Gilmar Mendes julga improcedente ação que pede abertura de igrejas em meio à pandemia. Diz que Constituição não prevê um direito fundamental à morte e que STF deve estar atento a quem, sob vestes farisaicas, usa nome de Deus para sustentar esse direito à morte. Faltam 10 votos.
Gilmar: Como queria o ex-chanceler, Ernesto Araújo, de nos tornarmos párias internacionais, nós produzimos essa façanha. De nos tornarmos esse párias internacionais, na âmbito da saúde. Temos 2,7% da população, mas 27% das mortes no planeta.
Gilmar: Nesse cenário é impensável invocar qualquer dever dever de Estado que implique a negação à proteção coletiva à saude (...) Ainda que qualquer vocação possa levar à escolha íntima de entregar a vida pela sua religião, a CF 88 ñ parece tutelar um direito fundamental à morte
Gilmar: A essa sutil forma de erodir a normatividade constitucional, deve mostrar-se cada vez mais atento este Supremo Tribunal Federal, tanto mais se o abuso do direito de ação vier sob as vestes farisaicas, tomando o nome de Deus para se sustentar o direito à morte.
Gilmar terminou emocionado o voto. Segurando as lágrimas, fez uma homenagem ao dia dos jornalistas. Fux parabenizou o "belíssimo voto" e encerrou a sessão. Amanhã, votam os demais ministros. Pela ordem, Nunes Marques deve ser o primeiro a votar.
Proibição de cultos e STF: Constituição não tutela direito fundamental à morte, diz Gilmar. Ministro foi o único a votar nesta 4ª. Julgamento será retomado na sessão de amanhã: bit.ly/2RhE9bN 
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