Mas é importante colocar as coisas em perspectiva: as pessoas que se organizaram hoje elegem um vereador e isso é tudo. Essa micareta genocida ocorre no momento em que a popularidade do sujeito diminui e vai abaixo dos famigerados 30%.
Nosso incomodo, nossa raiva nossa indignação são legítimos. Mas não podemos entrar em desespero pois se trata, justamente, de um ato desesperado. De um presidente impotente que tá divulgando vídeo se chamando de "comedor" para convocar suas bases mais fiéis.
Isso não significa que o Bolsonarismo não seja perigoso, que não possa retomar o seu crescimento, nada disso. É preciso contextualizar o ato presidencial: ele ocorre em um momento em que o governo se mantém vivo pelo desinteresse de outros setores de assumir a sua posição.
Já disse e repito: uma presidência existe pelo seu poder ou pela sua fraqueza; Bolsonaro está no segundo grupo. Seu governo se tornou apenas um fiador da rapinagem e é apenas para isso que ele serve (aos interessados) no momento.
As "reformas" não são dele. Como muitos já colocaram, elas estão sendo feitas a despeito dele - ele não tem nenhum interesse em gestão, o que lhe interessa é apenas a faixa.
Bolsonaro pode tentar uma solução à Myanmar? Pode. Temos até um exemplo próximo, o que ocorreu na Bolívia. Mas seu apoio no alto escalão das forças é menor do que até ele mesmo imagina.
E entre as forças auxiliares a situação é outra: um golpe aberto não faria bem aos negócios.
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Uma das frases que mais me intrigam é a ideia de "país fragmentado" para falar do Brasil (mas de qualquer outro, na verdade), pois pressupõe a existência de algo como uma "unidade nacional" perdida ou vindoura. Algo que nunca existiu e nunca existirá.
A ideia de nação como unidade coesa é mais uma dessas ficções que, de tanto serem repetidas, se tornaram "reais". Reais apenas no campo da representação, pois nunca se manifestaram como fenômeno.
Se você pega a própria fundação dos estados nacionais na Europa (fenômeno relativamente recente em termos históricos) vai encontrar algo que só pode ser definido como "briga de foice no escuro". Com diversos grupos tentando se tornar a "identidade nacional".
Mais uma segunda, mais um editorial clickbait daquele jornal... mais um dia que o povo vai repercutir o texto até o dedo sangrar.
Vou começar a campanha: você poderia substituir esse editorial indigesto na sua timeline por um livro, filme, disco, podcast, vídeo que você realmente gosta.
Melhor, no lugar de ficar divulgando (e dando dinheiro) para os caras, divulgue e apoie uma reportagem da Agência Pública apublica.org
Eu acho interessante esse bando de otário Bolsonarista falando que o problema foi o carnaval que aconteceu em fevereiro de 2020 quando o abjeto do Presidente faz uma micareta por semana.
O que o presidente estava comemorando? Qual era a justificativa do evento? Dinheiro público foi gasto, vidas estão sendo arriscadas (e não apenas a vida dos otários que estavam lá, não me venham com baboseiras "Darwin awards") em nome de que? De um morticínio midiático.
Bolsonaro é a representação máxima do estado neoliberal: o Estado reduzido ao papel de um entertainer genocida.
Hoje o nosso camarote da #CPIdaCovid começa mais cedo, 09:20h. Hoje promete, depoimento de Fábio Wajngarten (vulgo Vavardem ou apenas Vavá), que jogou toda a responsabilidade da crise no colo de Pazuello (vulgo Pazuzu)
#CPIdaCovid rolando um pré-jogo, senadores discutindo, mais uma vez, sobre os limites da CPI
#CPIdaCovid Como se diz na minha terra, a Grande Bangu, o "clima tá pra porrada!". Governistas usando a fala da mãe de Paulo Gustavo para justificar a convocação de governadores, e Renan Calheiros jogando o #bolsolao#tratoraço. Governistas ficam desesperados!!!
#CPIdaCovid governistas começam os trabalhos fazendo propaganda do governo, dizendo que o País está crescendo forte. Falem essas mentiras para quem está passando fome.