Começou!
O diretor da Fiocruz solicitou a mudança da data de depoimento, marcada para o dia 26, em face a comemorações de aniversário da instituição.

Aziz informa que possivelmente fará substituição com a do Butantã, marcada no dia anterior.
Girão (PODEMOS-CE) volta a falar do uso de valores pelos Estados.

Menciona Paulo Gustavo e o depoimento de sua mãe no Fantástico do domingo, que disse que desvio de dinheiro público se igualava a assassinato na pandemia.
Humberto Costa (PT-PE) solicita novo depoimento de Queiroga e se queixa do comportamento de Pazuello, que deveria estar em quarentena.
Eliziane Gama (Cidadania-MA) solicita clareza sobre a condição em que cada depoimento ocorre: testemunha ou investigado.
Marcos Rogério (DEM-RO) afirma que solicitar reconvocação de Queiroga é blindar governadores e prefeitos, e que tiraria o ministro de sua função, colocando-o "de castigo"
Continua alegando que dizer que depoentes podem ser presos é clara ameaça.

Durante o discurso usa máscara com costura central (não recomendada), abaixo do nariz (não recomendado) e ajusta constantemente manuseando pela frente (não recomendado).
Alessandro Vieira (Cidadania - SE) solicita que se inicie mais cedo a sessão para as questões de ordem, possivelmente às 9hs.

Ainda solicita que o tempo de fala seja reduzido de 15 para 12 minutos, para otimizar os trabalhos e privilegiar os depoimentos.
Redução de tempo não aceita. Mas Aziz ressalta que se atenham ao objetivo da CPI.
Aziz estabelece que a partir de amanhã inciarão as discussões às 9 da manhã, e depoimentos às 10hs.
Luiz Carlos Heinze (PP-RS) alega que se gastou `somente` 200 mil reais com hidroxicloroquina, e 78 bilhões em repasses para estados e municípios.

(pelo menos está de PFF2)
Chegou o convidado de honra do dia (de máscara cirúrgica).

Em breve começa o depoimento
ictq.com.br/politica-farma…

Em tempo, a conta de Heinze não parece incluir o contrato de novas doses, importação de insumos, gastos com distribuição e ineficácia do medicamento.

Mas sigamos com a CPI.
Ao fundo da sala, e com autorização de Omar Aziz, os demais diretores da ANVISA, a quem Barra Torres agradeceu pela permissão e pela presença.
Renan Calheiros (também de máscara cirúrgica) fala sobre a criação da ANVISA e sobre a formação militar e em saúde do diretor-presidente Barra-Torres.

Pergunta como essa formação implicou no conhecimento aplicado na pandemia.
Barra Torres responde que tem formação para o cargo e adiciona que a formação da diretoria colegiada da ANVISA é diversa, com economistas, farmacêuticos, etc.
Renan agora pergunta sobre as recentes declarações de Bolsonaro e seus filhos sobre a China, e se há problemas com este país no fornecimento de IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo).
Barra Torres ressalta que India e China detem grande parte do mercado farmacêutico, no fornecimento de insumos e precursores.

Renan pergunta se há problemas no fornecimento.
Barra Torres confirma que há. Mas, ao ser perguntado, não informa se há nexo causal entre as declarações do presidente e a dificuldade de importação do IFA.

Defende as decisões da ANVISA e afirma que não há problema de qualidade nos produtos chineses aprovados.
Perguntam sobre a negativa de certificação de Boas Práticas de Fabricação para a Bharat Biotech, produtora da Covaxin.

Barra Torres informa que a India tem histórico de superação de falhas apontadas. Afirma que faltou relatório de segurança e eficácia.
Disse ainda, lendo em documento, que houve falha na comprovação do método de quantidade de antígeno e portanto, da potência da vacina.
Complementa dizendo que faltou validação da análise, ou seja, repetir o exame diversas vezes e que os resultados sejam sempre os mesmos.
Menciona a ausência de metodos que comprovem remoção de contaminantes.
Renan pergunta se houve precipitação do Ministério da Saúde ao adquirir 20 milhões de uma vacina que viria a ser negada (Covaxin).

