Licença pra falar de jogo, que é o que tem me ajudado a me alienar um pouco. Spoilers de Last of Us 2 no próximo tuíte.
Acabei aqui (e que história). Mas fiquei com uma dúvida. Quando a Ellie volta do hospital, ela volta falando "vamos pro aquário". Mas a Norma não falou onde era e o que veio em seguida não me pareceu ser pra fazer ela falar. De onde a Ellie ficou sabendo? Perdi alguma cena?
Não concordei com a Ellie, que saiu da pqp pra Santa Barbara e no fim foi soltar a Abby. Mas minha única queixa real: achei sacanagem o jogo me fazer matar cachorro.
Antes joguei Control, que foi bem legal. Visualmente lindo, dá pra voar, fazer pew pew e usar a Força. A história é meio bizarra e tem uma das cenas mais empolgantes que já joguei.
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"Não sairemos dessa pandemia com menos de X mil mortes"
Isso é otimismo. Achar que o Brasil, como vai, vai sair da pandemia é otimismo. Se continuarmos não combatendo o vírus, não tem vacina que segure o contágio sozinha. O curso que o seguimos na pandemia não tem um fim.
Não falamos o óbvio, que precisa de distanciamento, máscara, teste e afins para irritar. Falamos porque sem isso, não tem fim. Vacinas são fundamentais para salvar vidas, mas elas sozinhas não controlam os casos. E se não controlamos casos, o vírus escapa da vacina.
Achar que como seguimos vai dar em algo é tolerar mortes e mortes, perdas e perdas, em nome de uma saída que não existe. Ou controlamos os casos e as mortes, ou não tem saída. E controle depende de vacinas E medidas de combate.
O Brasil passou 300 mil óbitos registrados por COVID e uma mortalidade de 2,5%. Já nosso exército se prepara para 3a onda e tem uma mortalidade de menos de 0,13%.
Teste, rastreio de contato e distanciamento. Segue um fio.
A entrevista do @em_com com o general Paulo Sérgio, responsável pelo setor de recursos humanos do Exército, é excelente para entender como se coordenaram nacionalmente para manter 700 mil pessoas protegidas da COVID. em.com.br/app/noticia/po…
Ninguém chamado de maricas:
"Autoridade máxima de saúde no Exército, o general Paulo Sérgio conta que a Força entrou em uma espécie de lockdown, em que integrantes de grupos de risco foram enviados para home office e cerimônias militares acabaram suspensas em todos os quartéis."
A imbecilidade dessa fala é um sinal muito claro do que nos trouxe aos 300 mil mortos até aqui. Um ministro não tem o menor pudor de inventar um fato para convencer as pessoas a saírem de casa e morrerem de COVID. Na imprensa aberta, em plena luz do dia.
Não foi nem via fake news em redes sociais. Nem usando influenciadores para mentir e depois repercutir. Nem usando notícia falsa em portais amigos. É um fato tirado do éter para corromper a confiança em uma medida fundamental quando perdemos mais de 3 mil vidas por dia.
Isso não é um erro ou uma ignorância, é um convite para as pessoas continuarem se infectando e morrendo:
Esse caso é bem conhecido em HIV. Nosso sistema imune produz anticorpos em uma combinação de variabilidade (mistura aleatória de genes) e seleção do que funciona. Uma evolução acelerada. Que em algumas pessoas, por sorte e/ou background genético, pode dar muito certo.
Geralmente são anticorpos capazes de inativar muito bem um vírus. Não quer dizer que outros não podem escapar. Em HIV são chamados de "controladores de elite" pq conseguem segurar bem o vírus. Mas tem casos de linhagens que causam doença neles.
Se não viram a entrevista da Ludhmila Hajjar na @GloboNews, vejam. O assédio que ela passou por propor medidas sanitárias razoáveis e científicas é insano. E enterra qualquer chances de vermos medidas mínimas vindo do governo federal.
E a variante P.1 certamente subiu o limiar de vacinação necessária, pois o vírus é mais transmissível. E corre o risco de interagir menos com anticorpos vacinais (papers.ssrn.com/sol3/papers.cf…).
Ou seja, nosso não combate à COVID pode sabotar a vacinação mundial a longo prazo.
A vacinação continua fundamental pra proteger vacinados e impedir o colapso do sistema de saúde, diminuindo a severidade da COVID e a necessidade de internação e UTI.
Mas se as vacinas não forem suficientes para parar completamente o coronavírus, o Brasil contribuiu pra isso.