Uma dúvida comum do nosso dia a dia em que envolve interações com pessoas é: "como eu devo agir e responder às ações dos outros?"
Isso, basicamente é o tema de estudo da Teoria dos Jogos. Como eu ajo? Tem um método.
Eu já falei aqui da Lei de Monastério (@lmonasterio) dos dois desvios padrões.
"NUNCA brigue se o adversário estiver a mais de dois desvios padrão de você em QUALQUER dimensão: conhecimento, ideologia, inteligência ou porte físico."
É perder nosso tempo escasso...
Mas e aqueles que precisamos responder? Há estratégias pra isso.
- Regra de OURO: faça com os outros o que você quer que seja feito com você.
- Regra de PRATA: NÃO faça com os outros o que você NÃO quer que seja feito com você.
- Regra de BRONZE: faça aos outros o que te fazem.
Apesar dessas regras serem conhecidas, elas são frágeis. São estratégias pouco robustas para diferentes situações.
Na regra de Ouro e Prata, por exemplo, se alguém começa a desviar de um comportamento cooperativo, te trapaceando, você tende a ser bonzinho demais.
Imagine um possível cenário de conflito. Um país podendo entrar em guerra com outro. Um negociação entre duas empresas, ou mesmo a dinâmica de debate nas redes sociais.
Qual a melhor estratégia? Um cara chamado Robert Axelrod testou diversas estratégias em jogos repetidos desse.
Em seu livro "A evolução da cooperação: o dilema do prisioneiro e a teoria de jogos (1984)", Axelrold viu que nesses cenários uma estratégia era superiormente melhor que todas as outras citadas.
A estratégia dele era o Tit-for-tat. A dinâmica é interessante e eu uso diariamente.
A estratégia consiste simplesmente em cooperar na primeira iteração do jogo, e depois disso repetir o comportamento do oponente da rodada anterior.
Axelrold repetiu essa estratégia várrias vezes e viu que o Tit-for-tat vencia a maioria dos jogos contra outras estratégias.
Por que ela é boa?
1. Bondade: ela nunca é a primeira a trapacear, começando cooperando. 2. Retaliadora: nunca deixa passar uma traição sem retaliar no lance seguinte. 3. Perdoadora: tem a propensão a cooperar depois de punir uma trapaça do outro jogador.
É assim que eu pelo menos procuro agir nas redes socias e na vida.
Eu sempre começo cooperando. Sendo altruísta. A partir daí, vou agir como o outro lado agir.
Resultado? Chegou cooperando e conversando nas redes, vamos seguir conversando. Vamos seguir cooperando.
Agora, chegou na voadora, xingando, aí a gente faz igual! No dia a dia é a mesma coisa. Desviou o comportamento com alguma traição, idem.
Não é porque eu "gosto" ou desgosto de agir assim. É porque é a estratégia mais eficiente no longo prazo. Só depende de como outro vai agir.
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O que você faria se fosse o Primeiro-Ministro e soubesse que iam bombardear uma cidade do seu país?
Isso aconteceu com Churchill em 1940. A atitude dele mostra a visão de um estadista, coisa que falta ao Brasil.
A DIFERENÇA DE SACRIFICAR UM POUCO DO HOJE POR UM AMANHÃ MELHOR...
Em 1940, no auge da II Guerra Mundial, os Britânicos haviam acabado de decifrar o código secreto militar nazista “ENIGMA”.
A Enigma era uma máquina de escrever que gerava códigos criptografrados. O código, utilizado entre pelos alemães, colocava os Nazistas em grande vantagem.
O código foi decifrado por Alan Turing em 1940. E uma das primeiras mensagens interceptadas era que os alemães estavam prestes a bombardear a cidade de Coventry, 150 km de Londres.
A ação mais óbvia era que Churchill (primeiro-ministro britânico) evacuasse a cidade rapidamente.
PRECISAMOS FALAR DA IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DE IGREJAS EVANGÉLICAS.
Para os fanáticos que pensam binariamente e vão problematizar, NÃO É SOBRE FÉ OU RELIGIÃO, é sobre economia.
É sobre como a imunidade banca o enriquecimento de poucos às custas de muitos e deixa o BRASIL +INJUSTO.
No Brasil, as igrejas e centros religiosos estão entre as instituições às quais a Constituição garante imunidade tributária.
Isso significa que nem União, nem estados e municípios podem cobrar deles qualquer tributo que tenha incidência sobre o patrimônio ou renda.
Sendo mais específico, Igrejas e centros religiosos de qualquer natureza NÃO pagam IPTU, IPVA e Imposto de Renda.
Qual a justificativa?
Uma delas é que a imunidade existe para proteger a liberdade religiosa e permitir que todos os grupos de pessoas possam exercer sua fé.
Eu gosto muito do Rappi. Tem gente que acha que é o mal do capitalismo. Que a empresa explora as pessoas etc.
Pra mim, ele dá oportunidade e renda pra uma classe que não teria outra alternativa se não fosse essa empresa. Pessoas que estariam desempregadas ou em empregos piores.
O Rappi conecta 2 tipos de agentes na sociedade.
1. Existe um grupo de pessoas que tem dinheiro, mas não tem tempo. Esse grupo estaria disposto a pagar alguém para fazer suas compras, ir na farmácia.
2. Existe um outro grupo que possui tempo sobrando, mas não tem dinheiro.
Eles estão dispostos a - em troca de alguma renda - fazer as compras de alguém, ir na farmácia ou comprar gelo pro seu churrasco.
Ou seja, um DEMANDA TEMPO E OFERTA DINHEIRO.
O outro DEMANDA DINHEIRO e, em troca, OFERTA TEMPO.
SUBIU O MORRO COMO ATENDENTE DA NET E DESCEU COMO NEM DA ROCINHA.
A história do Nem da Rocinha é uma das mais intrigantes que já li. E mostra como é complexo o problema das drogas e o porquê a guerra ao tráfico - que não enxerga o contexto - não tem tido sucesso...
Dezembro de 1999.
Eduarda, de 9 meses, estava com o pescoço inchado, chorando de dor. Sua mãe a levou a uma clínica. Os médicos disseram que era apenas mau jeito.
Dias depois, a situação do bebê piorou. A coluna cervical apresentava lesões. O problema não era nada simples.
Sem plano de saúde, após diversos tratamentos, a família se viu em um ciclo de peregrinação por hospitais. Mãe e pai abandonaram empregos para cuidar do bebê. As contas atrasaram e veio uma dívida de R$ 20 mil.
Quem emprestaria R$ 20 mil para um casal de desempregados da favela?