Barra Torres afirma que não, já que a solicitação de autorização pode ser reaproveitada contanto que consertem as falhas apontadas.
Renan pergunta se houve pressão de farmacêuticas para aprovação de vacinas.

BT diz que não.

Pergunta agora se há como desburocratizar aprovação.

BT diz que já foi feito (imagino que se refira à autorização de uso emergencial)
Após uma discussão sobre transferência de tecnologia, questionam agora a não aprovação da importação da Sputnik V.
A responsabilidade de comprovação das características da vacina é do fabricante. Por conta de acusações do fundo russo, a ANVISA decidiu tornar mais clara a decisão, mas disse que não se deve creditar característica ruim à vacina.
Porta permanecendo aberta para aumentar ventilação no auditório (o que reduz risco de infecção por aerossóis)

Ponto para a CPI
BT afirma que ANVISA hoje está no aguardo de informações da União Química (representante da vacina no Brasil) sobre a Sputnik V.

Enquanto isso, análise segue parada.
Em carta do fundo soberano russo à ANVISA, BT disse que houve ataques pessoais a membros da Diretoria, fato inédito.

Afirmam características da vacina, mas não comprovam.

Ressalta, na sequencia, que ANVISA não fez análise NA VACINA, mas avaliou os relatórios encaminhados.
Reafirma que fundo russo não encaminhou dados brutos da Sputnik V, necessários para refazer os cálculos de eficácia.

Afirma que teve contatos com autoridades de Cazaquistão, Canadá e Chile sobre as vacinas.
Falam sobre abolir a exigência de estudos de fase III realizados no Brasil para aprovação de vacina.

Disse que não teve submissão de outros fabricantes, indicando que não era esse o obstáculo
Barra Torres ressalta que ANVISA é técnica, rigorosa, porém célere.

Disse que houve uma evolução de avaliação, mas não diminuição do rigor.
Renan Calheiros agora pergunta sobre a mudança da bula da hidroxicloroquina, solicitada pelo presidente Jair Bolsonaro, segundo informações de Mandetta em depoimento da semana passada.
BT diz que estavam na reunião Braga Neto (chefe da Casa Civil), Mandetta (então Ministro da Saúde), Nise Yamaguchi (médica defensora da cloroquina), mais um médico (cujo nome não se recorda).

Disse que a dra defendeu a mudança para incluir recomendação para uso contra COVID
Barra Torres deixou claro que só o detentor do registro (fabricante do medicamento) pode solicitar mudança na bula (inclusão, supressão ou alteração), mediante dossiê justifcando.

Disse que a Dra. Nise estava 'mobilizada' pela mudança Reunião ocorreu no 4o andar do planalto.
Barra Torres não declara quem aconselhava o presidente.

Ao ser questionado por Renan sobre se recomenda ou não o uso de hidroxicloroquina, ressalta que os estudos RCT duplo cego não apontam eficácia.
Mas diz que há estudo em andamento (Coalizão 5) avalia dados de uso de hidroxicloroquina em casos leves.

Diz que estudo termina em 31 de dezembro desse ano, mas que não recomenda uso do medicamento no combate à doença
Barra Torres disse que não foi consultado e não aconselhou presidente sobre uso de medicamentos para tratamento precoce.
Renan questiona sobre importação de máscaras do tipo KN95, com alegação de "non-medical use".

Barra Torres diz que não foi recomendado uso por profissionais de saúde, mas que não seria adequado descartar as máscaras.
O líder do governo na câmara, Ricardo Barros (Progressistas- PR), disse que a ANVISA não estava "nem aí para a pandemia", que estava "fora da casinha" e que iria enquadrar a ANVISA.

Barra Torres rechaça comentários.
22.8% do PIB brasileiro é avaliado pela ANVISA ou uma de suas diretorias. Afirma que Gerentes Gerais e Diretores são independentes e heterogêneos.

Afirma ainda que ANVISA é agência de Estado e não de governo.

