Além de se basear em premissas erradas, a avaliação não parece condizente com a realidade que temos de velocidade (e disponibilidade) de vacinação...
Segue o fio
Segue o fio
https://twitter.com/valoreconomico/status/1390988576230461445
A imunidade coletiva é o ponto em que há uma porcentagem tão baixa de população suscetível que o agente infeccioso não consegue mais passar para outras pessoas, e o espalhamento passar a ser dificultado.
A epidemia está, portanto, controlada e fadada a terminar.
A epidemia está, portanto, controlada e fadada a terminar.
Supomos que se há um número pequeno de suscetíveis, há um número grande de protegidos (seja por infecção prévia ou por imunidade conferida pela vacinação).
Para estabelecermos esse limite, antes precisamos entender o Rₒ (R-zero) número básico de reprodução da doença.
Para estabelecermos esse limite, antes precisamos entender o Rₒ (R-zero) número básico de reprodução da doença.
Em termos simplificados, uma doença com Rₒ = 2, por exemplo, significa que cada infectado irá passar a doença para outras duas pessoas. Quanto maior o Rₒ, mais rápido a doença se espalha.
Podemos usar medidas para que o Rₜ (ou seja a taxa de reprodução no mundo real) seja menor do que o Rₒ.
Isso se alcança com isolamento de doentes (distanciamento social, especialmente importante para doenças com pacientes assintomáticos), uso de barreiras (como máscaras) e diminuindo contatos (proibindo aglomerações).
Quando o Rₜ está abaixo de 1 consideramos que a doença está desacelerando, e, portanto, vislumbramos a possibilidade de diminuir infecções futuras.
Para calcular o limiar de imunidade coletiva para frear a pandemia a partir do Rₒ, usamos uma conta simples :
Para calcular o limiar de imunidade coletiva para frear a pandemia a partir do Rₒ, usamos uma conta simples :
Imunidade coletiva = 1 – 1/Rₒ
Para a versão original do coronavírus, esse valor de Rₒ é de 2,5.
Logo, temos que chegar aos 60% de população imunizada.
Para a P1, estima-se que esse valor pode ser de pelo menos 3.5 (valores aproximados).
Para a versão original do coronavírus, esse valor de Rₒ é de 2,5.
Logo, temos que chegar aos 60% de população imunizada.
Para a P1, estima-se que esse valor pode ser de pelo menos 3.5 (valores aproximados).
Precisaríamos, portanto, de 72% de pessoas protegidas.
Caso ela se confirme ainda mais transmissível, essa porcentagem sobe.
Caso ela se confirme ainda mais transmissível, essa porcentagem sobe.
Sem entrar na eficácia das vacinas, que seria mais um fator complicador, mesmo que tivéssemos vacinas com 100% de eficácia e proteção contra infecção e disseminação, temos que garantir imunização de 153 mi de pessoas (considerando que infecção prévia não protege completamente)
Como para as vacinas atualmente disponíveis são de 2 doses (Pfizer, AstraZeneca e CoronaVac), precisaríamos de 306 milhões de doses.
O MS garantiu até agora, apenas 280 milhões.
Ou seja, abaixo desse limiar.
cnnbrasil.com.br/saude/2021/05/…
Ou seja, abaixo desse limiar.
cnnbrasil.com.br/saude/2021/05/…
O ritmo de vacinação também não começou bem. As previsões em fevereiro eram de vacinação da população até 2024.
oglobo.globo.com/sociedade/coro…
oglobo.globo.com/sociedade/coro…
Apesar de termos aumentado o ritmo, pioramos na disponibilidade, com relatos de falta de imunizantes para a 2a dose da CoronaVac.
Dessa forma, temos mais pessoas com proteção apenas parcial ao vírus, e que não podem, portanto, se considerar protegidas.
nexojornal.com.br/expresso/2021/…
Dessa forma, temos mais pessoas com proteção apenas parcial ao vírus, e que não podem, portanto, se considerar protegidas.
nexojornal.com.br/expresso/2021/…
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