Na subida, os óbitos dobram. Nas 2 expansões anteriores aconteceram uma sequência de 3 meses de crescimento dos óbitos. Estamos no segundo mês da 3ª expansão. A violência da pandemia nesta fase parece repetir no ES algumas características da 3ª onda da gripe espanhola em 1919. 
⚠️Alerto a população: com a carga atual de doentes e infectados (nem todo infectado é doente), é possível ter em abril mais óbitos que em março/21. Serão pelo menos 3 semanas com mais de 900 leitos de UTI/COVID-19 operando com a ocupação crítica.
Na primeira quinzena de abril chegaremos próximo a 2.000 leitos de UTI/Enfermaria COVID-19 operando com mais de 80% de ocupação. A expectativa é que o início da queda na pressão por leitos ocorra na segunda quinzena de abril e deverá ser lenta.
Entre as semanas epidemiológicas 10-12, os óbitos foram subindo nas casas das dezenas de 10-20, 30-40, 40-50.
Vamos para a segunda semana de quarentena no ES. Nela ainda estamos tratando da carga de doentes e de seus contatos infectados no últimos 21 dias. A ruptura da cadeia de transmissão exige fortalecer o isolamento desta semana aumentando o grau de disciplina e apoio da população.
Sem a quarentena, o mês de abril arrastaria o Espírito Santo para cenários dantescos, muito piores do que o cenário descrito/vivido. Estamos salvando vidas e resistindo como sociedade.
Esse cenário é consequência da ausência de cobertura vacinal satisfatória, das interações assumidas nos meses de janeiro, fevereiro e março, com a circulação crescente da variante inglesa favorecida pela sazonalidade das doenças respiratórias nesta época do ano no Estado.
Nem toda negação é "negacionismo político".
É explícito que parcelas importantes da população reduziram a percepção de risco da doença e naturalizaram o impacto da pandemia. Não é natural. A doença pode ser evitada e não tem tratamento medicamentoso específico.
É explícito que parcelas importantes da população reduziram a percepção de risco da doença e naturalizaram o impacto da pandemia. Não é natural. A doença pode ser evitada e não tem tratamento medicamentoso específico.
Não escrevo para ser entendido por extremistas. Nosso diálogo é com as pessoas comuns. Precisamos de um novo cotidiano e assumir que a dimensão do colapso epidemiológico exige recolher-nos como indivíduos para salvar a sociedade.
Por parte do #SUS vamos seguir resistindo comunicando a verdade e ampliando leitos para salvar vidas, aperfeiçoando a regulação para garantir acesso, apostando na atenção primária, nas vacinas e na testagem em massa de sintomáticos e seus contatos.
Cada um deve fazer a sua parte: sociedade, poderes e instituições. Na quarentena e nas medidas qualificadas da matriz de risco vamos precisar aumentar o grau de adesão, respeito e responsabilização as medidas sanitárias que reduzem o risco de transmissão.
Para melhor leitura: threadreaderapp.com/thread/1377059…
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