Em 2018, um recruta do @exercitooficial sofreu seguidas torturas em um quartel de Fortaleza após um major achá-lo "delicado demais". A mando de oficiais, o jovem de 19 anos rastejou na urina, chupou rochas e apanhou. O objetivo era fazer "o viadinho pedir para ir embora". 🧶[1/7]
2/ O recruta foi internado num hospital psiquiátrico e logo depois dispensado. Então, iniciou-se uma operação-abafa para eximir os torturadores com uma sindicância manipulada. Queriam "provar" que os sofrimentos do jovem, causados pela tortura, vinham de antes. 
3/ O Intercept conversou com quatro militares da ativa, sob anonimato, para evitar que fossem punidos por falar com a imprensa. Eles atestaram que a manipulação de documentos e investigações para limpar a barra de oficiais é comum. Até mesmo para driblar pedidos do @MPF_PGR.
4/ Tudo isso não é de hoje: as Forças Armadas acumulam condenações em casos de tortura parecidos com esse que só vieram à tona quando chegaram na justiça comum. O @MPF_PGR também já moveu ações contra torturas reincidentes em quartéis da @DefesaGovBr, no âmbito cível.
5/ Em um caso de 2013, um jovem foi obrigado a nadar em rios gelados, correr e rastejar mesmo após um diagnóstico de pneumonia. Após passar mal, um oficial lhe disse que ele iria “pagar até a morte”. O recruta só foi liberado do treino após ter convulsões.
6/ Uma das causas para esse cenário é que o @mpmilitar, responsável por denunciar esses casos, demanda aos próprios comandantes dos quartéis que preparem os inquéritos que vão originar as ações contra crimes cometidos por seus comandados.
7/ Leia mais sobre como oficiais do @exercitooficial manipulam investigações para garantir a própria impunidade em casos de tortura e assédio moral na reportagem de @PedroNakamura e @silvialisboa 👇 interc.pt/2Orvz8R
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