O general da reserva que se esconde para tomar vacina. O general que tem medo de defender o que fez perante a CPI. O general da reserva que usa a Funai para ameaçar indígenas. Essa turma horrorosa de milicos que foi ao governo com Bolsonaro desonra o próprio Exército.
Tem também o general porta-voz que foi da ativa direto para o governo e quando leva um pé nos fundilhos sai a dizer que "o poder inebria e corrompe". O general da reserva que chama os adversários do bolsonarismo de nazistas e fascistas e quer ser visto como a voz da moderação.
Tem o comandante do Exército que ameaça o Supremo, fala contra o "politicamente correto" e acha Ricardo Salles o homem certo no lugar certo. O general da reserva que ameaça golpe e se abraça a um tipo ordinário como Levy Fidélix para ser vice-presidente.
Faltou falar do general que sobrevoa manifestação pedindo golpe militar com o presidente e do general que aceita comandar a Defesa para atender aos desejos do chefe golpista. Além das centenas que ganharam carguinho público graças ao bolsonarismo.
Essa turma conseguiu causar mais danos à imagem do Exército em dois anos e meio que os ditadores e torturadores de 1964-85. Um feito e tanto.
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Algum jornalista esportivo (ou econômico) já foi atrás das razões pelas quais as grandes empresas e marcas do país deixaram de patrocinar clubes de futebol?
As camisas dos grandes clubes estão tomadas por marcas que chegam a ser desconhecidas. São bancos de segunda linha, supermercados locais, planos de saúde negacionistas, fabricantes de ração pra pets e coisas do tipo. Cadê os bancões, montadoras, cias aéreas, gigantes do varejo?
Onde foram parar Coca-Cola, Pepsi, Petrobras? Por que empresas que estampam camisas de clubes gringos não fazem o mesmo aqui (Chevrolet, VW e Emirates são exemplos que veem a cabeça)?
Como militantes bolsonaristas aproveitaram um acidente para criar um mártir para a causa deles e levaram uma mulher a ser presa por tentativa de homicídio por um ovo atirado pela janela em Curitiba. Eu e Daniela Matheus contamos essa história. theintercept.com/2021/04/16/ovo…
Daniela é psicóloga e uma das vítimas da história. Seu apartamento foi invadido pela @pmproficial após uma idosa que participava de um protesto cair e os militantes apontarem alguém do prédio dela como autor de uma agressão.
Levada presa, ela passou a noite e parte de outro dia na cadeia, foi submetida a revista íntima e saiu de lá suspeita de tentar matar alguém. Mas nega categoricamente ter atirado os objetos que os bolsonaristas dizem que derrubaram a idosa. E que sequer estivesse na janela.
“Os peritos sustentam que não afirmaram que os diálogos são verdadeiros, mas também nunca escreveram que são falsos. A avaliação deles é que a interpretação feita pelo delegado ‘extrapolou’ o laudo técnico da perícia.” oglobo.globo.com/brasil/peritos…
“Os peritos dizem ainda, nos bastidores, que o delegado poderia ter solicitado análises complementares a respeito de algum ponto específico, o que permitiria aprofundar a verificação da autenticidade de determinados arquivos, ou buscar a fonte original dos arquivos.”
“BUSCAR A FONTE ORIGINAL DOS ARQUIVOS”. Pedindo perdão pelo grito, chamo a atenção para essa frase, solta lá pelo fim da matéria. Bastaria à PF solicitar os telefones funcionais (ou seja, propriedade pública) dos procuradores e de Moro para realizar perícias neles.
Fonte da Polícia Federal: o delegado o delegado Alexandre Saraiva, que pediu ao STF para investigar o ministro Ricardo Salles, está com o pescoço na guilhotina. Perderá o cargo nas próximas horas.
O @TheInterceptBr vem contando há mais de um ano como o governo Bolsonaro, via Salles e Eduardo Bim, afrouxa a fiscalização e favorece o desmatamento ilegal. Saraiva, a ser confirmada a demissão, será outra vítima da "boiada passando".
A vida nos oferece inúmeras oportunidades para provarmos não sermos idiotas. Pedro Bial desperdiçou uma boa ontem. E de graça. uol.com.br/splash/colunas…
Como bem lembrou muita gente aqui, Bial foi alegre e faceiro aos EUA entrevistar Olavo de Carvalho, mentiroso contumaz e inspirador do uso de fake news como arma política (ele chama isso de guerra cultural).
Também não consta, lembra o @leoeoleo, que Bial tenha requisitado um polígrafo para entrevistar a deputada e pastora Flordelis, ré em processo em que é acusada de matar o marido.
Flavia Lima, ombudsman da Folha: “Imagine um grupo relativamente coeso que apoiou um candidato a presidente saído de suas fileiras, tem a vice-presidência, sete ministérios, cerca de 2.500 cargos só no Executivo federal...” (+)
...”assegurou reajustes de remuneração no Orçamento e, ainda assim, diz que não se dobrou à política. Qual a chance dessa tese ser acolhida sem muita reflexão? Alta, se esse grupo for de militares e a leitura de suas movimentações for feita pela imprensa”. www1.folha.uol.com.br/colunas/flavia…
Pedindo perdão pelo cabotinismo, @demori e eu brandimos essa tese já na terça-feira, dia em que boa parte da imprensa jogava confete nos militares. Ainda não leu?👇 theintercept.com/2021/03/30/imp…