Qual você acha que é a principal via de transmissão do vírus causador da COVID-19? #RedesContraCovid

Respostas detalhadas amanhã 😉
A Social aqui teve problemas com o PC mas está de volta. Não foi dia 13, mas antes tarde do que nunca.
A thread da @linseymarr explica isso muitíssimo bem: Manteremos os nºs tal como ela colocou.
Vamos à tradução aqui:
Aqui está um fio resumindo meu testemunho sobre a transmissão aérea do COVID-19. Versão completa em edlabor.house.gov/hearings/clear… /0
COVID-19 é transmitido principalmente pela inalação de partículas de aerossol que transportam o vírus. Duas outras possibilidades são 1) tocar uma pessoa doente ou objeto contaminado e 2) ser borrifado por grandes gotas respiratórias. Esses meios são mais raros / 1
Muitos casos de COVID-19 foram atribuídos a “contatos próximos” e isso foi interpretado incorretamente como significando que grandes gotículas eram responsáveis ​​pela transmissão da doença. / 2
Quando as pessoas respiram, falam, cantam, riem, tossem ou espirram, elas liberam muito mais aerossóis do que gotas grandes. Esses aerossóis estão mais concentrados perto da pessoa doente e não caem rapidamente no chão. / 3
Quando as pessoas falam próximas, é muito mais provável que respirem os aerossóis respiratórios umas das outras do que se contaminem com grandes gotas de saliva. / 4
Os aerossóis permanecem flutuando no ar e seguem as correntes de ar como a fumaça do cigarro. Os aerossóis podem facilmente viajar mais de 6 pés (1,8m), enchendo uma sala e aumentando ao longo do tempo se o espaço não tiver boa ventilação. / 5
Evidências da importância da transmissão por aerossol incluem eventos de superespalhamento, transmissão por pessoas que estão infectadas e não apresentam sintomas (sem tosse), muito mais transmissão indoor e quase nenhuma transmissão em ambientes abertos / 6
Se você passa muito tempo com outras pessoas em ambientes fechados e não usa uma boa máscara, pode respirar aerossóis contendo vírus em quantidade suficiente para adoecer com COVID-19. +
Para limitar a exposição, evite espaços internos lotados e limite o tempo em ambientes internos com outras pessoas. / 7
Se o contato com outras pessoas não puder ser evitado (p. e., trabalhadores essenciais), é fundamental reduzir a exposição ao vírus no ar, é importante garantir uma boa ventilação - isso reduz a quantidade de vírus no ar - e usar máscaras ou respiradores de alto desempenho. / 8
Um trabalhador que passa de 8 a 12 horas em um local de trabalho mal ventilado, onde compartilham o ar com outras pessoas, corre um risco muito maior de transmissão do que um cliente que passa pelo espaço por um curto período de tempo. / 9
As coberturas faciais funcionam em ambas as direções. Eles reduzem a quantidade de vírus que uma pessoa infectada espalha para o ar = "controle de origem". Eles também podem reduzir a quantidade de vírus que o usuário inspira do ar ao seu redor. / 10
Alguns tipos de coberturas faciais são muito mais eficazes do que outros contra aerossóis. O desempenho de uma cobertura facial depende da eficiência de filtragem do material e do ajuste. / 11
As máscaras de pano têm eficiências de filtração amplamente variáveis ​​de <10% a >90%. O desempenho real também depende do ajuste. Vazamentos comprometem seriamente o desempenho. / 12
As máscaras cirúrgicas são boas na eficiência de filtração porque são feitas de polipropileno derretido e não tecido, mas têm um ajuste ruim. / 13
Os respiradores são projetados para serem bem ajustados e para filtrar os aerossóis com eficiência muito alta. Os exemplos incluem N95s, KN95s, KF94s, respiradores elastoméricos. / 14
Para trabalhadores e outros em ambientes de alto risco, a hierarquia de controles exige o controle da fonte (ou seja, mascaramento), controles de engenharia (ou seja, ventilação e filtração) e EPIs (ou seja, máscaras de alto desempenho ou respiradores). / 15
A maioria das orientações e recomendações do CDC não foram atualizadas ou reforçadas para abordar e limitar a exposição por inalação a aerossóis. O CDC minimiza os aerossóis e a transmissão aérea, uma posição que é exatamente oposta às melhores evidências científicas. / 16
O FAQ do CDC sobre “Como o vírus se espalha?”, Enfatiza o contato próximo e não diz nada sobre a inalação do vírus. / 17
O resumo científico “SARS-CoV-2 e potencial para transmissão aerotransportada” se equivoca ao equacionar incorretamente todas as transmissões nas proximidades com gotículas. Isso é errado porque a transmissão em contato próximo é prioritariamente pela inalação de aerossóis. / 18
Por que a relutância? 1) Compreensão incorreta de aerossóis, 2) “transportado pelo ar” tem um significado especial em hospitais, 3) preocupações com suprimentos limitados de N95s. / 19
O CDC deve atualizar e fortalecer suas diretrizes para abordar totalmente a transmissão por meio da inalação de aerossóis em distâncias próximas e mais distantes. / 20
A maioria das orientações e recomendações do CDC continuam a enfatizar o distanciamento e a limpeza da superfície, que são importantes, mas menos importantes do que o uso de máscaras de alto desempenho e ventilação suficiente para limpar o ar. / 21
Nossa carta (drive.google.com/file/d/1O5zd_J…) pede que o CDC e a OSHA emitam recomendações e requisitos que abordam a transmissão de COVID-19 por inalação de aerossóis. / 22
Chamar o vírus de “aerotransportado” é a maneira mais clara de transmitir como ele é transmitido. / 23
Este testemunho é baseado em meus mais de 12 anos de estudo de vírus no ar e mais de 30 artigos científicos sobre o assunto, junto com muitas discussões com colegas (próximo tweet). Graças a
@jljcolorado
@kprather88
por fornecer feedback sobre meu testemunho. / 24
Correndo o risco de ignorar alguns, especialmente os mais novos:
@Don_Milton
Yuguo Li, Julian Tang, Lidia Morawska
@Lakdawala_Lab
@j_g_allen
@ShellyMBoulder
@CorsIAQ
@CathNoakes
Lydia Bourouiba
@ProfCharlesHaas
e todos os meus alunos e pós-docs!

