42 minutos do 2º tempo, entramos oficialmente na HORA DO LOUCO. Faça algo, Palmeiras.
Teremos seis de acréscimo para o Palmeiras tentar forçar mais meia hora de futebol ou para o México finalmente cumprir aquilo que parecia que aconteceria logo quando o Mundial passou a englobar todos os continentes, mas nunca ocorreu - jogar uma decisão.
É válido perceber que, embora já tenhamos tido asiáticos na final do Mundial, a Concacaf terá colocado um campeão seu na decisão antes da Ásia (e da Oceania) - isso porque os times de lá que chegaram à decisão entraram como campeões do país-sede.
Até hoje, o único campeão CONTINENTAL de fora de Europa e América do Sul a chegar à final do Mundial foi o Mazembe em 2010. As outras "zebras" que tiraram sul-americanos (Raja/13, Kashima/16 e Al Ain/18) representavam o país-sede e entraram como campeões nacionais.
Na hora do louco, teve até Weverton sendo responsável pela penúltima finalização (uma cabeçada em escanteio) palmeirense, mas o campeão da Libertadores não pôde superar as semifinais.
O Tigres leva o México (e a Concacaf) à final do mundo pela primeira vez na história.
CONSISTÊNCIA: Tigres chegou em finais continentais em praticamente todos os anos desde 2015. Foi vice da Libertadores em 15 e da Concacaf em 16, 17 e 19. Demorou uma vida para finalmente ser campeão mas, quando chegou lá, também fez o que nenhum conterrâneo seu jamais conseguira.
Para a América do Sul, fica o registro da 5ª eliminação em semifinal nas últimas 11 edições do Mundial. Esta talvez tenha sido a menos surpreendente de todas (não tanto pelo Palmeiras, mas pela qualidade do Tigres), mas se soma a uma sequência de quedas que se tornaram comuns.
A questão "América do Sul ainda merece entrar nas semifinais?" provavelmente vai ficar sem resposta porque o Mundial expandido virá antes de repensar este. De todo modo, não há um candidato claro para nos substituir - como vimos acima, nenhum continente fez múltiplos finalistas.
(já que Ásia e África, quando tiveram mais de uma equipe, fizeram isso com os campeões do país-sede, não com campeões continentais - ninguém garante que a América do Sul não teria feito mais finalistas se jogasse em casa com mais frequência, vide Corinthians x Vasco em 2000)
De 2005 para cá, a distribuição de vagas em finais está assim:
15x campeão da Europa
11x campeão da América do Sul
3x campeão do país-sede (2 asiáticos, 1 africano)
1x campeão da África
1x campeão da Concacaf
Amanhã a gente sabe se tem Europa x16 ou África x2.
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O Mirassol bate o Floresta e é o campeão da Série D 2020. Era a última divisão do Brasileirão ainda pendente - nesta temporada em que, ao contrário das anteriores, a ordem de encerramento foi B-C-D em vez de D-C-B.
O estado de São Paulo empata com Ceará e Minas Gerais com 2 títulos na 4ª divisão nacional. O Floresta perdeu a oportunidade de isolar o futebol cearense com 3 canecos, após os títulos do Guarany de Sobral em 2010 e do Ferroviário em 2018.
* última divisão INFERIOR ainda pendente, é claro. A Série A continua acabando depois de todo mundo, como de costume.
No entanto, mudou um pouco em relação à explicação que demos na época: não é pegar a tabela de 7/2 e distribuir as vagas e pronto. Agora o Uruguai terá duas datas "de corte" para a pré-Libertadores.
Em 7/2, pega a tabela e pergunta aos times, de acordo com a ordem de classificação, se querem ser o Uruguay 4 *que entra na 1ª pré) ou se preferem tentar algo melhor. O QUESTIONAMENTO prossegue até que alguém aceite.
Em 21/2, o mesmo procedimento, agora pela vaga de Uruguay 3.
#60Jogos60Copas: 60 partidas históricas da Libertadores em seus 60 anos. Hoje, o maior Superclássico argentino da história da Copa… antes de 2018. Voltamos a 2004, às semifinais entre os velhos rivais. Confrontos que tiveram galináceos, unhadas e um desfecho então usual.
O #60Jogos60Copas vem recuperando, desde 2019, 60 jogos memoráveis e simbólicos da história da Libertadores (que não foram finais, tirando uma exceção). A série se aproxima do fim, mas você pode conferir os 54 jogos anteriores aqui
Agora, que o River Plate de Marcelo Gallardo não só parece ganhar de tudo como também derrota o Boca em TODOS os jogos transcendentais entre eles, talvez seja difícil para os mais jovens visualizarem a situação, mas no início do século a situação era bem diferente.
20 de janeiro de 1983. Morre, aos 49 anos, Garrincha.
O caderno de esportes do Jornal do Brasil abria com o seguinte texto de João Máximo: "Penitência por um ídolo morto".
"Nós, que amamos Garrincha com a mesma força com que o destruímos (e que nesse amor-destruição nem nos demos conta de que, mais que chapliniano, ele foi um personagem trágico), devemos-lhe, agora, um minuto de penitência.
Agora que o Brasileirão terá um clube cujo nome faz referência explícita a uma empresa "de fora" do futebol, é uma boa oportunidade para recordar alguns clubes sul-americanos que fizeram barulho e também traçam a origem de seus nomes em instituições originalmente alheias ao jogo.
Claro: essa é uma história diversa. Muitos dos times que trazem nomes de empresas foram fundados pelos próprios empregados da companhia, lá no início do século 20 - era uma relação diferente da que costuma ocorrer hoje, com empresas chegando e se adonando de clubes já existentes.
Há, também, os casos de clubes que surgiram em instituições de ensino, muito comuns em países como o Chile e o Peru, repletos de "universidades" disso e daquilo.
Vamos dar uma viajada por clubes sudacas cujos nomes remetem a alguma CORPORAÇÃO, ESCOLA ou afins.
🇵🇪 Terminou hoje, com direito a empate de compadres, o Quadrangular de Acesso do Peru - um dos torneios mais peculiares do continente para definir quem sobe para a primeira divisão e quem vai (ou fica) na segunda. Sigam o fio.
No Peru, hoje, existem duas maneiras de subir à primeira divisão:
Ou você é campeão da B, como o Cienciano foi em 2019, ou você ganha a Copa Perú, título que neste ano acabou nas mãos de um certo Carlos Stein.
A Copa Perú é uma maravilha à parte, também muito sui generis do futebol peruano: um torneio paralelo que reúne anualmente MILHARES de times amadores ao redor do país e não é uma divisão - mas dá ao seu campeão acesso direto à elite. É assim que muitos clubes surgem "do nada" lá.