A Barra da Tijuca é um dos bairros que mais cresceu no Rio nas últimas décadas.
A região tem a maior concentração de shoppings e supermercados no estado do RJ.
Cerca de 87% dos habitantes são classe média alta.
Até o século 20, a área foi escassamente povoada, pois seu terreno infértil e alagadiço era impróprio para a agricultura.
Seu próprio nome, Tijuca, significa em tupi "água suja".
Apenas em 1969, a região começou a ser urbanizada.
O arquiteto e engenheiro Lúcio Costa, o mesmo que projetou Brasília, foi encarregado de projetar a Barra.
Costa baseou as mesmas referências de Brasília na Barra da Tijuca:
avenidas largas para carros, compostos de rotatórias e grandes blocos residenciais em concreto armado.
Para o arquiteto, o futuro da urbanização deveria ser composto de bairros geométricos, intercalado com espaços verdes de baixa verticalização.
Como Costa esteve apenas encarregado do plano urbano e não na construção das residências, muitas casas na Barra fugiram de sua concepção estética modernista.
Afastada do centro do Rio de Janeiro, a região deveria ser autossuficiente comercialmente, sem depender de outros bairros.
Os valores defendidos pelo arquiteto pautava que toda residência deveria ser quadrada e não curva, aproveitando o maior espaço possível, tema que abordamos em nosso 26º podcast: spoti.fi/2ZOFXtg
A partir da década de 80, o plano urbano de Costa começou a apresentar alguns problemas.
O fluxo de residentes cresceu exponencialmente, mas a Barra não tinha mais para onde crescer.
Estava cercado de montanhas ,como a Pedra da Gávea, o Parque Nacional da Tijuca e da Pedra Branca.
Em 1980, a Barra da Tijuca tinha 24 mil habitantes, mas hoje possui mais de 395 mil, com previsões de que esse número possa chegar em 700 mil em 2030.