A "realocação" dos alforriados foi proposta ainda no século 18, por figuras como Thomas Jefferson, um dos fundadores do país.
Nos EUA, ideias abolicionistas espalhavam-se, mas poucos eram a favor da unidade entre as raças.
Abolicionistas ou escravagistas concordavam que, os Estados Unidos, um país construído sob a escravidão africana, não seria o lar de um afro-americano liberto.
Brancos, temerosos com rebeliões escravocratas, incentivavam a deportação de afro-americanos, "devolvendo-os" para a África, mesmo que fossem americanos.
Em 1858, Abraham Lincoln falou em Illnois que:
“Eu nunca fui a favor de alguma igualdade social das raças branca e negra."
"Não sou a favor de ter eleitores negros, de qualificá-los para ocupar cargos, ou de de casar com pessoas brancas.”
Lincoln defendia a criação de uma "reserva" para abrigar pretos libertos no Panamá, Linconia.
A iniciativa foi rejeitada por governos da América Central.
No século 19, a Inglaterra já estava deportando sua população preta:
Afro-canadenses eram enviados de Ontário para Serra Leoa, uma colônia britânica, pois lá não viveriam com o homem branco.
Com o apoio financeiro do presidente James Monroe e do sobrinho de George Washington, Bushrod Washington, foi acordado que seria fundado uma colônia para pretos libertos ao lado de Serra Leoa.
A empresa American Colonization Society foi fundada, comprando uma grande faixa de terra de Serra Leoa que a apelidou de Libéria - "terra da liberdade".
Sua capital seria Monróvia, em tributo ao presidente James Monroe.
Os primeiros colonos afro-americanos deportados para Libéria enfrentariam diversas dificuldades, como malária e conflito com os nativos.
Quase 45% de todos afro-americanos que chegavam na Libéria morriam de malária.
Foi a colonização mais mortal do século 19.
A escravidão era ilegal na colônia, porém muitos indígenas da Libéria foram submetidos a um sistema análogo à escravidão por uma rica elite mercantil.
Para não pagar mais impostos para sua empresa fundadora, a Libéria votou a favor da sua independência em 1847.
Embora a população preta fosse quase hegemônica no país, uma minoria parda controlava os recursos financeiros e naturais do recém-criado país.
Fontes:
Livros
Another America: The Story of Liberia and the Former Slaves Who Ruled It
A People's History of the United States - Howard Zinn
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A Estátua da Liberdade em Nova York é feita de cobre, mas devido à oxidação ao longo dos anos, tornou-se verde.
O cobre foi empregado intencionalmente para oxidar, uma técnica utilizada por arquitetos e escultores com esse propósito, para que a superfície adquira a patina (aparência de envelhecimento) e fique mais chamativa.
É possível restaurar a cor original da estátua através de uma mistura de sal e ácido, contudo restauradores creem que isso levaria um pouco mais de 1 ano.