Diz que diretores não tem poder de mando para forçar decisões.
Após Renan ler diversas declarações de Jair Bolsonaro sobre a vacina, Barra Torres diz que é contrário a essas declarações e ela se opõe ao que ele mesmo preconiza como diretor-presidente da ANVISA.
Barra Torres agora justifica a interrupção nos testes (mas não nos estudos clínicos) da CoronaVac, em 9 de novembro de 2020.

No dia 6 de novembro de 2020, o Hospital das Clínicas, um dos participantes do estudo clínico, relatou óbito (ocorrido em 29 de outubro)
Por conta de ataque hacker naquele fim de semana, que atingiu a ANVISA, o e-mail só chegou no dia 9 de novembro, ao ser reenviado.

Como a informação de óbito (do HC da FMUSP) não estabelecia nexo causal com a vacina (apenas relatam como "improvável e não esperado"), suspenderam.
Disse que a decisão foi baseada nas informações que eles tinham até aquele momento, e que, em decisão conjunta, suspenderam os testes.

Como a causa mortis ainda estava em avaliação pelo IML, aguardaram mais dados.

Mas em breve voltaram a permitir a retomada.
Renan questiona sobre a obrigatoriedade de vacinação contra COVID no Brasil.

Diz que as pessoas devem ser convencidas a buscar a vacinação a todo custo.
Barra Torres ressalta que tem amizade com o presidente, mas que a conduta dele difere da de Bolsonaro.

Disse que na ultima live com o presidente, permaneceu sempre de máscara.
Disse que em evento apontado por Renan Calheiros, em 15 de março, não havia recomendação do Ministério da Saúde sobre uso de máscaras, salvo por profissionais de saúde.

Disse que no DF apenas se tornou obrigatório usar máscaras em abril.
Diz que não compareceu a manifestação, mas estava em reunião com o presidente, e quando ele se deslocou para cumprimentar populares, o acompanhou, mantendo-se distante.

Disse que hoje não o teria feito, em retrospecto.
Marcos Rogério questiona sobre a aprovação da SPUTNIK V, e menciona a decisão do STF de que a decisão teria que ser tomada dentro do prazo original.

Questiona o que pensa Barra Torres da judicialização de processos eminentemente científicos.
Barra Torres afirma que houve sugestão de que, havendo solicitação de documentos, o cronometro se travasse, o que foi negado pelo STF.

Afirma, portanto, que a decisão técnica da ANVISA foi feita com a documentação disponível no momento de vencimento do prazo.
Marcos Rogério continua o questionamento, perguntando se a aprovação de vacinas não autorizadas pela ANVISA, por judicialização, seria negativa para a confiança nas vacinas.

Barra Torres afirma que sim.
Questiona agora sobre a presença de adenovirus na vacina e se isso poderia, se comprovado, implicar em riscos à saúde.

Barra Torres confirma que concorda.
Agora questionam sobre os 60 países que supostamente aprovaram a Sputnik V, e se alguma agência regulatória de "peso" teria aprovado.

Barra Torres afirma que encarte da Sputnik V alegava que havia estudo de fase III em andamento no Brasil. Afirma então que não há, e não houve.
Afirma que a corrida das vacinas não é quem larga na frente, é quem chega no final primeiro.

Diz que dos 60 países alegados, 24 não usam a vacina.

México e Argentina responderam solicitações de documentos sem detalhes e alegando confidencialidade.

11 não responderam
Dos poucos países que receberam doses e iniciaram as etapas iniciais de uso, poucos tem agências regulatórias robustas, salvo Argentina e México.

Por conta disso, não se tem também a avaliação de efeitos adversos de aplicação em fase IV (de farmacovigilância).
Ressalta que na Argentina, a Sputnik V foi aprovada pelo Ministério da Saúde que informou a decisão à agência regulatória.

BT afirma que 57% das doses lá são dessa vacina; mas 92% dos efeitos adversos reportados (sérios ou não) são por conta desse imunizante.
Ao ser questionado sobre a vistoria nas fábricas, disse que não foi possível realizar com a minúcia que se esperava, inclusive com ausência de acesso ao local de controle de qualidade na Gamaleya.

É interrompido por Aziz por questão de tempo.
Diz que houve unanimidade no quadro técnico e nas diretorias sobre a negativa referente ao processo da Sputnik V
Randolfe Rodrigues (REDE-AP) com a palavra agora. (máscara dupla, de pano e cirurgica)

Reconhece a admissão de erro de Barra Torres em aglomerar.

