Na prática, o CFM ratifica que qualquer tentativa de se fazer uso da cloroquina através de inalação - fora de estudos e pesquisas cientificas - será considerada irregular, ilegal e antiética.
A título de lembrete, pontuamos que ao menos 8 pessoas morreram no Brasil em 2021 após serem tratadas para Covid-19 com nebulização de comprimidos de cloroquina ou hidroxicloroquina. Foram quatro casos no RS e cinco no AM, todos de pessoas submetidas a procedimentos clandestinos.
O presidente Bolsonaro também defendeu o uso da cloroquina por inalação, mesmo diante da inexistência de estudos quanto a eficácia e confiabilidade do procedimento que resultou em vítimas fatais.
Ao mencionar em live sobre o tratamento contra Covid através da nebulização com cloroquina, Bolsonaro citou o caso da médica Eliane Scherer, que teria usado a técnica em pacientes. Contudo, ela está sendo investigada após o óbito de pacientes que inalaram a droga.
Ao indicar a inalação da cloroquina como tratamento da Covid, Bolsonaro mencionou o termo "off label", ou seja, a aplicação do medicamento para um fim que não seja os previstos na bula.
Entretanto, tal aplicação encontra limites, haja vista que o uso "off label" se caracteriza pela recomendação extra bula desde que haja comprovação de eficácia em ao menos um grupo específico. No caso da inalação de cloroquina, não há qualquer estudo concreto sobre seu uso.
Em 02/03, a Organização Mundial da Saúde (OMS) concluiu que a hidroxicloroquina não funciona no tratamento da Covid. O uso tradicional do medicamento pode causar efeitos adversos no paciente, o que pode se agravado caso haja administração por nebulização.
Por fim, ressaltamos que médicos e cientistas possuem papéis diferentes. Enquanto cientistas estudam a efetividade e repercussões de uma droga em dado organismo, os médicos as recomendam ou não com base no resultado daqueles. Portanto, a autonomia médica não pode ser aleatória.
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O Habeas Corpus visa dar a Pazuello o direito de permanecer calado na #CPIdaCovid e impedir que o ex-ministro seja preso.
O pedido chegou ao Supremo Tribunal Federal nesta quinta-feira e foi apresentado pelo advogado Rafael Mendes de Castro Alves que não tem relação direta com Pazuello.
Vamos a coletiva com senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP).
Ele inicia sua fala no púlpito realizando um balanço dos depoimentos ocorridos até momento na CPI.
Randolfe afirma que os depoimentos trazem algumas informações, entre elas a existência de um comando paralelo externo ao Ministério da Saúde. #CPIdaCovid#CPIdaPandemia#CamarotedaCPI
Afirma que o comando do Ministério da Saúde por Mandetta e Teich eram baseados na ciência, mas ao mesmo tempo havia um comando paralelo no Planalto que compreendia uso de cloroquina e a chamada imunidade de rebanho.
1. O ex-secretário Especial de Comunicação da Presidência da República, Fabio Wajngarten, respondeu a todos os questionamentos que lhe foram formulados, sem esconder [...]
[...] ou omitir informações, nas mais de seis horas de seu depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado.
2. Jamais faltou com a verdade! E nem teve a intenção de fazê-lo.