Thread by @laribrussa

Eu, a @nathpsl e a @gisellesms fizemos uma série de cards pra campanha #todospelasvacinas, pra contar um pouquinho sobre a história de grandes cientistas que contribuíram pro desenvolvimento das vacinas! Segue o fio para ver como ficou :) @analise_covid19 @UPVacina

Começando por ele, é claro, o doido que resolveu inocular feridas de uma doença chamada varíola bovina em humanos, pra combater a Varíola humana, que matava centenas de milhares de pessoas no século XVIII. Através desses experimentos,Jenner contribuiu para os pilares da imunidade

Começou então a difusão de uma prática que ficou conhecida como “variolação” em diversos países.A adesão à prática iniciou pela aristocracia e realeza e consistia, basicamente, na inoculação de feridas secas sopradas nas narinas da pessoa a ser imunizada, com auxílio de um bambu

Com o passar do tempo, ferramentas foram sendo adaptadas para a inoculação, porém, nunca foi uma prática segura, pois se a preparação do inoculado não fosse adequada, poderia causar a doença. A utilização de cascas de feridas secas foi a primeira tentativa de atenuação do vírus.

A varíola humana foi a primeira e única doença humana erradicada e hoje temos dois repositórios seguros de varíola no mundo, no CDC (cdc.gov/CDC) e no VECTOR – State Research Center of Virology and Biotechnology (istc.int/en/institute/1…)

Se você não ouve mais falar em varíola nos dias atuais, agradeça às vacinas e à Lady Mary Wortley. Essa doença foi erradicada oficialmente do mundo em 1980 depois de anos de campanhas de vacinação em massa.

A escritora inglesa Lady Mary Wortley é uma figura importante nessa história. Durante uma visita ao Império Otomano, observou a variolização e em 1722 escreveu um artigo sobre ela, além de aplicar o método em seus filhos. Isso contribuiu e muito para a popularização da técnica

Ela enfrentou diversas barreiras porque foi imensamente criticada por utilizar algo experimental em seus próprios filhos, além do fato da prática ser oriental e ser propagada por uma mulher.

O oriente era visto como atrasado e as mulheres sem capacidade. A variolização sendo ligada a essas duas coisas, não foi bem aceita. Ainda sim,textos de Mary foram importantes para apresentar um método que levou a estudos posteriores, culminando na vacina, como conhecemos.

A primeira experiência de Pasteur com as vacinas foi durante seus estudos com cólera aviária. Seu assistente saiu de férias e esqueceu uma cultura que estava sendo estudada sem as condições adequadas de cultivo. Quando retornou, a cultura não era mais eficaz de infectar as aves

Ao perceber isso,Pasteur fez um segundo experimento, infectando as galinhas com essa cultura antiga e um tempo depois, inoculou uma cultura que causava a doença. As galinhas sobreviveram, pois a primeira inoculação do vírus atenuado foi suficiente para provocar uma resposta imune

Na época, Pasteur recebeu 100.000 francos que foi um donativo importante para criar a fundação do Instituto Pasteur.

Oswaldo Gonçalves Cruz nasceu em São Luís do Paraitinga (SP), em 5 de agosto de 1872. Seu pai, Bento Gonçalves Cruz, também era médico. Bento morreu em 1892, no mesmo ano em que Oswaldo defendeu sua tese "A veiculação microbiana pelas águas".

Podemos dizer que a Diretoria Geral de Saúde Pública era equivalente, naquela época, ao atual Ministério da Saúde

Em 1909, Oswaldo Cruz deixou a Diretoria Geral de Saúde Pública, passando a se dedicar apenas ao Instituto de Manguinhos, que seria rebatizado com seu nome. Ele morreu em 1917, com apenas 44 anos, deixando um grande legado para a ciência e para a medicina.

Você sabia que o último caso de poliomielite no Brasil foi em 1989? E que falta pouco para ela ser erradicada do mundo? Um dos nomes de grande contribuição para esse cenário é o da Drª Dorothy Horstmann.

Ela é epidemiologista e virologista americana e foi fundamental para a compreensão dos mecanismos patológicos do vírus causador da poliomielite.

Ela obteve notáveis conquistas como ser a primeira mulher a ser professora em Yale na escola de Medicina e presidente da Sociedade Americana de Doenças Infecciosas. Além de claro, ter tido papel significativo na quase erradicação de uma das doenças infantis mais temidas.

E por fim, mas não menos importante, nosso querido Vital Brazil!

Vital Brazil foi um médico e sanitarista, liderou frentes de combate a algumas epidemias que surgiram no País, como a febre amarela, cólera, varíola e peste bubônica. Foi um dos primeiros pesquisadores de toxinologia nas Américas e de medicina experimental no Brasil.

Entre seus vários legados podemos destacar a criação do Instituto Butantan, em São Paulo, em 1901, e do Instituto Vital Brazil, em 1919, em Niterói.

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