@WHO afirma que NÃO HÁ evidências de relação da vacina da AstraZeneca com os coágulos sanguíneos relatados. Esses relatos não são maiores do que os números esperados de ocorrência na população no geral, segundo o MHRA
As análises ainda estão em andamento, para a monitoração e segurança, mas o órgão recomenda prosseguir com a vacinação pela ausência de relações até então estabelecidas
Como parte da segurança do processo, esses relatos devem ser analisados para estudar se existe ou não relação com o imunizante.
Mas só porque eventos ocorrem em tempos parecidos/similares, não significa que tem relação entre si. Tenham isso sempre em mente. Pra eu estabelecer a relação, preciso de muita análise, estudo pra poder associar de forma causal A com B
A vacinação hoje é uma medida de proteção, com um custo benefício altíssimo. Ao passo que o monitoramento segue, como para qualquer imunizante, precisamos aumentar a velocidade das vacinações e trazer mais e mais doses para nosso país. Vacine-se, e se tiver dúvida, pergunte 🌻
• • •
Missing some Tweet in this thread? You can try to
force a refresh
@WHO afirma que não há indícios de que o imunizante esteja causando os raros casos de coagulação sanguínea detectados. A suspensão corrobora que o sistema de vigilância funciona e que controles eficazes estão em vigor - 🧶
Importante destacar que suspensões, pausas e outras ações quando temos a notificação de eventos após a imunização são parte da rotina do monitoramento de imunizantes. Quando a suspensão ocorre, não significa que a relação entre evento A e vacina A está estabelecida.
E não é porque duas coisas acontecem próximas que elas necessariamente tem uma relação de causa e consequência entre si. Explico um pouco mais nesse fio:
Nova variante (ainda não é VOC) circulando no BR, com pontos em comum com a P.1/P.2 (mutação E484K, por exemplo), porém, descendente de uma linhagem diferente! (enquanto variantes P descendem da B.1.1.28, essa descenderia da B.1.1.33)
Preprint de um excelente estudo realizado pelo @azavascki e colaboradores mostraram que 24 (88,9%) das 27 amostras testadas em Fev/21 foram positivas para a P.1! Apesar de temporalmente coincidir com aumento das hospitalizações, não podemos associar como causa.
O comportamento da população, as quais são vetores do vírus, tem um papel fundamental no enfrentamento da pandemia. Se as pessoas se aglomeram, não usam ma´scara ou praticam medidas de enfrentamento, a transmissão aumenta, mais gente infectada e hospitalizações são vistas
O estudo é muito bom por nos dar uma visão que imaginávamos e temíamos: A P.1, além de estar em transmissão comunitária em Porto Alegre, já é muito presente em pessoas infectadas pelo vírus.
1) Registro da vacina da AstraZeneca/Oxford (já estava em aprov. uso emergencial) com etapa de fabricação no Brasil -> Maior autonomia e acesso a vacina
2) 1º registro de medicamento com indicação contra a COVID-19 (Remdesivir)
- A @anvisa_oficial destaca que não recebeu pedido de autorização de importação/uso emergencial/registro por parte da Moderna
- Sobre a Sputnik-V: pedido para realizar estudo clínico no Brasil (exigências ainda não respondidas) e o pedido pra uso emergencial foi devolvido
Foi solicitado dados das investigações e está no aguardo deles para proceder com a análise
- Sobre a COVAXIN: destaca que não recebeu pedido de autorização uso emergencial. Reunião no dia 15 pode delinear melhor as estratégias.
Notícia da Novavax! Análise final revela 96% de eficácia contra a cepa original de COVID-19, prevenindo agravamentos no grupo vacinado! E tem mais dados da eficácia em relação as variantes de atenção B.1.1.7 e B.1.351!
Vamos ver?
A eficácia final de 96,4% foi observada contra doenças leves, moderadas e graves causadas pela cepa original do SARS-CoV-2 em um ensaio de Fase 3 realizado no Reino Unido (UK) com 15.000 participantes de 18-84 anos
Para a variante B.1.1.7, a eficácia observada foi 86,3%. Dos 106 casos, 10 foram no grupo vacinado e 96 no grupo placebo.
5 casos graves foram observados somente no grupo placebo e desses 5, 4 eram em decorrência da B.1.1.7
Como comentei hoje, a suspensão NÃO quer dizer que os eventos estão relacionados com a vacina. É um momento para estudar, a partir de análises robustas, se evento A tem relação de causa-consequência com a vacina A. Já aconteceu antes, exemplos abaixo: