"O Curto Verão da Anarquia - Buenaventura Durruti e a Guerra Civil Espanhola", de Hans Magnus Enzensberger. Publicado pela editora Companhia das Letras. 1987.
Nessa obra, o escritor baviero Hans Magnus Enzensberger nos narra a biografia de um dos maiores anarquistas da história: Buenaventura Durruti.
Narrar a vida de Durruti entretanto, é um desafio, pois sua vida está intimamente ligada a história. Contar a vida do anarquista espanhol é contar a história do anarquismo. E esse movimento não pode ser feito por um narrador soberano.
O autor então constrói uma epopeia romântica de múltiplas vozes, construindo sua narrativa da vida de Durruti e da Guerra Civil Espanhola. Centenas de depoimentos que nos ajudam a reconstruir um espelho que fora fragmentado pela historiografia.
O curto verão da Anarquia conta então com uma ampla documentação, depoimentos de militantes e teóricos, inimigos, extratos de jornais, livros, documentos pessoais. Nos demonstrando toda complexidade da vida de Buenaventura Durruti.
"O romance de Durruti deve ser entendido nesse sentido: não como uma biografia que acumula fatos e muito menos como um discurso científico. Seu campo narrativo vai além do perfil de um personagem. (...)
Tudo que se conta de Durruti está sob o efeito dessa luz. (...)
Não obstante, o método narrativo, o recontar a história, existe. Parte do personagem e sua dificuldade pode ser exposta da seguinte maneira:
deve ser reconstruída a existência de um homem que está morto há trinca e cinco anos e cujo espólio se reduz a um jogo de roupas de baixo, duas pistolas, um binóculos, e um óculos de sol. Este era todo seu inventário.
Não existem obras completas do autor: as declarações por escrito do falecido são extremamente escassas. Sua vida baseou se na ação. Esta ação era política e em grande parte, ilegal." P. 16.
Vocês já leram O Curto Verão da Anarquia? Ficaram interessados na leitura? Segue alguns links que podem ajudar vocês!
Recomendamos o documentário "A Coluna Durruti", realizado no fronte de batalha durante a Revolução Espanhola (1936) na tomada da cidade de Bujaraloz do controle das tropas fascistas.
Vocês podem assistir a reportagem legendada no canal da @bterralivre !
Recomendamos ouvir a reprodução dessa entrevista de Durruti ao jornalista Van Passen em 1936!
"Nós não tememos as ruínas, porque levamos um mundo novo em nossos corações. Esse mundo está crescendo nesse momento."
Após a morte de Durruti, diversas homenagens lhe foram prestadas. Vale muito a pena ler o texto escrito por Emma Goldman: "Durruti esta morto, contudo vivo".
"De baixo para cima e da periferia ao centro: textos políticos, filosóficos, e de teoria sociológica de Mikhail Bakunin." publicado por Editora Alternativa, 2014.
Organizado por Andrey Cordeiro Ferreira e Tradução de Tadeu B. de S. Tonoatti.
Esse livro é uma coletânea de documentos secretos, obras publicadas e manuscritos do anarquista russo Mikhail Bakunin.
O livro traz dois estudos dos organizadores, um sobre os estudos acadêmicos e publicações sobre anarquismo no Brasil e um sobre o anarquismo enquanto fenômeno da Internacional, onde o autor apresenta os aspectos metodológicos do pensamento de Mikhail Bakunin.
Vocês já leram "Mulheres Livres - a luta pela emancipação feminina e a Guerra Civil Espanhola"?
Ficaram interessados na leitura?
Segue alguns links que podem ajudar vocês!
Primeiramente recomendamos assistir ao evento de lançamento dessa edição que aconteceu na UNICAMP, e contou com a presença da Martha A. Ackelsberg, além de convidados como Margareth Rago e Silvio Gallo.
Tradução de Júlia Rabahie. Edição por Tadeu Breda.
Publicado nos anos 90, esse estudo da pesquisadora estadunidense Ackelsberg, apresentou para as feministas norte americanas a história da luta por emancipação das Mulheres Livres, uma organização específica de mulheres anarquistas que surge na Espanha no contexto da Guerra Civil.
As Mulheres Livres surgem pouco antes da tentativa de golpe de estado de Franco a República Espanhola, em 18 de julho de 1936, e com o desenvolvimento da guerra civil, rapidamente crescem em número e influência.
"Revolução Anarquista na Manchúria (1929-1932)" de Emílio Crisi. Publicado por Faísca Edições Libertárias. 2018.
Tradução de Pablo Mizraji. Edição e introdução por Felipe Corrêa e @rafaelviana1968 .
Neste livro, o anarquista argentino Emílio Crisi nos apresenta a história da Revolução Anarquista da Manchúria, que ocorreu entre os anos de 1929 e 1932.
Impulsionada por anarquistas, foi fundada a chamada Comuna de Shimin, reunindo milhões de camponeses e trabalhadores coreanos que construíram o socialismo libertário juntamente a luta de libertação nacional da Coréia contra a ocupação colonial do Japão.