🇷, 🇩🇪, 🇯🇵 e 🇺🇸. Os últimos anos foram de cortes, veja no 🧶 os casos da @CAPES_Oficial e do @CNPq_Oficial. 👇
Essa tabela traz os valores previstos para a CAPES no projeto de lei orçamentária entre 2012 e 2021. Reparem no desmonte observado nos últimos dois anos, Bolsonaro solapando a pós-graduação brasileira de modo criminoso. 2/n
O gráfico abaixo traz o gasto realmente efetivado pela CAPES nos últimos anos, desmonte materializado. 3/n
🧭
Esse🧶visa oferecer subsídio técnico e argumentativo para que os senadores (marque-os aqui 📌) corrijam a regulamentação do #Fundeb. São quatro frentes 👇
- Aspectos jurídicos
- Aspectos alocativos (ampliação da desigualdade)
- O impacto orçamentário
- Aspectos políticos
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O posicionamento do Comitê Técnico da Educação do Instituto Rui Barbosa, entidade que congrega os Tribunais de Contas nacionais, é que os destaques do governo "ferem comandos constitucionais expressos e comprometem a concretização do direito à educação".+ projetoscte.irbcontas.org.br/wp-content/upl…
As simulações do @TodosEducacao (próximo tuite) não deixam dúvidas em relação ao quão regressivas são as alterações feitas pelo governo e aliados no Fundeb. Há ainda argumentos políticos e de princípios constitucionais para guiar o diálogo no senado. + jornalggn.com.br/a-grande-crise…
"Ainda que impondo uma limitação para 10% das matrículas em cada etapa, essa mudança drena recursos da rede pública para a privada, ampliando a desigualdade sem garantir benefício efetivo ao atendimento escolar". +
É quase unânime entre entidades representativas, movimentos sociais ligados a educação que as medidas aprovadas na @camaradeputados significam retrocessos, abrem flancos para proselitismo político e até "flexibilizam" a laicidade do estado. +
Sobre ser estrutural, Rodrigo Soares e coautores estimaram o efeito da escravidão na desigualdade. O 1° no gráfico é o 🇧🇷. Sem escravidão, estimam um Gini 15 pontos menor. A evidência sugere que a escravidão é determinante dos níveis de desigualdade hoje.sciencedirect.com/science/articl… +
Nas eleições de Porto Alegre, a @ManuelaDavila tem meu total apoio. A cidade tem a oportunidade de dar uma virada no que tange a educação. Seu programa traz o que de melhor conhecemos na literatura e nas políticas públicas eficientes da área. Listo alguns pontos aqui. 1/n 🧶📚
Primeiro um grande foco na 1ª infância. O programa Renda Básica para Infância Melhor será ótimo passo. As áreas da assistência social, da saúde e da educação devem implementar políticas intersetoriais que resultam comprovadamente em uma vida escolar melhor nos anos seguintes. 2/n
Pontos centrais:
- Mobilizar um Pacto Social pela Universalização da Educação Infantil em POA
- Formação continuada dos professores e profissionais da educação;
- Monitoramento constante da aprendizagem;
- Incentivo à política colaborativa das boas práticas pedagógicas;
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