1. O número de casos COVID continua a subir, como esperado. É uma doença grave q condiciona uma ocupação por si só de mts camas UCI por doentes críticos q a medicina trata razoavelmente. A crise de esmagamento dos recursos (Fev) não voltará. Dtes intratáveis (Abril) não voltarão.
2. Há mts doenças graves. Poucas transmissíveis e uma que causou uma crise humanitária há meses. A vacina resolveu a crise humanitária e está às portas de resolver a crise de saúde pública.
3. Olhamos para a nossa UCI COVID, das mais sobrecarregadas do país, e não vemos catástrofe nem nos sentimos a correr atrás do prejuízo. Os doentes são diferentes. São tratáveis. Podemos fazer o nosso trabalho com recursos e sucesso. Dentro do mau para os dtes é bom para o país.
4. Virar a página também é difícil. Não prescindir de ter prudência será indispensável durantes alguns meses. A COVID, na Europa e América do Norte, tem de deixar de ser vista como uma ameaça à nossa maneira de viver pq não é. Já não é. Factos são factos.
5. Mantemo-nos vigilantes para alguma má notícia, mas a má notícia de Janeiro de 2020 chega ao fim. O mundo é perigoso? Sempre foi. Estamos perante o rescaldo dum incêndio. Há trabalho como em todo o lado há trabalhos. A crise acabou.
6. Por duro q seja, sempre que há uma crise há quem ganhe e muitos mais que perdem. Os que ganharam com a crise não devem fingir q nada mudou qdo acaba de desaparecer uma doença mortal por atacado na nossa terra. Na UCI são vitórias atrás de vitórias. Acabou.
7. O q escrevo é, como sempre, informado e perturbado pelo q vejo, não apenas pelo q leio. A saúde pública continua a servir a comunidade para q o q escrevi continue a ser assim. Agradecemos a quem vacina, rastreia, planeia. Para eles a guerra continuará mais tempo.
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1. Nos US e UK, a caminho de vacinarem 1% da população por dia ainda em Março, a soma vacina + curados impedirá nova vaga com significado médico (sem mutação) a partir de Maio, quando os frágeis estiverem vacinados. Os frágeis não são isoláveis, mas são vacináveis.
2. A recuperação da economia dos US será rápida quando as pessoas perceberem q a doença passou a matar pouco. Ocorrerá antes da UE e Ásia, onde a vacina chinesa falhou. Nos US em Abril, vida “normal” ainda não, mas o sol está de volta.
3. O UK vai ainda ter de lutar pela imunidade de grupo pois a vacina AstraZéneca não protege na casa dos 95% os frágeis e não têm Pfiser / Moderna q chegue, deixando-os ainda dependentes do resto da população. A pesquisa de Ac neutralizantes pode ser a saída para revacinar esses.
Um COVID sintomático, passados X dias, se assintomático, cumpre critérios de cura mau grado o RT PCR, pois sabe-se q não há particulas virais viáveis. Está curado. Não tem COVID. Apanha-se um tipo qq, sem sintomas, é RNA positivo e é “infetado assintomático”. Não “é ou foi”. É.
E não me refiro a critérios epidemiológicos, de segurança. Refiro-me ao seu uso para estudar a dinâmica da transmissão. Não sei se nasci 200 anos tarde de mais ou 200 cedo demais.
Qdo defendo “seguir o vírus” distinguindo isso dos “doentes”, separo o sinal de atividade viral e o olhar macro sobre ele, de conclusões fortes sobre a fisiologia da transmissão. Nesta, nos assintomáticos, distingam-se os infetados dos curados, pois só os 1.ºs podem transmitir.
1. O grande debate continua no ocidente incompetente: Abre ou fecha tudo? Fecha ou abre tudo? Devar ou devagarinho? No totobola ainda havia o X. Isto entre hospedeiros, pq o vírus não entra na conversa (Transmite-se. É o q sabe fazer.).
2. Na Alemanha o debate é mais lúcido. O jornal Handelsblatt diz q uma fonte secreta no gov. insiste q a vacina da AstraZeneca só é eficaz em 8% dos idosos. Merckel recusa ser vacinada com essa vacina pq é idosa. Agora o jornal recua, mas há 1.4 milhões de doses q ninguém quer.
Qual a fonte? todos perguntam. Como sabem? É segredo todos respondem. Isto é um jornal político-económico, não um jornal científico! Isto depois do choro geral de q o UK não lhes dava essas vacinas. Pq não as dão aos visons. Jovens.
2. TODOS os vírus sofrem mutações. Este menos q outros. Quem se lembraria de não contar com a emergência de novos genótipos? Bom...só quem se lembrasse de navegar à vista, reagindo só em vez de proativamente planear/adaptar.
3. O SARS CoV 2 tem sido tido como uma zoonose em processo de adaptação ao Homem através da seleção das mutações mais competitivas entre estirpes. Em pandemia é certo q as mutações q favorecem a transmissibilidade são seleccionadas, mas não é certo q as menos virulentas o sejam.
4. Como há várias formas de explicar q qdo se têm demasiados doentes as coisas corram pior, para se decidir se uma estirpe é mais virulenta é necessária uma análise multifatorial. Uma coisa é certa: deixar um vírus agudo à solta é jogar póker com o nosso destino.
1. Uma coisa para os q estão convencidos que a única solução de saúde é um SNS à portuguesa ou inglesa em que os médicos e outros profissionais de saúde são todos assalariados do estado. Trabalhei quase um ano na Bélgica e o meu filho nasceu no Hôpital Erasme, onde eu trabalhava.
2. Lá, mal cheguei, tive de escolher uma seguradora. NÃO, nunca paguei o seguro. Quem pagava à seguradora era o governo Belga, em tudo o q achava q devia cobrir. Tds os doentes têm no seu tlm o telefone do seu médico de família a quem ligam. Ele atende pq não quer perder doentes.
3. Há coisas q a seguradora não paga pq o gov. Belga não lhe paga a ela. O médico tem de avisar o dte q é um extra. A Obstetra perguntou “quer q eu esteja presente pessoalmente no parto ou pode ser o médico de serviço?” Nós dissémos q queríamos q fosse ela. Pagámos extra.
1. Os doentes COVID ou suspeitos vão às urgências hospitalares porque temem q a sua doença seja grave e tenham de ficar internadas. Na COVID o sinal de gravidade mais comum (sensação de falta de ar / fadiga) é menos fiável q noutras doenças. Tem de ser um médico a ver o doente.
2. O médico, não o próprio doente, procura (na COVID) 4 sinais simples (simplificando): A) O oxigénio está baixo no sangue do doente? B) O “trabalho respiratório” é excessivo para o oxigénio estar bem (vai cansar-se em horas e depois o oxigénio baixa)? C)...
3. C) Há sinais de atingimento não respiratório (marcador de gravidade), por exemplo um trombo/embolia ou outro? D) As análises (PCR/DDímeros/ LDH altos ou Linfocitos baixos (ou outroas) e/ou a percentagem de pulmão com pneumonia visível no RX/TC é alta pulmão “poupado baixo)?