Questiona sobre a bula da hidroxicloroquina e dos presentes.

Barra Torres afirma que nenhum filho do presidente estava presente
Barra Torres disse que não houve atraso na aprovação de vacinas. Que há o uso emergencial, instância criada para a pandemia (em 22 anos da ANVISA).

Disse que entre o primeiro vacinado no mundo e o primeiro no Brasil foram 39 dias.
Randolfe agora questiona sobre os limites usados pelo fabricante da Sputnik.

Barra Torres disse que "abaixo de um limite" é diferente de zero e por isso a ANVISA concluiu pela presença, e pela não informação de segurança, em estando presente.
Randolfe mostra carta resposta da Gamaleya, em que alegam não haver adenovírus.

Barra Torres defende decisão da ANVISA, dizendo serem discrepantes as informações passadas.
Randolfe pergunta se Barra Torres concorda com a máxima "um manda e outro obedece".

Barra Torres afirma que se pauta na ciência e discorda dessa máxima.

(Cinéfilo ou não, todo mundo conhece essa cena)
Eliziane Gama pergunta sobre a aglomeração de motociclistas ocorrida no fim de semana, em encontro de motociclistas com Bolsonaro.

Barra Torres diz que é contrário a aglomerações, não uso de máscaras e debochar de vacinas.
Questionado sobre cruzeiros e se deveriam ter sido interrompidos, Barra Torres diz que não havia consenso da OMS à época.
Barra Torres fala sobre restrição de vôos entre outros países do mundo, e evolução de controles de fronteira durante a pandemia
Eliziane Gama (de máscara cirúrgica) pergunta sobre se houve discussão com o ex-chefe da SECOM sobre a Pfizer.

Barra Torres diz que não, que nunca discutiram esse assunto.
Barra Torres diz desconhecer "governo paralelo" em reuniões com o Ministério da Saúde, e presença de filhos do governador.

Disse que se reuniu com Mandetta e Pazuello (mas não com Teich, por ter sido breve🗣️). Que domina assuntos regulatórios, não da ação do MS.
Sobre Nise Yamaguchi, diz que não sabe se ela atua como conselheira do presidente.

Mas afirma que por conta de sua atuação, ela defende o uso de certos medicamentos contra a Covid-19.
Ao ser questionado sobre a quebra de patentes, diz que não é assunto regulatório e ANVISA não tem opinião oficial sobre o assunto.

Mas que imagina que terá pouco impacto para o Brasil, que não domina, por exemplo, a cadeia produtiva da vacina da Pfizer.
Barra Torres defende a indicação de diretores e o carater técnico dos servidores de carreira que ocupam a agência.
O senador @randolfeap senta-se à mesa como vice-presidente e passa a palavra a Humberto Costa (PT-CE)
Agora o @senadorhumberto pergunta se Barra Torres concorda com a tese de imunidade de rebanho por infecção, defendida pelo governo federal.
O senador usa máscara cirúrgica com máscara mista de algodão com elastano por cima.

Barra Torres declara que não concorda com a imunidade de rebanho.

O Senador se diz satisfeito em ver que há quem, no governo, não defenda o descumprimento das regras da pandemia.
Pergunta agora sobre comentários de Bolsonaro sobre a CoronaVac, em especial os referentes a morte de voluntário e eficácia da vacina.

Barra Torres diz que é contra a politização de um assunto técnico.

(e @senadorhumberto, ajuda a gente a te ajudar e pára de cutucar a máscara)
Humberto Costa se queixa que não houve clareza em falar sobre os dois processos sobre a Sputnik - a da Uniao Química, para uso emergencial; e dos governadores do Nordeste para importação.

Defende os dados do ministério da Saúde da Argentina sobre impacto da vacina.
Senador Eduardo Girão (PODEMOS-CE) @EduGiraoOficial pergunta agora se seguindo os processos de análise técnica a CoronaVac e AstraZeneca sofreram atrasos, ou demoraram a submeter os pedidos.

