Segundo a reportagem, no ano passado, foram confirmados 8.419 casos de sarampo no país, até o dia 19 de dezembro. E há, ainda, 371 em investigação. Isso é preocupante demais.
Observem no gráfico abaixo as coberturas vacinais em 2020 para o sarampo e outras doenças que podem ser evitadas por vacinas. Quando não atingimos a cobertura vacinal, o agente infeccioso volta a circular, e os casos sobem.
A vacinação é a única forma de proteção contra o sarampo. No entanto, a cobertura vacinal não tem atingido a porcentagem mínima para garantir que o vírus não circule em território brasileiro, vide gráfico acima.
Desde 2017, a primeira e segunda doses da tríplice viral em crianças — que além do sarampo protege também contra caxumba e rubéola — não alcançou os 95% de cobertura, necessários para deixar a população protegida.
Na reportagem, comenta-se sobre um fenômeno chamado "evitação vacinal" que seria: temos a recomendação de vacinar, a vacina disponível gratuitamente, e mesmo assim ela não é aplicada ou é com atraso
Mas por que isso?
- Complacência (percepção de que a doença não é perigosa)
- Falta de confiança (não só na eficácia e segurança da vacina, mas nos governantes, nas instituições e prof. de saúde, que tem sido abalada por conta de fake news)
- Conveniência (horários de funcionamento dos postos).
Segundo a reportagem, em 2016, o Brasil recebeu da OPAS um certificado de erradicação do sarampo. No entanto, o país perdeu este reconhecimento em 2019, após ocorrer um surto da doença por mais de um ano, com novos casos surgindo.
Em 2018 o Brasil registrou 10.274 diagnósticos positivos da doença, com o surto ocorrendo no Amazonas e em Roraima. Naquele ano 12 pessoas morreram em decorrência da doença. Já em 2019, o número de casos confirmados foi bem maior: 18.203 infectados, com 15 mortes.
Para quem tem dúvidas sobre o que é a cobertura vacinal, fiz um fio explicando tim tim por tim tim sobre
Tanto para vacinas da COVID-19, quanto para vacinas já aprovadas pra outras doenças: a vacina precisa da vacinação. Para termos uma sociedade protegida, precisamos que essa % da população para a imunidade de grupo se vacine.
O perigo de não fazer isso é ver uma doença que outrora foi completamente controlada retornando e assombrando a saúde da população, em especial as crianças. Não podemos ser complacentes, tampouco nos deixar levar por narrativas desinformativas - que são gravíssimas.
Se tu tem dúvidas sobre a vacinação, se tem hesitação ou medo ou algum tipo de receio, pergunte! Você está a exato 1 tuíte de distâncai de um cientista que acolherá tua dúvida e discutirá contigo com base científica
Recentemente, um preprint foi publicado trazendo alguns dados sobre os anticorpos gerados pelas vacinas de RNA (Moderna e Pfizer) considerando variantes da COVID-19. O dado revela que sim, essas vacinas abrangem essas variantes! Mas tenho alguns pontos para destacar.
Vem comigo?
Abordei nesse fio aqui algumas questões importantes sobre as variantes da COVID-19, estabelecendo uma cronologia do que a gente foi descobrindo, exaltando o trabalho incrível do @CaddeProject , @nmrfaria , @atrvlncc e tantos outros
Inclusive, te convido para assistir nossa live com essas feras (@nmrfaria@atrvlncc e @AndersonBrito_ ), tirando MUITAS dúvidas sobre variantes da COVID-19
Gurizada, seguinte: para associar que um evento X tem uma relação de causa-consequência com o evento Y, precisamos de um estudo completo para gerar essa evidência.
Por que digo isso? Porque comentarei dos óbitos vistos na Noruega
De acordo com um relatório, a Agência Norueguesa de Medicamentos, o “FDA” para a Noruega, relatou que um total de 29 pessoas sofreram efeitos colaterais, 13 deles fatais. Todas as mortes ocorreram entre pacientes em lares de idosos e todos tinham mais de 80 anos.
A agência listou febre e náuseas como efeitos colaterais da vacina COVID-19 de mRNA da Pfizer e, de acordo com a Agência Norueguesa de Medicamentos, “pode ter levado a mortes de alguns pacientes frágeis.
E hoje, às 23h45 deu-se início à campanha de vacinação no Rio Grande do Sul, em uma cerimônia ocorrendo no @HCPA_ . Os primeiros a receberem a CoronaVac foram representantes de grupos prioritários, entre eles, uma senhora de 99 anos (!)
Que emocionante!
Que a população veja esse momento não só como um marco no enfrentamento da pandemia, mas como uma responsabilidade. Quanto mais nos imunizarmos, mais protegidos estaremos uns aos outros. Vacinas proporcionam isso, e mais uma vez, proporcionarão, agora, na COVID-19
@EduardoLeite_ termina reinterando: Te cuida, te vacina, a vacina é segura, eficaz, atestada pela nossa agência reguladora, e eu faço um adendo: siga com as medidas de enfrentamento! Até atingir a cobertura vacinal, precisaremos nos cuidar e muito!
Algumas notícias sobre a Sputnik-V: nesse último sábado, a @anvisa_oficial afirmou que a vacina candidata não atingiu os requisitos mínimos para o pedido de uso emergencial aqui no país. Acompanha o fiozinho abaixo que vou comentar rapidinho que que tá rolando
Segundo a reportagem, em nota, a Anvisa afirmou que o pedido foi restituído "especialmente pela falta de autorização para a condução dos ensaios clínicos fase 3, a condução em andamento no país e questões relativas às boas práticas de fabricação". oglobo.globo.com/sociedade/vaci…
Ainda, segundo a reportagem, "não basta o pedido de autorização de estudo clínico de fase 3 estar protocolado para pedir uso emergencial" e que "é necessário que tais estudos estejam em andamento no país"
Logo após a posse, o ministro indicou protocolos que continham hidroxicloroquina, o qual não tem eficácia comprovada para o tratamento da covid-19. noticias.uol.com.br/saude/ultimas-…
Ainda, de acordo com o ministro Tratamento é uma coisa, atendimento é outra. Como leigos, às vezes nós falamos o nome errado"
Uma coisa é a população leiga confundir. Nós esclarecemos e informamos. Outra é a frente do MS realizar esse tipo de confusão.
Não é de agora que estamos pedindo o mínimo na responsabilidade na comunicação científica. Não pode haver enganos, isso é crucial para a população entender o que temos e o que não temos até o momento, e sobretudo, o que precisamos fazer
Tive de responder a questionamentos passionais de porque a @anvisa_oficial fez uma apresentação longa sendo que era "só votar". Comunicação científica requer transparência e responsabilidade. Muitos dados foram expostos, dados que são necessários para a recomendação da aprovação
Muitas análises e especialistas comentando, o que é necessário para a divulgação pública dos dados. Todos queremos um imunizante seguro e eficaz e a agência fez o que é o preconizado, nessa transmissão.
Ressaltando o quão pertinentes são vacinas nesse momento, especialmente quando temos ausência de alternativas terapêuticas com comprovação científica