Uma televisão ligada o tempo inteiro gera dois efeitos:
Primeiro, ela injeta em sua mente, sem parar, histórias e fatos selecionados para fazer com que você pense, aja e se sinta de determinada forma.
Depois, ela impede o funcionamento pleno dos seus processos mentais de pensamento, reflexão e amadurecimento de ideias e emoções.
Em outras palavras: o controle da sua percepção do mundo e do seu estado emocional são sequestrados pela TV.
Ao ler um livro ou conversar com alguém, você controla o que está absorvendo, como absorve e tem tempo para processar as informações, intelectualmente e emocionalmente.
Fazemos isso há milhares de anos.
Mas, quando passa algumas horas em frente a uma TV, você é exposto a sequências aleatórias de imagens, histórias e fatos sem nenhuma ligação entre si, com significados desconexos, contraditórios e em flagrante conflito com a sua realidade.
A única coisa que esses programas têm em comum é o fato de serem produzidos, empacotados e selecionados para atrair e manter ao máximo a sua atenção, com o objetivo de usá-la para a venda de produtos e serviços, ou gerar sentimentos, atitudes e pontos de vista específicos.
Tudo isso envolve grandes quantidades de dinheiro e poder. Basta ver as mansões, jatinhos e iates de apresentadores de televisão.
Vamos fazer uma experiência. Vamos ligar a TV e assistir o que está passando.
Primeiro é um programa de “variedades” em que uma apresentadora milionária se finge de dona de casa comum e prepara um prato qualquer no fogão, enquanto conversa com alguém cuja única realização na vida foi aparecer dizendo e fazendo barbaridades em um “reality show”.
Um “telejornal” apresenta uma seleção de histórias e fatos com variados graus de irrelevância, histeria e mentira. A apresentação é, geralmente, feita por “jornalistas” cuja formação se resume a assistir à própria TV e cujo entendimento do mundo equivale ao de uma criança.
Mude de canal e uma cena de novela se desenrola em um cenário belíssimo - uma casa que você jamais poderá possuir - enquanto os atores dialogam de forma artificial e representam situações que afrontam princípios e valores que você considera importante. O errado só pode ser você.
No outro canal, uma dupla de jovens loiras dirige um ônibus por alguma praia exótica enquanto experimentam esportes aquáticos em cenários paradisíacos aos quais você jamais terá acesso.
Volta pro telejornal: agora descrevem um crime brutal contra uma criança. São muitos minutos mostrando os criminosos, sua rotina, o que aconteceu com a vítima. Você já viu matérias sobre crimes assim muitas vezes antes. A matéria parece que não acaba nunca.
No espaço de poucos minutos, olhando a tela da TV, você se sentiu entediado, ultrajado, enganado, furioso, triste, melancólico, excitado, frustrado e deprimido. Tudo isso sem sair do lugar e sem realizar coisa alguma.
Suas reservas intelectuais, emocionais e morais estão vazias.
Uma televisão permanentemente ligada é toxina para sua mente e sua alma.
Liberte-se.
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Guerra política é o uso de qualquer meio para chegar ao poder.
Guerra cultural é a transformação do ensino, entretenimento, artes plásticas, cinema, teatro e literatura em instrumentos de doutrinação ideológica permanente.
A guerra cultural é invenção progressista.
Depois que as barbaridades comunistas foram reveladas ao mundo, e a “revolução” do proletariado se revelou uma ditadura sanguinária, foi necessário criar uma nova estratégia para a sedução de incautos pelo projeto socialista (ou comunista ou progressista, é tudo igual)
Que fez isso foi Gramsci, que propôs a tomada do poder através da cultura.
Ao invés de pegar em armas, os revolucionários pegaram em livros, câmeras e microfones.
Aos poucos, o controle do establishment acadêmico e cultural ocidental caiu no controle da esquerda.
Liberdade é assunto mal compreendido no Brasil: gerações nascidas e criadas sob a sombra de um Estado intervencionista, regulador, e paternalista nunca tiveram acesso a autores e ideias verdadeiramente liberais e conservadores.
São gerações imersas em um caldeirão cultural de animadores de auditório, YouTubers e ex-BBBs apresentados como pensadores e modelos de comportamento.
São gerações que substituíram o estudo da herança cultural da humanidade pela gratificação imediata de aplicativos de celular, pelo “uso recreativo” de drogas imbecilizantes, pela repetição de slogans vazios e pela transformação de bandeiras identitárias em razão existencial.
Há escolhas que não admitem retorno. A escolha pela liberdade é uma delas. Quem escolhe a liberdade não se conforma em ser gado humano.
O economista Thomas Sowell usa essa expressão para descrever as massas que esperam ser “alimentadas pelo governo e arrebanhadas e cuidadas pelos intelectuais”.
Para essas massas nada pode depender de esforço.
Autoestima é distribuída nas escolas como uma dádiva dos professores.
Adultos têm suas necessidades providas pela generosidade do Estado.