Thread by @Cvyrtlick

1. Importante, preocupante e ainda sem solução.🚨

"Na hierarquia, todo funcionário tende a subir ao seu nível de incompetência. Em qualquer organização em que a experiência seja critério para promoção e incompetência um impedimento, essas regras se aplicam."

Laurence J. Peter

2. No lúdico livro "O Princípio de Peter", de 1969, do psicólogo e professor canadense, Laurence J. Peter (1919-1990), e do dramaturgo e também canadense, Raymond Hull (1919-1985), eles abordam um problema seríssimo e de difícil solução em nossas sociedades:

3. a estagnação de incompetentes pela necessidade de evolução por experiência.

A idéia, cujo primeiro que vi divulgá-la foi o filósofo Olavo de Carvalho, é que numa organização (empresarial, militar, governamental, científica) em que um membro tem que subir na hierarquia

4. pelo tempo ou experiência, obrigatoriamente, quando um cargo superior cria vacância, tende a fazer subir qualquer um que abaixo dele.

Até aí, tudo bem, o problema é que o que está embaixo sobe porque, normalmente, apresentou competência nos cargos abaixo e anteriores,

5. mas que, não necessariamente, garantirão que ele seja competente no novo cargo.

"Com o tempo, cada cargo tende a ser preenchido por um funcionário incompetente para cumprir suas funções".

Laurence J. Peter

Se caso o responsável que subir for competente

6. e ainda tiver para onde crescer acima dele, ótimo, ele vai se desenvolver e, talvez, subir. Porém, se for já incompetente para aquela recém função, irá mal, executará deficientemente suas funções, as ordens para baixo serão muitas delas desastrosas, mas,

7. possivelmente, ficará ali estagnado até se aposentar ou fazer uma grande besteira. Dificilmente o rebaixarão e, por isso, vai virar mais um gargalo com um incompetente entupindo o processo nesse cargo.

"Alguém está fazendo um trabalho para o qual está perfeitamente preparado.

8. " Em vez de deixá-lo brilhar e aumentar seu salário de vez em quando, a organização o recompensa com uma promoção a uma posição que ele não executa tão bem. Se ele sobreviver, vai para o próximo nível e assim por diante, navegando em águas cada vez mais profundas

9. "e remando cada vez mais freneticamente. No final, ele está tão longe da costa e a posição para a qual era tão brilhantemente adequado, se afogando (...) mas com uma mesa maior e um carro melhor e responsabilidade suficiente para causar estragos".

Kelly Shue

10. Sendo isso uma estrutura da realidade em muitíssimos casos, temos a enorme chance de que nos cargos mais ao topo (importantes que existem) de todas as organizações (especialmente públicas, pelas suas características de proteções do cargo, mas também em muitas privadas)

11. estejam entupidos de incompetentes poderosíssimos, com atribuições muito acima de suas competências — quiçá capacidades — e fazendo altas besteiras e tornando um caos a vida dos de baixo e da organização que parasitam.

Quando olhamos os altos quadros de governos, STF

12. e demais tribunais, Senado, Câmaras de Deputados, autarquias, organizações militares, vemos cristalinamente o "Princípio de Peter" atuando. É um problema estrutural; existe; e não tenho a mais mínima idéia de como resolver...

13. E aí? Olha tu aí para cima e conta-nos: O "Princípio de Peter" pode ser aplicado onde trabalhas ou estudas?