Thread by @CrimesReais

Conhecida como "a verdadeira Doce Vingança", essa mulher matou seus 3 estupradores.

Nas constantes agressões físicas e mentais feitas pelo pai, Milena Quaglini, nascida no ano de 1957, na Itália, se formou como contadora e fugiu para viver entre Como e Lodi, trabalhando ocasionalmente como caixa, cuidadora e faxineira.

Ali deu à luz ao filho, após se casar com o primeiro marido, que depois de um tempo adoeceu severamente por uma diabete fulminante e acabou morrendo, o que levou Milena a uma depressão crítica, chegando ao ponto de começar a beber regularmente.

Descartando a ideia de voltar a morar com os pais após o ocorrido, se mudou para Travacò Siccomario com seu filho, arrumou um emprego no Shopping San Martino e conheceu Mario Fogli, o homem que mais tarde se tornaria seu segundo marido.

Quando a justiça apareceu para penhorar os bens relacionados às dívidas pendentes, o casal já possuía outro filho, e decidida a se separar do marido, Milena mudou-se com eles para Este, onde trabalhou de porteira em uma academia em Veneto.

Com o dinheiro em falta, ele obteve outro emprego, como cuidadora de Giusto Dalla Pozza, um idoso de 83 anos que, no dia 25 de outubro de 1995, emprestou-lhe 2 mil euros, depois, a chantageou para que o pagasse ou retribuísse de outra forma, e ao recusar, ele tentou estuprá-la.

Na briga corporal, atordoada, o atingiu com um abajur na cabeça e fugiu. Mais tarde, voltou à cena do crime para formar um plano para se inocentar, chamou a polícia, que acreditou na afirmação de que ele havia sido atacado antes dela ter chegado, assim, ficou ilesa.

Milena então voltou para Broni e reconciliou-se com Mario, mas não demorou muito para voltarem com as discussões, fazendo-a recomeçar a beber e ficar à base de antidepressivos, e quando se encontrava frágil em razão da bebida, seu marido começou a abusá-la sexualmente.

Em 2 de agosto de 1998, em outra briga, altamente embriagada, esperou que ele dormisse e o enforcou com a corda da veneziana. Mario conseguiu recuperar a consciência e tentou dominá-la, mas foi acertado na cabeça por um pedaço de madeira e estrangulado novamente.

Milena envolveu o corpo sobre um tapete, levando-o até a varanda para que os filhos não vissem e no dia seguinte acionou a polícia para confessar o crime. Quaglini foi sentenciada a 6 meses de prisão, pois sua pena havia sido reduzida pela alegação de uma semi-insanidade.

Durante o processo, ela foi enviada para uma comunidade destinada a usuários alcoólicos e conheceu um ex-policial, Salvatore, que a ofereceu hospitalidade, mas 2 dias depois, tentou estuprá-la. Sendo assim, meses mais tarde, Milena voltou ao alcoolismo.

Sem o apoio da família e de amigos, chegou a dividir um apartamento com Angelo Porrello, um homem que se passou por alguém simples, até a descoberta de que, na verdade, era um pedófilo praticante de abusos sexuais contra menores. Mais tarde, em 5 outubro de 1999, ela o matou.

O crime ocorreu quando Angelo propôs que ela se vestisse de forma provocante, ao negar, a estuprou três vezes. Depois, ela preparou um café, onde dissolveu 20 comprimidos tranquilizantes. Quando ele adormeceu, pôs o corpo na banheira, vendo seu cadáver afogado horas depois.

Após duas semanas, o homem foi achado no jardim em estado de decomposição. Nas investigações do apartamento, fios de cabelo femininos, os comprimidos e cartas escritas por Milena foram encontradas. Na cidade vizinha, ela logo foi apreendida e confessou.

“Não só esse assassinato, mas os outros dois”. Na conclusão, os crimes tinham o mesmo denominador comum em sexo, violência e morte, além da saciação de vingança contra sua infância, e em defesa de seus atos, disse: “Quando alguém reage mal, eu reajo muito pior”.

Foi condenada a cumprir 8 anos de pena na prisão de Vigevano, em 2000. Tentou superar a depressão resgatando a paixão pela pintura, mas 1 ano depois acabou se enforcando e morreu a caminho do hospital. Em sua cela, um bilhete escrito direcionado à sua mãe: “Me perdoe”.