Thread by @maicon_br83

1/16: Falando sobre empresas - UEX Corporation (TSE: $UEX - OTCMKTS: $UEXCF), o que esperar no 18 de junho de 2021 e porque devo acompanhar de perto minhas ações. #U3O8 #uranio

2/16: A UEX é uma empresa canadense, com projetos majoritariamente no Athabasca Basin. Para quem não conhece, o AB é como se fosse a Arábia Saudita para o Urânio. Tem as maiores reserva do minério e com maior grade.

3/16: Enquanto a concentração de U3O8 em projetos ao redor do mundo raramente excede 0,5%, os projetos no AB possuem grade geralmente entre 2 e 20%.

4/16: Ela está no meio do caminho entre exploradoras e as desenvolvedoras. É uma empresa que já possui alguns projetos com reservas estimadas, como Shea Creek, Chirstie Lake e Horseshoe-Raven, mas ainda precisa comprovar quantidade maior de U3O8 para ser viável economicamente.

5/16: Apesar de ser ativos interessantes, com um certo potencial, estão muito longe de se tornarem minas efetivamente. Precisam de mais exploração, estudos de viabilidade, permits, etc.

6/16: Tem um valor de mercado de ~150M USD. Baixos market caps são interessantes, pois é o que dita o quanto essa empresa pode subir. A UEX foi uma das sobreviventes do último ciclo.

7/16: A JCU (Japan-Canada Uranium) é uma subsidiária da Overseas Uranium Resources Development (OURD), que possui participação em vários projetos ao redor do mundo, como a mina Cominak no Níger, recentemente exaurida.

8/16: Não há mais interesse, pelo jeito, da JCU ter operações no Canadá, assim, seus ativos estão sendo vendidos. Houve um acordo de venda de 100% da JCU para a UEX, por um valor estranhamente baixo, cerca de USD 12,5M.

9/16: O CEO, Roger Lemaitre, é um dos managers mais experientes no mundo do urânio, sempre se mostrou bastante confiante com esse acordo, salientando que há amarras legais a favor da UEX.

10/16: Os ativos da JCU são melhores do que os atuais da UEX, e estão em estágios mais avançados de desenvolvimento. Possui 10% de Wheller River (Denison), 30% no Millennium (Cameco) e 34% no Kiggavik (Orano), todos com potencial de produzir nesse ciclo.

11/16: Após a divulgação, a Denison Mines apresentou publicamente proposta de USD 40 milhões pela JCU, agitando bastante o mercado e colocando um ponto de interrogação no negócio com a UEX. Ninguém sabe o que vai acontecer.

12/16: A compra da JCU pela UEX, apesar das amarras mencionadas, não parece ser vinculante, pois está condicionada à aprovação do board de acionistas, que será nesse 18 de junho. Mas quais são as consequências da JCU/OURD não aceitar a proposta?

13/16: Bem, aí é apenas especulação. Talvez as penalidades sejam grandes para desfazer o negócio. Provavelmente deve ter um ROFR, pelo menos, deve garantir a possibilidade da UEX igualar a proposta; acredito nesse cenário e acredito ainda ser atrativo para a UEX.

14/16: Talvez até possa haver um acordo de cavalheiros, com Denison e UEX dividindo alguns ativos, como é o caso de Wheller River, o qual a Denison tem particular interesse por possuir os demais 90%.

15/16: O que se sabe é que há incerteza, o desfecho pode ser um grande catalizador para a ação, ou então pode fazê-la retornar aos patamares anteriores ao acordo. De qualquer forma, que está posicionado ou deseja incluir UEX na carteira, deve marcar o dia 18/06 no calendário.

16/16: Junior miners são assim mesmo: um acordo, uma campanha de perfuração, um feasibility study, um private placement, etc, pode mudar os fundamentos e assim seu valuation. Acompanhem bem suas posições e tentem entender o que está acontecendo com a empresa. Bons investimentos.