Esse estudo não deveria ter ganhado as manchetes que ganhou. Ele tem muitos problemas e, como o @MBittencourtMD destacou no fio dele, as próprias conclusões destacam que o estudo não é suficiente pra validar ivermectina ou se basearem nele
Não é novidade que estudos fracos, problemáticos e enviesados ganham destaques porque estamos imersos a uma luta contra o negacionismo, que está em múltiplas esferas da sociedade. Há negacionismo por parte de prof. de saúde, de especialistas que deveriam seguir a ciência
Ou pelo menos ENTENDER como a ciência é feita. Quando vejo o compartilhamento em defesa desse estudo, só consigo pensar que: 1) a pessoa não leu ele inteiro, o que é péssimo
2) a pessoa não entende, e aí tudo bem, a divulgação esta aí pra esclarecer, mas isso deve vir antes do compartilhamento pra não propagar fake news 3) mau caratismo
Informações científicas precisam de RESPONSABILIDADE na comunicação. Converse com um cientista antes.
Estamos suscetíveis a desinformação, mas devemos sempre nos questionar e nunca abrir mão disso.
"mal não faz tomar um medicamento, mesmo que não tenha efeito pra covid-19"
Um medicamento sem comprovação de que protege ou auxilia no tratamento para uma doença está sendo tomado num regime que também não tem comprovação científica de que é o adequado. Precisa dizer mais?
"ah mas então eu vou sair de mãos abanando sem ter o que fazer pra covid-19?"
Profissionais de saúde tem protocolos padrão para tratamento de sintomas. O monitoramento é fundamental, se os sintomas evoluírem, a recomendação é a busca por um hospital e assistência.
E quanto mais cedo, dentro desse cenário, a pessoa buscar ajuda, mais precocemente a intervenção é feita, melhorando o prognóstico. O que acontece é, infelizmente, a busca quando a pessoa já está com a saturação de oxigênio muito comprometida, ou outros sintomas mais severos
Ciência não é somente compartilhar e discutir dados/resultados. É sobre a gente entender como a metodologia foi feita, se ela está adequada e dentro do preconizado que cada tipo de análise pede.
Para revisões sistemáticas e metanálises, existem fatores que precisam ser atendidos para tu obter um estudo robusto, com metodologia adequada e, com isso, que vá garantir que os dados dele estão, de fato, apoiados por uma boa condução da análise
Ainda, outro ponto relevante: dependendo da metodologia e do tipo de análise escolhido, elas terão maior ou menor rigor/robustez entre si: isso confere uma força de evidência, que é diferente dependendo do estudo
Chegou o dia do #TodosPelasVacinas ! E com ele, resolvi fazer uns cards que compartilhei no meu instagram (que também é mellziland) para compartilhar informações sobre vacinas!
Vacinas são um grande patrimônio da saúde pública. Em seu legado, temos incontáveis mortes evitadas pela vacinação, a erradicação de ag. infecciosos e o controle da circulação de agentes causadores de doenças importantes para nós.
Para sairmos da pandemia da COVID-19. Para isso, precisamos que todos que tiverem indicação se vacinem. Precisamos, mais uma vez, do engajamento da sociedade, pela própria saúde da sociedade. Te convido a participar da campanha #todospelasvacinas !
Recentemente, um preprint foi publicado trazendo alguns dados sobre os anticorpos gerados pelas vacinas de RNA (Moderna e Pfizer) considerando variantes da COVID-19. O dado revela que sim, essas vacinas abrangem essas variantes! Mas tenho alguns pontos para destacar.
Vem comigo?
Abordei nesse fio aqui algumas questões importantes sobre as variantes da COVID-19, estabelecendo uma cronologia do que a gente foi descobrindo, exaltando o trabalho incrível do @CaddeProject , @nmrfaria , @atrvlncc e tantos outros
Inclusive, te convido para assistir nossa live com essas feras (@nmrfaria@atrvlncc e @AndersonBrito_ ), tirando MUITAS dúvidas sobre variantes da COVID-19
Gurizada, seguinte: para associar que um evento X tem uma relação de causa-consequência com o evento Y, precisamos de um estudo completo para gerar essa evidência.
Por que digo isso? Porque comentarei dos óbitos vistos na Noruega
De acordo com um relatório, a Agência Norueguesa de Medicamentos, o “FDA” para a Noruega, relatou que um total de 29 pessoas sofreram efeitos colaterais, 13 deles fatais. Todas as mortes ocorreram entre pacientes em lares de idosos e todos tinham mais de 80 anos.
A agência listou febre e náuseas como efeitos colaterais da vacina COVID-19 de mRNA da Pfizer e, de acordo com a Agência Norueguesa de Medicamentos, “pode ter levado a mortes de alguns pacientes frágeis.
Segundo a reportagem, no ano passado, foram confirmados 8.419 casos de sarampo no país, até o dia 19 de dezembro. E há, ainda, 371 em investigação. Isso é preocupante demais.
Observem no gráfico abaixo as coberturas vacinais em 2020 para o sarampo e outras doenças que podem ser evitadas por vacinas. Quando não atingimos a cobertura vacinal, o agente infeccioso volta a circular, e os casos sobem.