Se não viram a entrevista da Ludhmila Hajjar na @GloboNews, vejam. O assédio que ela passou por propor medidas sanitárias razoáveis e científicas é insano. E enterra qualquer chances de vermos medidas mínimas vindo do governo federal.

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2 Mar
Quando a vacinação atinge imunidade coletiva a ponto de parar o coronavírus? Depende da eficácia e da trasmissibilidade do vírus.

Provavelmente precisaremos combinar doses com alguma vacina de RNA para chegar em uma eficácia que torna a cobertura viável.

E a variante P.1 certamente subiu o limiar de vacinação necessária, pois o vírus é mais transmissível. E corre o risco de interagir menos com anticorpos vacinais (papers.ssrn.com/sol3/papers.cf…).

Ou seja, nosso não combate à COVID pode sabotar a vacinação mundial a longo prazo.
A vacinação continua fundamental pra proteger vacinados e impedir o colapso do sistema de saúde, diminuindo a severidade da COVID e a necessidade de internação e UTI.

Mas se as vacinas não forem suficientes para parar completamente o coronavírus, o Brasil contribuiu pra isso.
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26 Feb
Brasil, tem vacina Pfizer, testada aqui, segura, muito eficaz e a única com registro definitivo da Anvisa.

Tb tem Janssen. Segura, testada aqui, eficaz com 1 dose e recém aprovada nos EUA.

Qual você quer?

Vê 20M doses da Covaxin que nem sei se funciona.
cnnbrasil.com.br/saude/2021/02/…
No dia em que registramos quase 1600 mortes, fechamos um acordo de + de R$ 1 bi por uma vacina que não sabemos se funciona. Enquanto dispensamos a vacina mais usada no mundo e registrada na Anvisa e outra que só precisa de 1 dose, ambas testadas no Brasil.
bbc.com/news/world-asi…
Estamos com pouquíssimas doses das vacinas já contratadas, gastando um dinheiro que não temos pra comprar uma vacina incerta enquanto dispensamos as certas e o melhor que podemos esperar é que entreguem as poucas doses no estado certo.
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24 Feb
Temos menos de 3% da população mundial, mas 1 em cada 10 pessoas que reconhecidamente morreram de Covid no mundo morreu no Brasil, país que um dia teve um dos dez maiores PIBs do mundo.

O pandemicídio embalou - 23/02/2021 - Atila Iamarino - Folha www1.folha.uol.com.br/colunas/atila-…
Santa Catarina não tem mais leitos de UTI na rede pública (90% de ocupação):
noticias.uol.com.br/saude/ultimas-…
Acre, Roraima, Amazonas e Rondônia não têm mais leitos de UTI na rede pública:

cnnbrasil.com.br/nacional/2021/…
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11 Feb
Com discussões sobre se variantes poderiam infectar vacinados, vale entender qual a proteção que vacinas dão e quando realmente se preocupar, se e quando for o caso. Segue um fio para entender as notícias recentes e futuras sobre escape.
Entre não ter contato com o vírus e morrer de COVID, tem um gradiente de condições de infectados sem sintomas, casos muito leves, casos leves, moderados e graves que os testes clínicos de vacinas mediram. E mesmo essa classificação muda de acordo com os critérios de cada estudo. Resumo de eficácia da coronavac mostrando uma pirâmide com
A maioria dos testes começou a medir eficácia com base em casos leves. Não no contágio pelo vírus, que seria bem mais caro de monitorar, com testes regulares. Por isso dizemos que vacinas são eficazes em proteger X% de casos leves a moderados. E não que elas impedem o vírus.
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2 Feb
Saiu o artigo da Sputnik V (🙏) mostrando a eficácia mais alta entre vacinas de adenovírus. Ótimo ter mais uma no páreo e forte sinal que alternar o vírus vetor, que leva um pedaço do coronavírus, promove mais imunidade produtiva. Isso tem outras implicações, que explico abaixo.
Falamos muito sobre vacinas serem atualizáveis, para cobrir novas variantes, como as que aparecem. Em muitos casos é um processo simples, como trocar a sequência em vacinas de RNA. Acredito que a vacina de Oxford terá dificuldades e os resultados da Sputnik reforçam a impressão.
As vacinas de vetor com adenovírus têm esse nome porque usam um vírus modificado (adenovírus) para carregar um pedacinho do coronavírus (nesse caso) contra o qual queremos desenvolver imunidade. É uma estratégia legal pq apresenta o alvo pro sistema imune de forma mais "real".
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28 Jan
Sempre falo de Manaus como preocupante pelo vírus ainda circular com tantas pessoas imunes.

Esse estudo dá uma noção de pq variantes podem ter surgido lá. Em laboratório, o coronavírus só desenvolve as mutações da variante P.1 na presença de anticorpos.
biorxiv.org/content/10.110…
A pressão evolutiva para vermos as variantes que começam a circular pode ser justamente a imunidade em uma população que já teve muitos casos de COVID e ainda tem muitos casos. Contar com imunidade coletiva pode ser a receita para novas linhagens que escapam da imunidade.
@otavio_ranzani tô vendo uma maré bem grande na direção de escape de imunidade.
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