Investidores de sucesso, apesar de praticamente todos serem adeptos do value investing, constroem seus portfólios de maneira diferente.
Falo um pouco sobre isso:
Buffett, Munger e Joel Greenblatt, por exemplo, tiveram portfólios extremamente concentrados ao longo da história. Peter Lynch, Walter Scholes e David Swensen e John Templeton, utilizavam métodos de diversificação.
Alguns investiam somente nos Estados Unidos e diversos deles construíam portfólios globais. Uma coisa era comum: o foco era nas empresas e não nas ações.
Uma sugestão para quem quer aprender a investir é dar uma olhada no Método Tiago Reis, com link disponível na bio, além disso, recomendo a leitura do livro One Up on Wall Street, de Peter Lynch, e You can be a Stock Market Genious, de Joel Greenblatt!
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Em 2018, durante uma entrevista na CNBC, perguntaram para o Warren Buffett qual era o motivo de surgirem bolhas no mercado. A resposta foi:
Muitas pessoas não aguentam ver o vizinho “mais burro do que elas” ficando rico. Segundo Buffett:
“Muitos indivíduos começam a se interessar por algo porque está subindo, não porque entendem ou qualquer outro motivo. O vizinho, que sabem que é mais burro do que eles, está ganhando dinheiro e eles não...”
Estão abertas as vagas para o Método Tiago Reis (MTR). Este é um curso elaborado pelo @Tiagogreis, que conta com participação minha, da Gabriela Mosmann e do João Daronco. Nele, explicamos em 12 módulos tudo que você deve saber sobre value investing. Segue o fio:
Você compreenderá o que é Value Investing, quais as características do value investor, e quais as estratégias e grandes investidores que obtiveram grande sucesso com o método. Conhecerá a diferença entre preço (cotação) e valor intrínseco de um ativo...
Esses conhecimentos lhe permitirão avaliar se o preço de uma ação está caro ou barato e entenderá os conceitos de preço justo e margem de segurança. Além disso, contamos como funcionam as principais estratégias para selecionar ativos.
A importância do ROIC – retorno sobre capital investido:
Imagine que nós temos duas empresas – a X e a Y.
A X cresce 5% ao ano e a Y cresce 8% ao ano.
As duas estão sendo negociadas a 10 vezes o lucro.
Qual é o melhor investimento?
Intuitivamente as pessoas diriam que a Y é um investimento melhor pois ela cresce mais e ambas estão negociadas no mesmo múltiplo. Mas isso não está correto. Temos que olhar também para quanto de capital essas empresas precisam para crescer:
Devemos nos perguntar: quanto de capital é necessário reinvestir para que as empresas produzam $1 de lucro adicional?
Digamos que a empresa X paga 90% do lucro como dividendos e reinveste 10% do lucro em suas operações para crescer os 5% ao ano.
Quem nunca viu uma pessoa que se achou um gênio porque comprou uma ação e ela subiu logo em seguida?
Como diria Peter Lynch:
“Se você compra uma ação e ela sobe, não significa que você estava certo. Se você compra uma ação e ela cai, não significa que você estava errado.”
Ter isso em mente e não se influenciar por oscilações de curto prazo é um dos desafios para obter sucesso nos investimentos.
As variações de curto médio prazo são aleatórias e pouco tem a ver com a capacidade de geração de dinheiro da empresa, que é exatamente o que vai definir se você fez um bom investimento ou não.
Checklist de 10 questões para estudos de empresas:
#1 – Eu entendo o negócio e a indústria na qual ele opera? Se não entendo o negócio e seu cenário competitivo, devo eliminá-lo da minha lista de possibilidades.
#2 – A companhia tem muita dívida? Como são seus indicadores de endividamento? São equiparáveis aos seus pares? Qual o prazo médio de vencimento das dívidas? Se não estou confortável com a estrutura de dívidas da empresa, devo eliminá-la também.
#3 – A companhia está gerando caixa? O valor intrínseco de um negócio vem dos fluxos de dinheiro que ele é capaz de gerar ao longo do tempo. Geralmente, não investimos em companhias que estão perdendo dinheiro. Porém, há exceções.
Por que investidores como Buffett, Munger, Nick Sleep ou Mohnish Pabrai seguem uma estratégia de portfólio concentrado, sem muita diversificação?
Vamos fazer um teste:
Você acha que um empreendedor que mora em São Paulo e é dono de uma franquia do McDonald’s, uma revendedora de carros da BMW, dois andares de escritórios corporativos e um galpão logístico, dorme tranquilo de noite?
Muito provavelmente sim.
Agora pare para pensar: não é a mesma coisa que ter um portfólio com 4 ativos?
E nesse caso, o empreendedor não se preocupa com concentração geográfica ou mais diversificação.