Ninguém gosta de pagar imposto. E justamente por causa disso, devemos ter um sistema:
- Simples
- Transparente
- Neutro
Assim, governos conseguem levantar recursos necessários sem gerar distorções na economia de maneira EFICIENTE. Segue.
- Um sistema deve ser SIMPLES para que as empresas e pessoas paguem seus impostos da maneira menos custosa possível.
- TRANSPARENTE para verificarmos facilmente.
- E NEUTRO para não distorcer as decisões dos agentes.
Nosso sistema não é nada disso. Mas como mudar?
Uma discussão séria deve começar comparando as melhores práticas no mundo.
Vejamos como é nos países da OCDE?
Da receita total do governo (100%), temos:
- Imposto sobre renda, lucro, ganho de capital: 34%
- Bens e serviços: 33%
- Contribuição social: 26%
- Propriedade: 6%
E no Brasil?
Da receita total do governo:
- Imposto sobre renda, lucros, ganho de capital: 22%
- Bens e serviços: 43%
- Contribuição social: 26%
- Propriedade: 5%
Ou seja, tributamos muito consumo e pouco ganhos de capital. Isso foi algo que países desenvolvidos aprenderam.
Tributar bens e serviços (impostos indiretos) onera muito a população (uma caixa de leite pesa mais no bolso do pobre do que do mais rico). Além de afetar muito a produtividade das empesas.
Países da OCDE entendem que é melhor tributar mais ganhos de capital de forma simples.
A 2ª fase da reforma TENTA diminuir complexidade em impostos sobre renda. Ela acaba com aqueles escalonamentos complicados de 15 a 22,5%. E coloca uma alíquota flat de 15%.
Sobre a taxação de 20% de dividendos? Todos os países desenvolvidos entendem que é uma boa prática.
Sobre a isenção de fundos imobiliários? É fácil ver minha posição.
Se fui contra isenção pra montadoras, pra indústria química, pra carros PCDs. Por que seria diferente agora? This time is NOT different.
Não há justificativa para isso. E vou além. Concordo com Bernardo Appy.
Deveriam incluir no fim da isenção também LCA, LCI, CRI, CRAs etc. Qual a justificativa pra todos pagarem e esse tipo de investimento não?
Parte da nossa complexidade e não-neutralidade vem de regras diferentes para setor específicos. Isso acaba prejudicando o país como um todo.
Agora, uma coisa ficou faltando: uma TRANSIÇÃO.
Sim, porque qualquer política pública que incluem mudanças nas regras devem ter uma transição.
Assim os setores afetados podem se ajustar e essa transição vai fazer a reforma ser politicamente implementável.
Se a gente quer uma alíquota média menor (eu quero), não basta apenas pedir menos impostos. Tem que pedir menos gastos e subsídios e menos distorções.
Por isso que sou o primeiro a ir contra gastos ou subsídios infundados. Devemos ter um sistema igual e simples pra todos.
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A Gleisi Hoffmann quer proibir Jeff Bezos de ir ao Espaço. Segundo ela, essa é uma atividade supérflua e desnecessária enquanto milhões morrem de fome.
Gleisi com certeza desconhece o processo de criação de riqueza e geração de empregos.
Só porque ela não consegue ver os benefícios direto, ela acha isso desnecessário. Vamos usar o exemplo da NFL, liga de futebol americano.
APARENTEMENTE, não há coisa mais superficial do que 11 homens de cada lado correndo atrás de uma bola. Vamos entender a economia da NFL.
Vamos aos números da NFL (National Football League) em 2019:
- A receita da NFL foi US$ 15 bilhões.
- 2 milhões de pessoas foram aos estádios.
- 91 milhões de pessoas assistiram aos jogos.
- A NFL gera 110 mil EMPREGOS!
Quem acha isso irrelevante, não entende a economia ao todo.
Sabe porque os EUA são um país de primeiro mundo e o Brasil um país subdesenvolvido? Porque lá as instituições funcionam.
Os EUA já tiveram situações semelhantes a de Pazuello: um general cometendo uma transgressão. Mas o final, claro, foi diferente.
A thread do General Patton.
No auge da II GUERRA MUNDIAL, um dos generais mais brilhantes era o General George S. Patton.
Patton porém era duro. Em uma visita a hospitais de feridos na Itãlia encontrou 2 soldados afastados de combate que não aparentavam, porém, lesões físicas visíveis.
Os soldados sofriam o que conhecemos hoje como trauma pós-guerra. Patton achou que era corpo mole e deu um tapa na cada dos soldados.
O episódio ficou conhecido como o incidente das bofetadas de Patton.
O incidente chegou ao presidente americano Eisenhower e depois à imprensa.
4 PASSOS para identificar um privilégio para um setor travestido de desenvolvimento econômico e geração de empregos.
Leu algum caso desse e fez check nos 4 passos? Bingo! É privilégio pra um grupo da sociedade às custas do restante dos brasileiros.
É muito eficiente!
Vamos falar do Regime Especial da Indústria Química (REIQ) que - apesar desse grupo jogar muito contra - felizmente vai acabar.
Criado pelo Governo federal em 2013, o REIQ reduzia a 1% a alíquota de 9,25% de PIS/Cofins incidente sobre a compra de matérias-primas petroquímicas.
O objetivo - como sempre é - era aumentar a competitividade.
“Ele não é um benefício, mas condição necessária para a indústria química nacional competir com concorrentes internacionais”, André Passos, diretor da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).
Dia 1° de março o governo enviou uma Medida Provisória (MP) zerando o imposto federal sobre Diesel e Gás.
Para compensar, foi aprovada ontem o aumento de 15% para 20% o imposto sobre Bancos e Instituições de Crédito.
Quem acha que isso é bom ou dá no mesmo, tá enganado. É ruim.
Sim, pois é a narrativa perfeita.
Para muitos, bancos são apenas empresas de magnatas com lucros bilionários. E se há desigualdade, para cuidar dos brasileiros, vale a pena tirar dessas empresas.
No entanto, essa é uma visão simplista e errada que já ficou pra trás há décadas.
Pois bem. Os bancos fazem parte do MERCADO DE CRÉDITO.
Esse mercado conecta 2 tipos de agentes: POUPADORES e TOMADORES.
- POUPADORES possuem capital guardado e procuram oportunidades de investir.
- TOMADORES são empreendedores e empresas que precisam de capital para investir.
Uma foto do MacDonalds dando Iphones novos para os novos trabalhadores viralizou. Ao mesmo tempo, o presidente Joe Biden disse que quem recusar vagas vai perder seguro desemprego.
Tem algo estranho acontecendo na economia americana.
Sim, isso porque enquanto a taxa de desemprego nos Estados Unidos é de 6% (~10 milhões de americanos), diversas empresas dizem que há uma grande escassez de mão de obra.
Apesar do desemprego alto, restaurantes não encontram gente pra trabalhar. O que explica a desconexão?
Existem algumas teorias concorrentes, todas plausíveis.
Uma delas é que talvez os benefícios aos desempregados sejam grandes demais.
Em outras palavras, pode ser que o governo esteja tornando muito fácil para as pessoas receberem sem precisar sair de casa.