A quantidade de pessoas esclarecidas e inteligentes que aplaudem as medidas de restrição da liberdade é impressionante.
Essas medidas são, quase todas, autoritárias, ilegais e ineficazes.
Esse aplauso deve ser motivo de reflexão.
Pessoas com cultura, informação, educação, inteligência e experiência de vida estão entregando sua liberdade ao primeiro tirano que aparece. São como uma vítima que entrega, sem qualquer reação, seus bens a um ladrão.
Essa analogia é muito adequada.
Por que parte da sociedade se dispõe a entregar tão facilmente o que tem de mais precioso?
Resposta: porque tem medo.
O medo convenceu pessoas a trocar sua liberdade e seus direitos naturais por uma incerta – e, evidentemente, falsa – garantia de saúde e sobrevivência.
No final de 2019 um vírus saiu da cidade chinesa de Wuhan para contaminar o planeta.
Desde então a mídia tem cumprido um papel exemplar de disseminar medo e desinformação.
As perdas que quase todos nós já sofremos – foram centenas de milhares de vítimas no país – são ampliadas pelas notícias alarmistas, repetidas ao infinito nas telas de TV.
De acordo com a mídia, todo dia é o dia em que você vai morrer.
Mergulhados nesse terror diário, muitos não percebem o óbvio: a maioria das medidas decretadas pelos ditadores de plantão, além de arbitrárias e sem fundamento, frequentemente têm efeito contrário ao anunciado.
Elas aumentam o risco da doença.
O exemplo mais óbvio: reduzir o horário de funcionamento de mercados aumenta a concentração de pessoas e, evidentemente, o risco de contágio.
O mesmo vale para a redução da quantidade de ônibus em circulação.
O medo também camufla o caráter seletivo do autoritarismo.
Os tiranos adotam medidas dramáticas que, por não valerem para todos, têm como único objetivo servir como sinalização de virtude.
Fechamento de bares, proibição de festas, uso de máscaras e restrições a aglomerações são medidas que jamais foram aplicadas nas 1.400 “comunidades” da cidade do Rio de Janeiro, onde vivem mais de UM MILHÃO de pessoas.
São essas pessoas que trabalham como garçons, porteiros, motoristas, faxineiros e enfermeiros nos locais frequentados pela turma chic que aplaude o “lockdown”.
(Na verdade, o cenário é ainda pior: por ordem judicial das cortes superiores, operações policiais nas “comunidades” estão proibidas desde junho do ano passado. O Estado está completamente ausente desses locais)
“Mas essas medidas são melhores do que nada”, argumentam alguns.
Esse argumento tem duas falhas graves:
A primeira é que implantar medidas parciais é como lavar apenas uma mão e deixar a outra suja: o único resultado é criar uma falsa sensação de segurança, que beneficia apenas o governante.
A população continua sujeita aos mesmos riscos.
A segunda falha do argumento é a mais grave: estamos admitindo a violação de nossos direitos naturais mais sagrados – como o direito de ir e vir ou de trabalhar – em nome da adoção de medidas ineficazes.
Se os bem informados entregam sua liberdade com tanta facilidade, que esperança restará para os menos afortunados?
Cabe perguntar: entregues esses direitos, o que nos restará?
Quando vier a próxima crise – a próxima pandemia – o que iremos entregar?
Receba meus textos direto em seu email clicando aqui: eepurl.com/dxnu01
O último boletim epidemiológico da cidade de Bauru, no estado de São Paulo, mostra 30.281 casos de COVID.
Mas você nunca verá divulgada, em nenhum mídia, a taxa de cura.
Ela é de 90%. São dados oficiais.
As pessoas podem morrer por diversas razões, e a causa da morte pode ser questionada. Mas não há questionamento possível para a cura.
É um fato: a pessoa contraiu COVID, ficou doente, mas se recuperou e está viva.
A taxa de morte por COVID, segundo os dados da prefeitura de Bauru, é de 1,5%. Mas, apesar disso, e dos esforços da prefeita, o governo do estado impôs lockdown em uma cidade de 400 mil habitantes.
Uma mentira repetida mil vezes vira verdade. Qualquer ideia, por mais absurda que seja, quando apresentada como a única versão oficial, e repetida incessantemente na mídia, na cultura e nas escolas, acaba penetrando na consciência de uma nação.
E pode conduzi-la ao desastre.
Veja a França.
Depois da Primeira Guerra Mundial, as escolas francesas desempenharam um papel-chave na supressão de fatos desagradáveis sobre o conflito, tudo em nome do "pacifismo".
Os livros de história foram reescritos para eliminar qualquer "inspiração bélica", em um esforço liderado pelo principal sindicato de professores, o Syndicat National des Instituteurs.
Tem uma moça progressista dona de ONG que é a queridinha dos defensores de bandidos. Já foi capa de revista e tals. Não vou dizer o nome porque não quero processo.
Enfim: um dia, em uma reunião de um conselho de segurança pública do qual ambos fazíamos parte (e ela era PRESIDENTE), discutíamos proteção das fronteiras do Rio quando ela dá a seguinte declaração:
“O problema do Rio são as armas, e não as drogas”.
Eu tive que explicar: “Mas só há demanda por armas porque há tráfico de drogas ! Os traficantes usam as armas para se proteger da concorrência e da polícia”.
É inacreditável que eu precisasse explicar isso a uma autoproclamada e incensada “especialista” em segurança pública.
Não sou de esquerda porque essa posição ideológica é baseada em três crenças equivocadas: a de que totalitarismo produz liberdade, a de que a distribuição da riqueza é mais importante que sua criação, e a de que o Estado deve dirigir nossas vidas nos mínimos detalhes.
Essas crenças são a base do comunismo e do socialismo, que são a mesma coisa: sistemas filosóficos, morais e políticos mórbidos, usados por psicopatas e aventureiros para transformar o ser humano em um farrapo corroído por fome, miséria e degradação.
Tem muita gente dando explicações complicadas para o que aconteceu no dia de ontem.
Para mim as coisas são bem mais simples.
Já estávamos sufocados por essa pandemia de vírus, pânico, ideologia e oportunismo, quando aquela sentença sem sentido – e sem justiça – caiu sobre nossas cabeças.
Em seguida, o único partido supostamente “liberal” do país declarou que se juntava aos que pedem o impeachment do presidente.