Não há nem como expressar a gravidade de Bolsonaro, este desgraçado miliciano, ler uma carta de suicídio deixada por alguém que se matou na pandemia (se for verdade; nada vindo dele é confiável). Há estudos e mais estudos confirmando como isto é um gatilho perigosíssimo.
Há protocolos adotados inclusive pela imprensa em todo mundo para noticiar suicídios porque é algo com potencial para levar a mais mortes, para derrubar aqueles que já estão à beira do precipício. Bolsonaro é uma criatura abominável; NUNCA perdoarei aqueles que o elegeram. Nunca.
E o filho dele, que é igualmente repugnante, colocou a carta no twitter e a foto da pessoa. Denunciem, denuciem, denuciem, denuciem.
O ódio que eu sinto dessa família está me fazendo mal. Mas não tem como não sentir.
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Como já compartilhei inúmeras vezes ao longo dos anos através de tweets, posts no FB e em textos no Cinema em Cena, tenho um histórico antigo com depressão e ideação suicida. É algo que busco discutir com frequência até mesmo para demonstrar como não deve ser tratado como tabu.
O que a família Bolsonaro fez hoje (o pai na live; o filho no twitter) é uma das ações mais repugnantes de uma trajetória já repleta de atitudes desumanas, sociopáticas. A exploração de um suicídio para fins políticos é algo que expõe as almas apodrecidas de um clã de canalhas.
Encontro-me, felizmente, em um período estável da depressão; há dias melhores e outros piores, mas há um bom tempo não tenho uma crise profunda, mais perigosa. E MESMO ASSIM o que ocorreu hoje me tirou do prumo, me chacoalhou. Imagino o efeito sobre quem está mais vulnerável.
Há alguns detalhes ali que me chamam muito a atenção, como a maneira como se programaram para vazar uma informação em dois momentos para gerar "duas repercussões" JÁ CONTANDO que Moro levantaria o sigilo na hora combinada.
Mas o mais chocante é a imensidão de dinheiro público e de recursos que eles desperdiçaram por darem atenção a uma fake news. Esse era o nível da equipe de ases investigativos comandados por @deltanmd: um bando de aspirantes a Sherlock Holmes que eram na verdade Projotas.
Como parte da preparação do meu curso novo, tenho buscado conhecer melhor certos realizadores de vários lugares do mundo - e há algum tempo comecei a ler sobre o documentarista indiano Anand Patwardhan, uma figura de imensa coragem que vem denunciando abusos há quase 50 anos.
Os filmes de Anand Patwardhan (seu primeiro é de 1974) são pouco vistos até mesmo na Índia, já que de uma maneira ou de outra praticamente todos os governantes ao longo deste período buscaram atrapalhar suas exibições pelo país - e encontrar os filmes é tarefa complicadíssima.
Então eu vinha lendo sobre Patwardhan sem muita esperança de conseguir VER os filmes - até que, por uma imensa coincidência, quando eu já havia desistido de achá-los (mesmo por torrent), eles caíram no meu colo.
Não tem jeito mais. Não há como dialogar ou esperar bom senso de alguém cuja bússola moral aponta sempre pro extremo-leste. Estamos habituados a presumir que os oponentes políticos são humanos; quando não são, não sabemos combater.
Os contratos sociais e éticos que sempre foram subentendidos na democracia - mesmo nos momentos mais polarizados - começaram a se perder de vez depois de 2016. Estamos lidando com animais, com sociopatas. Eles não têm pudor de simular sequer o mínimo de humanidade ou decência.
Como combater gente que mente SABENDO que há registros em vídeo/áudio/TUDO comprovando isso? Que mente com a consciência de que a maioria saberá imediatamente se tratar de mentira, mas que o faz assim mesmo porque já percebeu que sua base comprará e reproduzirá a falsidade?
1) Introduction - Hong sang-soo concebe, aqui, uma de suas narrativas mais simples - beirando o simplista, na verdade. Os temas de conflito entre gerações, de apatia juvenil e de pulsão artística são tratados de modo superficial, mas jamais desinteressante. 3/5 #Berlinale2021
2) Memory Box - A estratégia estética da dupla de diretores, que remete à materialidade dos registros em caderno de uma jovem libanesa em meio à guerra civil, é inteligente e permite uma fluidez que promove várias surpresas formais interessantes. 4/5 #Berlinale2021
3) I´m Your Man - Dialogando de certa forma com "Ela", de Spike Jonze, o filme de Maria Schrader busca desenvolver reflexões sobre a autenticidade de algo intangível (sentimentos, consciência) e traz belas atuações de Eggert e Stevens, mas se acovarda em seu desfecho. 3/5
O mundo inteiro (quase literalmente) dizendo que a pandemia está fora de controle no Brasil, o sistema público em colapso, gente morrendo na fila de espera por UTI, média móvel de morto batendo recorde atrás de recorde, as poucas vacinas sendo enviadas para estados errados...
... cidades tendo que comprar containers para armazenar cadáveres, estados tendo que enviar pacientes para outros lugares, Bolsonaro atacando os governadores que tentam fazera alguma coisa, Bolsonaro espalhando fake news sobre máscaras...
... Bolsonaro vetando prazo pra Anvisa aprovar vacina, Bolsonaro deixando de investir dinheiro da saúde já destinado à pandemia (depois de gastar uma fortuna com cloroquina - sobre a qual a OMS já nem diz "não haver comprovação sobre eficácia", mas sim que FAZ MAL -...