O senador usa uma Aura 👍 mas de forma errada (os dois elásticos no pescoço) 👎
Barra Torres afirma que não houve atraso

Ao ser perguntado sobre pressão para aprovar vacinas, diz que a maior pressão pela aprovação são os 410 mil mortes. Diz que não tolera ataques pessoais aos servidores, que agem de forma técnica. Ressalta de novo que houve politização.
Girão agora pergunta sobre medicamento, em especial uma limitação com relação à proxalutamida.

Barra Torres afirma que houve sugestão de estudo duplo-cego, randomizado, placebo controlado, e que isso teria que ser alinhado com o CONEP (conselho nacional de ética em pesquisa).
Barra Torres que não houve retorno.

Girão diz que espera que a CPI escute "os dois lados" da ciência sobre o estudo precoce, preventivo.
Girão menciona vacina desenvolvida no Ceará que custaria R$ 0,44 por dose, de nome HH120-Defenser.

Barra Torres diz desconhecer.

(a vacina não está em fase clínica ainda, cabe destacar; ceara.gov.br/2021/05/07/uec…)
Girão agora pergunta sobre os termos da Pfizer, com relação à não responsabilização dos fabricantes em caso de efeito adverso.

Barra Torres disse que não havia indicação de submissão, até que fosse feito pedido de compra, mas isso já está no passado.
Senador Otto Alencar (PSD-BA) - usando máscara cirúrgica - pergunta sobre protocolo que Barra Torres teria encaminhado ao hospital Albert Einstein sobre uso de hidroxicloroquina.
O senador @ottoalencar também pergunta sobre a biossegurança aferida pelo CTNBio quanto à vacina Sputnik.

gov.br/mcti/pt-br/aco…
Barra Torres afirma que a ANVISA não avalia uso de medicamento, mas protocolo de estudo.

Diz que aprovou diversos protocolos de estudo, inclusive um para pacientes moderados e graves (que não mostraram eficácia da hidroxicloroquina).

Para casos leves o estudo terminará em 31/12
Afirma que a aprovação pelo CTNBio avalia se há risco da entrada do produto, contendo organismos geneticamente modificados, em território nacional.

Disse que são avaliações diferentes daquelas avaliadas pela ANVISA.
Alencar diz que discorda.

Agora questiona sobre a avaliação das vacinas, e afirma que AstraZeneca tem a mesma tecnologia da Sputnik e pergunta sobre os riscos da Oxford, e porque não se preocuparam com adenovirus replicantes naquela vacina.
(Camarote aqui:

A vacina de Oxford é feita com um adenovirus de Chimpanzé; a Sputnik com dois adenovírus, o Ad 5 e o Ad 26.

Houve uma preocupação com recombinação do Ad5, especificamente, por homologia com o codigo genetico de replicação presente nas células de cultivo)
Voltemos.

Alencar disse que crítica direcionada à vacina russa na revista Science, citada pela ANVISA, não era sobre a Sputnik, do Gamaleya, mas sim contra a EpiVacCorona, do Instituto Vetor.

Alega discriminação contra estados do Nordeste.
Barra Torres volta a defender a decisão técnica da ANVISA.

Ressalta que a presença de adenovirus replicante é UMA das muitas lacunas no processo da Sputnik.

14 itens faltantes, pelo menos.

Disse que as demais vacinas tem esses relatórios disponíveis.
Otto Alencar reclama que faz cinco meses que ANVISA está avaliando a vacina, e que está postergando.

Barra Torres explicita que isso seria crime, mas que a documentação não está com a ANVISA esse tempo todo e que falta complementação documental.
Omar Aziz relata que não há restrição sanitária adequada, nem entre os estados, nem com outros países.

Afirma que outros países é que fecharam fronteiras conosco.
Rogério Carvalho (PT-SE) @SenadorRogerio agora com a palavra - usando uma KN95 - falando sobre as atribuições e complementariedade do SUS.

Afirma que temos 5801 operadores do SUS (municípios, mais estados e DF, ANVISA, ONS, etc)
Senador pergunta pq ANVISA não interviu, sabendo que não havia indicação da hidroxicloroquina, quando percebeu seu uso indiscriminado contra Covid-19.

