No Complexo Arqueológico de Tiwanaku, especialistas extraíram ‘azeite vândalo’ de 15 blocos líticos entre monólitos, silhares e pilares de templos, danificados por cinco turistas que ainda não foram penalizados por danos ao patrimônio cultural.
No dia 24 de fevereiro, turistas foram flagrados "derramando óleo" sobre monumentos arqueológicos com mais de 1.500 anos.
Dois dias depois, o Ministério das Culturas, Descolonização e Despatriarcalização da cidade de La Paz informou sobre os danos ao patrimônio arqueológico.
De acordo com especialistas do CIAAAT, após testes realizados em rochas semelhantes às afetadas em Tiwanaku, eles estabeleceram que o azeite de oliva entrou nos corpos líticos a uma profundidade de aproximadamente 0,5 cm a 1,5 cm e atualmente estão intervindo para extraí-lo.
São utilizados produtos químicos neutros que não causam reações prejudiciais aos monumentos, à medida que a temperatura aumenta, o óleo se expande e, portanto, sua densidade diminui, fazendo com que ese mova mais facilmente na superfície dos silhares e fazendo a mancha crescer.
O Diretor do CIAAAT reiterou que a conservação é imediata para a prevenção e proteção do patrimônio arqueológico e que as ações que estão sendo realizadas baseiam-se nos protocolos internacionais estabelecidos pela Unesco.
Já falei sobre este sítio arqueológico nessa thread:
A calculadora astronômica grega conhecida como “Mecanismo de Antikythera” é um dispositivo mecânico criado para prever eventos celestes.
Agora, cientistas da UCL de Londres recriaram a ferramenta conhecida como a ‘máquina computacional analógica’ mais antiga já descoberta.
O estudo recriou um dispositivo teorético de Antikythera que resolve alguns de seus mistérios e problemas.
A calculadora reconstruída se tornou realidade quando os cientistas finalmente conectaram a engrenagem de 63 dentes e sua relação com o ciclo de Vênus de 462 anos.
Em 1901, o arqueólogo Valerios Stais identificou o mecanismo original resgatado de um naufrágio na costa da ilha grega de Antikythera e tem confundido e espantado gerações de pesquisadores desde então.
O objeto é mantido no Museu Nacional de Arqueologia de Atenas.
O uso de sapos como enteógeno e intoxicante na Mesoamérica:
Sapos foram animais importantes na Mesoamérica em diversos aspectos, fazendo parte da cosmologia e cotidiano de muitos povos, mas, será que suas propriedades psicoativas foram utilizadas por eles?
Segue o fio👇🐸
A hipótese sobre o uso da espécie Rhinella marina, cujas secreções, como as de outros sapos, contém, principalmente, bufotenina, baseia-se na presença de muitas representações iconográficas e cosmológicas de sapos nas culturas Olmecas, Maias e Astecas.
Nos vestígios arqueológicos da cultura Olmeca em San Lorenzo, México, foram encontrados esqueletos de espécies de sapo datando de 1250-900 AC.
Esculturas e representações Astecas dão grande ênfase às glândulas parotoides dos sapos, onde se localizam as secreções psicoativas.
A arte aborígine australiana e como interpreta-la:
Muito da herança cultural e transmissão de informações às novas gerações entre povos aborígenes se deu por meio dessa notável forma de arte e seus símbolos, segue o fio pra entender melhor como as ler.
👇
A arte aborígine é centrada na narração de histórias e muito dessa arte é baseada em símbolos e ícones que representam diferentes elementos dentro de uma cultura.
Muitos deles tem seus significados em diferentes regiões, enquanto o contextual dentro delas é sujeito a mudanças.
Grande parte da arte disponível e descoberta por arqueólogos usam a chamada ‘perspectiva atmosférica’ (artes visuais) e estão agora sendo reinterpretadas junto com aborígenes em atos cerimoniais, canções e outras tradições por meio de estudos meticulosos e análises cuidadosas.
É importante notar que os Maias tiveram uma grande variedade de roupas para diversas ocasiões e em diferentes épocas, desde vestidos luxuosos para grandes eventos, trajes de dança, de guerra, esportivos, e, claro, roupas cotidianas.
A vestimenta Maia é reconhecida pelas cores vibrantes alcançada pelos materiais disponíveis dos seus ambientes tropicais, que fabricavam tecidos coloridos e ornamentações exuberantes, cores essas que também foram formas de distinguir status e famílias.
A civilização Chavín se desenvolveu nas montanhas andinas ao norte do Peru, mais precisamente no vale do rio Mosna, onde os rios Mosna e Huachecsa se fundem, entre 900-250 AC, com sua influência se estendendo a outras civilizações ao longo da costa Peruana.
Dentro do ‘horizonte cultural’ andino (divisão de períodos entre formações culturais nos Andes Pré-Colombianos), a cultura Chavín entra na ‘formação andina’, classificada dentro do ‘primeiro horizonte cultural’ ou ‘horizonte inicial’, que corresponde aos anos 1200-200 AC.
A geografia única do território Chavín, perto de dois rios e de vales de altas montanhas permitiu que cultivassem milho, batatas, quinoa de grãos, etc, domesticar lhamas, construir sistemas de irrigação, montar complexos de aldeias e desenvolver técnicas avançadas de metalurgia.
Este elaborado queimador de incenso (350-500 DC) une um objeto ritualístico de influência Teotihuacana com uma narrativa cosmológica Maia.
Ela apresenta uma possível entidade emergindo de uma grande concha que simboliza a entrada no submundo aquático.
A figura agarra a borda da concha com a mão esquerda para ajudá-lo a emergir e usa um colar de três fios de conchas redondas; uma versão menor da concha da qual ele se levanta balança em seu peito.
Seus braços também são adornados com uma concha cada.
A tinta amarela de suas joias pode indicar que todas foram feitas de concha.
O adorno de nariz é típico da elite de Teotihuacan, no entanto quase toda sua iconografia, principalmente a concha em suas costas parece representar o chamado “Deus N” ou “Pauahtun”.