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12 Mar
Em 2020, vimos uma área equivalente a três estados do Rio de Janeiro ser devastada pelo fogo e desmatamento no Pantanal e na Amazônia - mais um triste recorde deste ano em que enfrentamos a pandemia de COVID-19.
Neste evento – organizado no formato de 3 mesas de debate (29, 30, 31/03, das 10 à 12 horas) com convidados(as) que representam diferentes perspectivas dentro e fora da academia
– pretendemos criar uma oportunidade não só para discutirmos as principais causas e consequências dos incêndios, mas também para vislumbrarmos as ações necessárias para um futuro em que estejamos mais preparados para evitá-los.
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9 Mar
Three recent preprints, yet to be peer-reviewed, have found that the SARS-CoV-2 variant P.1 is about twice more transmissible than the resident, wild type virus.
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9 Mar
Leiam a fala incrível da professora @lorenagbarberia no Prêmio Mulheres na Ciência - Destaques 2020 - Premiadas
Uma homenagem as que perdemos e por quem nunca deixaremos de lutar. Mulheres na luta contra a pandemia! Presentes!
Agradeço os pesquisadores e as pesquisadoras da Rede de Pesquisa Solidária, de meu grupo de pesquisa, do Observatório COVID-19 Br e os professores que juntos ensinamos no curso aberto virtual sobre a pós-pandemia.
Para enfrentar a pandemia precisamos que todas as áreas das ciências se mobilizem no enfrentamento nesta pandemia e estou aqui representando as ciências sociais.
Read 13 tweets
8 Mar
O tema hoje não porderia ser outro! Viva as mulheres do Observatório. Aqui nesse fio você vai conhecer algumas delas! Image
A primeira é a pessoa que está por trás dessa rede (e de outras) e é quem você deve brigar caso sua mensagem não seja respondida. Flávia Ferrari @flavississima , professora e autora de materiais didáticos. Image
Já Márcia Castro @marciacastrorj dispensa apresentações! Professora da Escola de Saude Publica de Harvard. Trabalha com doencas infecciosas, modelos de análise espacial, e metodos demograficos. Tem trabalho de campo na Amazonia Brasileira e no Nordeste do Brasil. Image
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7 Mar
Divulgação científica é exatamente o que o nome diz.. divulgar a ciência. Esse fio é uma ode a quem faz isso!
No contexto da pandemia, divulgadores surgiram. Somos um deles.. nós temos um perfil. Postamos aqui que outros pois representamos um coletivo. Isso não é mérito, não! 👇
Nossos posts, via de regra, são analisados e revisados por muitos olhos, (somos o observatório - com mais de 80 pesquisadores). Por isso, postamos pouco. As coisas tem um tempo. Novamente... isso é um perfil de muitos! De um jeito de fazer DC!
Existem pessoas com talentos fantásticos, como a @mellziland, com uma capacidade única de "traduzir" informações científicas pesadas em palatáveis e compreensiveis. Talento único! Didático! Ela sabe dizer questões complicadas de um jeito que muitos podem entender.
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6 Mar
Nosso preprint sobre características de transmissibilidade e reinfecções pela variante P.1 está no ar no medRxiv, e está sendo submetido a uma revista científica para revisão por pares.

Link no MedRxiv:
Descrevemos a curva epidêmica das variantes P.1 e original com um modelo matemático. O modelo matemático foi então ajustado à curva de casos de Manaus para estimar a transmissibilidade e a probabilidade de reinfecção da nova variante.
Segundo o melhor ajuste que conseguimos, a nova variante é 2,5 vezes mais transmissível (com intervalo de confiança de 2.3–2.8 ) do que as variantes que já circulavam. A probabilidade de reinfecção estimada foi de 6,4% (com intervalo de confiança de 5.7–7.1%).
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