Pergunta ainda porque houve primeiramente uma não recomendação de ivermectina, com efeitos colaterais, e depois foram omitidos.
Senador traz dados da Gamaleya sobre a eficácia da Sputnik e declaração de Professor da UFRJ sobre a importância dessa vacina.

Questiona se há preconceito contra a vacina
Senador gastou seus quinze minutos na pergunta.

Ainda assim abrem para Barra Torres, que volta a repetir os quesitos técnicos que levaram à decisão da ANVISA, aliado à falta de documentos
Senador falar que uma pessoa pode impedir uma vacina, por não ser por votação.

Aziz afirma que seriam muitas pessoas envolvidas para que fosse um boicote como alega o senador.
Aziz estabelece 20 minutos de intervalo.

Barra Torres agradece.

A cobertura do Camarote também.

Voltamos em breve.
Todos de volta!

Pergunta agora o senador Angelo Coronel (PSD-BA) de forma remota sobre a medição de temperatura de passageiros que chegavam a Salvador. Segundo o senador, a Anvisa retirou esses profissionais e não permitiu que a Bahia os substituísse.
Outra questão de Angelo é sobre a Sputnik V, pergunta sobre a segurança da vacina.
/Torres responde que teve uma reunião com representantes do estado da Bahia e outros técnicos. Ele diz que a área é federal e o entendimento, na época, foi que seria uma maior concentração de pessoas. A ideia seria medir a temperatura em áreas não federais do aeroporto.
O presidente da Anvisa segue dizendo que essa medida é coadjuvante e educativa, mas não tem eficácia, já que indivíduos com covid-19 podem não ter febre.
Antonio diz que faltou o relatório firmado entre o governo de origem e a empresa que atestariam sua segurança.
Coronel segue perguntando se está sendo usada na Argentina. Barra Torres diz que sim, em 57% das aplicações.
Angelo Coronel apela para que a Sputnik V possa ser autorizada, já que é usada amplamente na Argentina.
Barra Torres diz que a Anvisa está se empenhado para resolver, mas que deve evitar danos por conta de vacina.
Pergunta agora o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) sobre a reunião que pedia mudança da bula da cloroquina. Barra Torres diz que fazia parte do grupo interministerial e Anvisa através da Casa Civil.
Pergunta se Braga Netto conduziu a reunião. Barra Torres diz que sim.
Pergunta sobre outros assuntos. Barra Torres diz não se recordar.
Vieira pergunta sobre os atos normativos da Anvisa sobre cloroquina. Sobre a necessidade de receita, Anvisa diz que o uso desses remédios foram desburocratizados pelo aumento de uso e, assim, garantir pra quem realmente precisa da droga.
Pergunta se a Anvisa referendou tratamento off-label.

/Torres diz que não.
Senador pergunta se ele sabia se tem recomendações do ministério. /Torres diz que houveram 2, uma com Mandetta e a outra uma ampliação do uso com Pazuello
Pergunta se era necessário aprovação na Anvisa pra compra de vacina.
Barra Tores diz que pra compra não há necessidade, apenas pra uso.
Pergunta agora Marcos do Val (Podemos-ES) de forma remota sobre cloroquina. Diz que o remédio foi vendido por 66 anos sem receita e que, de uma hora pra outra, começou a se falar dos efeitos colaterais do remédio. A pergunta é quem deixou vender por todos esses anos.
/Torres começa contando a história da cloroquina. Diz que precisou tomar a decisão como regulador de mercado: aumentou o consumo pelo uso off-label e não havia perspectiva de reposição e iria faltar pra quem realmente precisa do remédio.
Ele segue dizendo que a medida foi revogada após reposição. Presidente da Anvisa diz que quem se manifesta sobre uso off-label são associações médicas.
Marcos do Val pontua, então, que não se pode cravar que a cloroquina não funciona, já que os estudos devem ser terminados no fim do ano.
Pergunta agora Fernando Bezerra (MDB-PE) e pede permissão pra registrar que durante a fala de Renan Calheiros sobre Nilse Yagamuchi e defende que ela se enquadra como colaboradora eventual.
Omar Aziz diz que esse não é o problema e, sim, fazer um decreto sobre mudança de bula.
Marcos Rogério diz que estamos diante do “crime impossível”. Pergunta se há possibilidade de mudar bula de remédio por decreto e chama de cortina de fumaça.
Fernando Bezerra começa falando que ficou clara a autonomia da Anvisa. Pergunta o papel desempenhado pela Anvisa no ICH.
/Torres diz que faltava pra Anvisa duas certificações: ICH e o PICS, conquistadas em 2019
Bezerra pergunta os custos de inclusão de novo uso em bula de remédio e se o processo tem sido impeditivo pro uso de remédios baratos contra a covid-19.
/Torres diz que não é fator impeditivo e que o custo seria o financiamento de estudos clínicos.
Fala agora Jorge Kajuru (Podemos-GO) sobre uma matéria d’O Antagonista em que falava que Jair Bolsonaro estaria bufando com o depoimento de /Torres.

