Oi, pessoal. Peço perdão por sempre encher a o feed de vocês de alertas, mas não posso deixar passar o que estou vendo. Eu finalizei a geração dos painéis dos municípios e quero mostrar pra vocês algumas coisas. Sigam o fio: 🧶 //1
Deixarei aqui nesse primeiro tweet o link para o último vídeo que fiz, no qual explico como a taxa de crescimento de casos pode servir como um preditor de que as coisas vão piorar (ou melhorar): //2
Vejam aqui o município de Chapecó. Após uma queda de casos agora no período pós virada do ano (com uma queda também de mobilidade), temos um estouro na taxa de crescimento de novos casos. //3
Percebam que a taxa de crescimento começou a estourar ainda em 25/01, ou seja: dava tempo de prever, mesmo com as notificações e testagem falhas que temos. //4
Outros locais com o mesmo sinal: Araraquara e Jaú(SP), Gramado (RS), Maragogi (AL)...torço para que tudo seja represamento de notificações, e não aumentos reais (nunca quero acertar). //5
Quando a taxa de crescimento de novos casos começa a subir dessa forma, é imperativo que as secretarias de saúde vejam a situação epidemiológica e hospitalar, e caso seja comprovado o aumento, o freio de mão deveria ser puxado no mesmo instante. //6
Deixar os óbitos começarem a subir é, para mim, insanidade. E, novamente: esses locais que mostrei são locais onde tivemos um estouro na taxa. Tem vários municípios que estão demonstrando aumento preocupante na taxa de crescimento: //7
Um fator importante: tem município de tudo que é lugar. Norte, Nordeste, Centro Oeste, Sudeste e Sul. Novamente, relembro: além de estarmos desafiando o vírus (não dando bola pras variantes e aumentando a mobilidade), estamos rumando ao aumento natural de SRAG no Brasil. //8
O que estou tentando alertar: A reversão de tendência que está aparecendo há 3 semanas no Brasil (e se ampliando) está cada vez mais confirmada. O que vem agora é aumento de internações.
Caso algum prefeito/secretário de saúde me siga: verifiquem a taxa de crescimento dos casos, vejam se há um aumento drástico nos novos casos por dia. Se não for represamento, restrinjam a mobilidade e reforcem os hospitais. Além, é óbvio, de pressionar por mais vacinas! //fim
É a colheita de um plantio de flexibilizações em uma época extremamente perigosa.
Quem me segue deve lembrar de todos os alertas.
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Os casos de COVID-19 tiveram uma leve queda logo após a virada do ano, e eu avisei que isso estava relacionado à uma queda de mobilidade muito pelo hábito do gaúcho de esvaziar as cidades, transporte público e afins:
Aí, com essa queda, iriam acontecer flexibilizações, (que infelizmente aconteceram) e um sentimento de "o pior do natal/ano novo já passou iria ser instaurado". Mesmo assim, quem acompanhava os números pedia, em uníssono, lockdown:
Segue um tweet de um fio de alerta que dei em 17/12. Não estou trazendo isso pra dizer "acertei", e sim pra mostrar que, com os dados que tínhamos na mão, era previsível. Entramos na famigerada semana 7, com uma linha de base alta, como eu previa. //1
E o que nos trouxe até aqui foi justamente a falta de políticas públicas para baixar ao máximo o contágio antes de chegarmos a esse momento aqui, onde o aumento padrão da mobilidade pós fim de ano e vários outros fatores levam a um aumento destas doenças. //2
Nesse fio, de 17/12, eu estava tentando alertar já para essa onda de agora (final de fevereiro). Teve ainda alertas anteriores, enquanto os casos estavam parando de cair em setembro/outubro:
Eu alertei que os óbitos irão cair antes de voltar a subir (simplesmente pelo atraso inerente à doença) e isso vai dar uma confusão na cabeça das pessoas. Temos de tomar cuidado com as desinformações que virão. As estimativas do @leosbastos estão ótimas, muito prováveis.//1
Problema 1: acompanhar "o quanto cresceu a ocupação" de uma semana pra outra, pois quando chega a 98-100%, simplesmente para de crescer pois não tem mais espaço, e aí o crescimento fica "aceitável" (parece óbvio mas já vi essa métrica sendo usada). //3
Oi, pessoal. Estamos entrando em um momento com alto potencial de confusão em relação aos dados da COVID-19. Tentarei demonstrar como temos de lidar com o que irá acontecer com os números no Brasil daqui a algumas semanas. //1 🧶
Para quem prefere, gravei a explicação em um vídeo. Fiz com o máximo de detalhes que consegui: //2
Aqui está uma versão mais simplificada do alerta que dei nesse vídeo e darei nesse fio: