Com Biden cada dia mais próximo do trono americano, chegou o momento de fazer como Churchill, isto é, continuar a ler o mais famoso livro do Edward Gibbon...
Aliás, é esquisito pensar que, por causa da doença que tinha no saco, Gibbon não se sentiu seguro para corresponder à paixão de Suzanne Curchod, que, por isso, acabou casando-se com Jacques Necker, dando à luz a Madame de Staël.
Ou seja, Benjamin Constant só conseguiu essa talentosa amante por causa do saco detonado do Gibbon.
E agora me lembrei que o ensaio do Benjamin Constant permanece atual: ele contrapõe a democracia dos antigos, que não tinham vida privada mas participavam ativamente da política, à democracia moderna, na qual todos têm vida privada mas meios deficientes de interferir na política.
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"Apenas esteja certo de que, enquanto Deus trabalha com a turba, o diabo trabalha por meio dos especialistas e fornece 'todos os fatos'."
Lin Yutang, in Between Tears and Laughter (1943).
"Às vezes me parece que não precisamos das Quatro Liberdades [liberdade de pensamento, expressão, alimentação e abrigo], mas apenas de uma Liberdade – libertar-nos da Farsa. A suprema farsa moderna é que a mera posse de 'fatos' é uma boa desculpa e justificativa para...
"... dispensar princípios. Lembre-se de apenas uma coisa: os especialistas têm todos os fatos, enquanto as pessoas têm todo o julgamento. Essa fé não deve ser abalada, pois quando é abalada, a democracia cai nas mãos dos especialistas, e quando...
Nos anos 1990, na UnB, eu tinha um colega bem mais velho, ex-menino de rua, já casado, um filho, que, com suas perguntas difíceis e irônicas, vivia colocando os professores em situações embaraçosas. Ele me contava que, sempre que fazia um exame, chamava o médico de "curandeiro".
A princípio os médicos se sentiam desconfortáveis, mas ele o fazia de forma tão amena e bem humorada, que, no final, acabava ouvindo a mesma pergunta:
– O senhor também é médico?
– Não, estudo filosofia.
"Pois é", me dizia, "lá entre eles, sabem que são apenas curandeiros".
A propósito: parece estranho um funcionário do IBAMA, estudante de filosofia da UnB, já casado, ter sido um menino de rua. Mas era verdade: em Curitiba, no inverno, ele procurava carros destrancados para dormir dentro deles, no quentinho. O dono de um desses carros o adotou.
Ontem, eu estava assistindo ao vídeo em que a Brandy Vaughan (ex-funcionária da Merck) –encontrada morta após denunciar anos a fio a indústria farmacêutica e suas vacinas inseguras– fala sobre a intimidação que sofria, qdo me deparei com este comentário:
Fui logo pesquisar a respeito, pois acompanho Kary Mullis (é assim que se escreve) há vários anos. (Logo explicarei o porquê.) Bioquímico, Prêmio Nobel de 1993, Mullis criou o PCR (reação em cadeia da polimerase), com o qual se pode replicar seguimentos de DNA...
...o que torna mais fácil seu estudo e manipulação. Isto revolucionou as pesquisas do DNA. O comentarista do vídeo acima diz que Mullis era contra o uso do PCR em testes para detectar a doença. Chequei e encontrei isto: uk.reuters.com/article/uk-fac…
No podcast que gravei com @opropriolavo em 2006, ele diz claramente: a pobreza não gera revoluções, pois estas custam dinheiro. Quando uma classe ascende economicamente, passa a desejar poder político também. Todas as revoluções ocorreram assim, mesmo na Rússia. [1/5]
Em 1966, 51% da população mundial vivia na pobreza extrema, recebendo menos de US$1,90 por dia. Atualmente, menos de 10% da população mundial vive assim, o que significa que o mundo, como um todo, enriqueceu. Tanto que a esquerda não fala de pobreza, mas de desigualdade. [2/5]
E por quê? Porque de fato os ricos estão muito mais ricos. Mas é como dizia a Thatcher: "Os socialistas não querem que os pobres possam sobreviver; eles querem apenas reduzir a riqueza dos ricos, como se ela não fosse responsável pela melhoria de vida dos mais pobres". [3/5]
Deve ser confortável "não se interessar por política" e, sem querer querendo, aderir a todos os valores, ideais e atitudes da grande mídia, das universidades, de Hollywood, dos artistas pop, etc., toda essa gente que, nos anos 1960, foi contra-cultura e hoje é mainstream.
O que motivou boa parte da contra-cultura do século passado, ao menos da parte daqueles que não eram mal-intencionados, foi o comodismo sem vigor, de grande parte da sociedade, a uma "tradição" esvaziada de seus princípios e ideais, uma "tradição" que não era senão a...
...carapaça vazia da Cultura que conformou o Ocidente. Aqueles que viviam simplesmente na inércia da época não souberam defender desses ataques tudo o que sempre lhes garantiu a possibilidade de serem livres, responsáveis e prósperos. Hoje, seus filhos, com a recordação dessa...
Ao longo dos anos 1990, na Tribuna da Imprensa, dois articulistas escreveram incansavelmente sobre os perigos do Foro de São Paulo, do Diálogo Interamericano, de Cuba, da Nova Ordem Mundial, do globalismo e, claro, de FHC e Lula: Geraldo Luís Lino e Tasso Villar de Aquino.
Dois erros que li nos artigos do general Tasso Villar de Aquino: 1) ele atribuía a Nova Ordem Mundial e, por conseguinte, o movimento globalista aos EUA. Não percebia que os americanos também eram um alvo dessa turma; 2) Acreditou que Ciro Gomes seria uma boa alternativa.
Neste artigo publicado na Tribuna da Imprensa em 1996, Tasso Villar de Aquino cita não apenas o Foro de São Paulo mas também Bolsonaro.