O presidente da Anvisa diz que está desconectado das mídias e deve se manter assim pra se focar nas respostas.
Diz que as respostas são verdadeiras e que não tem controle nem como avaliar.

Kajuru diz que se isso realmente aconteceu, qual será a reação.
/Torres diz que vai continuar vivendo.
Senadora Rose de Freitas (MDB-ES) fala agora de forma remota. Pergunta sobre a Sputnik V e se os outros países que usam a vacina tiveram o cuidado que a Anvisa teve. Quer saber de saíram as doses testadas.
/Torres diz que os dados chegaram direto do desenvolvedor russo. Repete que dos 60 países que compraram a vacina, apenas 23 usam e apenas Argentina pôde responder questionamentos e, mesmo assim, não supriu todas as dúvidas.
Fala agora o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Diz que ficaram claras as posições de /Torres em relação às medidas sanitárias e vacinação.
Fala agora o senador Izalci Lucas (PSDB-DF). Pergunta se depende agora da União Química pra aprovação da Sputnik V, se a produção de cloroquina passou por ele, pergunta se há pressão pra derrubar barreiras sanitárias.
/Torres diz que a Butanvac e a Versamune estão em análise de teste clínico de fase 2 e 3, que precisam de mais documentos da União Química. Sobre a cloroquina, diz que normalmente é fabricada por estatais por ser muito barata, mas desconhece aumento de fabricação p/ Exército.
Senador Telmário Mota (PROS-RR) fala agora. Diz que o presidente quer um país acontecendo e que há exagero e politização. Agora fala dos remédios que usou pra tratar a covid quando pegou.
Ele segue com dados de aplicação de vacina, que ontem foram mais de 1,7 milhões de doses. Finalmente diz que tem 3 perguntas: todos os remédios aprovados pra covid-19 podem ser usados em todos os momentos da doença? Cloroquina e ivermectina não têm patente, portanto quem
pediria pra mudar a bula? os médicos ficam impedidos de receitar? Sobre a Sputnik, pergunta se foi pressionado ou constrangido pra aprovar a vacina. Pergunta também se ele concorda com a narrativa que foi uma decisão política.
Barra Torres diz que só quem pode pedir alteração de bula é o detentor do registro. Diz que o médico não é proibido de receitar off-label e regulado pelos conselhos de classe. Também fala que não há decisões políticas na Anvisa.
Agora por último, senador Fabiano Contarato (REDE-ES) diz que é preciso entender que o presidente tem suas responsabilidades exclusivas, tanto por ação quanto por omissão.
Pergunta se houve alerta por parte da Anvisa sobre a ineficácia desses remédios pra tratamento da covid.
/Torres diz que há várias manifestações da Anvisa que pontuam a inexistência de tratamento.
Contarato pergunta se foi provocado para se posicionar dentro da Anvisa sobre esses posicionamentos de Bolsonaro.
/Torres diz que não objetivamente e que não é atribuição da Anvisa fiscalizar off-label.
/Torres diz que todas as medicações do kit covid são sob receituário médico e que essa fiscalização não cabe a Anvisa. A ação da Anvisa seria somente sob as receitas.
Contarato pergunta se /Torres fez uso de cloroquina pra prevenção.
/Torres diz que não há comprovação.
Senador pergunta sobre os posicionamentos de Jair Bolsonaro.
/Torres diz que todas suas manifestações públicas reafirmam a necessidade de máscara, álcool gel, lavar as mãos. Diz que esteve em live com o presidente e usou máscaras o tempo todo.
Contarato pergunta sobre o spray nasal de Israel e se a Anvisa recebeu alguma notificação ou pedido de testes no Brasil. Pediu estimativa pra disponibilidade do spray.
/Torres diz que a Anvisa tem recebido diversas técnicas.
Sobre o spray nasal, /Torres diz não lembrar se o grupo falou com a Anvisa, mas diz que não houve entrada de protocolo de pesquisa.
Contarato pergunta se a Anvisa concorda com a possibilidade de aumento de intervalo entre doses da Pfizer aumentar pra 3 meses.
/Torres diz que não lembra e que promete enviar resposta.
Senador pergunta se quando /Torres foi diagnosticado com covid-19 ele tomou cloroquina.
/Torres: não.
Omar Aziz encerra a sessão. Todos convocados pra amanhã, 9:30.

