Que fique registrado. Quando escolhi minha nova musa eu ainda não tinha ouvido isso. Agora está confirmada como musa forever, ainda que eu tenha várias restrições.
Tm essa também Voodoo Child. Hendrix na cabeça.
Se o Luis Carlos Heinze soubesse...
Tá circulando nos meios mínions uma matéria da FoxNews: "New study reveals success of hydroxychloroquine as COVID treatment". Me dei o trabalho de verificar o artigo. É um preprint no medrXiv, ou seja, não passou por revisão por pares. (1/5)
Provavelmente não vai passar, e se passar vai ser num daqueles periódicos padrão DJ Raul de qualidade, ou seja, fator de impacto baixo.
Começa com uma curiosidade: o 1o e 3o autores, L. G. Smith e S. M. Smith trabalham no Smith Center for Infectious Diseases & Urban Health. (2/5)
Uma rápida googlada revela que é uma clínica de bairro em New Jersey. Nenhum deles tem doutorado. L. G. Smith não aparece no staff da clínica, que tem 3 médicos, mas atua como obstetra na mesma cidade. (3/5)
A ação da polícia pernambucana na manifestação de sábado foi terrorismo no seu estado mais puro. 1. O objetivo da ação foi afastar os manifestantes por medo. Se você pode perder um olho na manifestação, vai pensar muitas vezes antes de sair de casa. (1/4)
2. Até agora não apareceu um ou mais responsáveis pela ação. O governador não sabe, o secretário da justiça não entende, o comandante da polícia não notou. 5 policiais foram afastados das ruas. Tudo indica que os responsáveis e os executores da operação ficarão impunes. (2/4)
3. Claramente há uma célula de poder extra-estado funcionando nessa polícia. O mesmo ocorre em Goiás. Essas células terroristas seguem um comando central com interesses muito claros em suprimir o exercício da cidadania. Esse comando fica em Brasília. (3/4)
"Pessoas de 1a contratam pessoas de 1a. Pessoas de 2a contratam pessoas de 3a." Esse era um dos mantras do lendário Xerox PARC onde foi inventado o computador pessoal que mudou nossas vidas. Ele explica muito do que acontece no Brasil atual. (1/9).
Quando bolsonaro foi eleito alguns conhecidos diziam que ele mudaria uma vez no poder, que tinha bons quadros como Moro e Guedes. Além dos quadros não serem bons, como a história mostrou, ele não tinha como violar a regra do PARC. (2/9).
Seu repertório linguístico limitado revela uma pessoa com pouca intimidade com a palavra escrita. Seu repertório intelectual se resume a leituras militares. Suas referências não são reconhecidas pelos pares e nutrem um profundo rancor por isso. (3/9).
Durante a pré-história, antes da invenção da internet, sempre que submetíamos um artigo a uma revista científica ficávamos tão orgulhosos dele que não dava para esperar o processo de revisão por pares: mandávamos uma versão inicial para os conhecidos e amigos: os pré-print. (1/8)
Tinha até um cartão que ia junto, com o logo da instituição e os dizeres "With compliments". Assim eles tinham acesso às ideias e informações mesmo antes do demorado processamento pela revista que podia levar um ano ou mais. (2/8)
Com a invenção da internet tudo ficou mais dinâmico. Os físicos (sempre nós) inventaram o arXiv, um servidor onde poderíamos depositar nossos preprints, potencialmente estendendo o círculo de conhecidos e amigos a todo o mundo. (3/8)
Eu ainda faço parte de uma comissão interdisciplinar da CAPES. Ontem mesmo recebi um processo para analisar. Essa comissão tramita processos de auxílios no exterior. A coisa funciona(va) assim: os membros recebem os processos e indicam pareceristas ad-hoc. (1/9)
Os nomes dos pareceristas são parte de um cadastro (bem desatualizado) ou indicados pela comissão. É(ra) parecido com o processo de escolha de pareceristas para revisão por pares em periódicos sérios. Vários conhecidos meus, competentes em suas sub-áreas, foram incluídos. (2/9)
A última reunião presencial foi em fevereiro/2020, sob a presidência do pastor da CAPES, o criacionista do Mackenzie. Nela a coordenadora propôs renovar o processo. Em lugar de indicados pela comissão, os assessores seriam voluntários que completassem um formulário. (3/9)
Quando a meta-análise é bem feita, tem autoria conhecida, sabe calcular p-valor e passa por revisão por pares na Nature Comm, o resultado é inequívoco: Tratamento com HCQ é associado com aumento de mortalidade em pacientes com covid-19 e não há benefício.(1/3)
via @Damkyan_Omega
Para quem se impressiona com os Forest plots do c19study, aqui vão gráficos feitos corretamente.
Bem diferente da fraude do c19study, não é mesmo? (2/3)
Não tenho dúvidas que tem gente que vai ficar dando piruetas de raiva e jurando que tá errado. Outros vão jogar numa binomial e jurar que o p-valor é 10^-18. O 🐮 vai torcer por eles.
A realidade não vai mudar.
Eles passarão. Nós passarinho. (3/3)