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13 May
9h30 horário de Brasília. Representante da Pfizer, Carlos Murillo, já está no Senado. Sessão ainda não começou.

Separem a pipoca que começa já já 🍿
SESSÃO ABERTA!

Senadores vão votar requerimentos agora no início e apresentar questões de ordem
Omar diz que irá fazer uma reunião para determinar sigilo em documentos necessários.
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13 May
Nota de esclarecimento à imprensa

1. O ex-secretário Especial de Comunicação da Presidência da República, Fabio Wajngarten, respondeu a todos os questionamentos que lhe foram formulados, sem esconder [...]
[...] ou omitir informações, nas mais de seis horas de seu depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado.

2. Jamais faltou com a verdade! E nem teve a intenção de fazê-lo.
Read 7 tweets
12 May
URGENTE

Flávio Bolsonaro fala aos repórteres. Diz que não existe nada paralelo e que estão tentando incriminar quem quer ajudar o Brasil.
Flávio diz que não há intetesse pessoal em nenhum aconselhamento paralelo.
Filho do presidente diz que não tem vacina disponível, mas que o Brasil está indo bem.

Coletiva encerrada. Jair Bolsonaro está discursando agora no evento do Programa Adote um Parque.
Read 6 tweets
12 May
Camarote, a CPI da Covid pode decretar prisão? Em alguns casos, a comissão tem a prerrogativa de decretar prisão em flagrante. Isto é, uma espécie de prisão cautelar, a qual há restrição de liberdade de forma não definitiva.
O art. 5º, inciso LIV, da CF, estabelece “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”, sem prejuízo do que prevê o art. 5º, inciso LXI, pelo qual “ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada +
+ de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;”.
Read 6 tweets
12 May
Camarote! 🍿

Preparados para o depoimento de Fábio Wajngarten?
Senador Omar Aziz dá abertura aos trabalhos, agora os senadores se inscrevem para fala.

Precisamos dizer a senadores governistas tentaram levantar teses de perseguição ao Jair Bolsonaro?
Nesse momento Senador Humberto Costa (PT) fala sobre o pedido do líder do Partido dos Trabalhadores quanto as dúvidas jurídicas relativas a CPI poder ou não investigar governadores e prefeitos.
Read 297 tweets
12 May
🚨 | "Enquanto a Pfizer, que obteve registro definitivo para sua vacina em fevereiro, esperou 7 meses, participou de dez reuniões e teve que recorrer a muita gente no governo para conseguir fechar um +
+ contrato – incluindo o ex-secretário de Comunicação, Fábio Wajngarten, que depõe hoje à CPI da Covid –, a Precisa fez apenas seis reuniões e liquidou a fatura em menos de quatro meses."
"O contrato com a Pfizer foi fechado em março. A primeira remessa de doses da vacina, com um milhão de unidades, chegou ao país no último dia 29. O ministério assinou ontem o segundo contrato, para o fornecimento de mais 100 milhões de doses."
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