Thread by @FelipePedri

Lula e FHC construíram uma forte hegemonia das esquerdas por quase três décadas no Brasil, o plano era para mais cinco, mas foi interrompido pela massa conservadora. Ontem, o tucanopetismo e seus apêndices mostraram mais uma vez que jamais pensaram em democracia.

Distribuídos em funções diferentes dentro do corpo totalitário das hegemonias- o PT sendo o drive do processo como um todo e o PSDB a lâmina cultural “mais refinada”, percebemos que tudo segue exatamente como nas últimas décadas.

O PT caminhando a passos largos para o seu rumo chavista-bolivariano e o PSDB fingindo-se de trava institucional quando na verdade normaliza a radicalização petista sob o manto do “progresso”. Notem a facilidade que o tucanato absorve o Lula mesmo depois de todos seus crimes.

O petismo tenta voltar com gatilhos de guerra civil muito claros, alimenta a sua base com a ideia de jamais aceitar a alternância de poder das democracias- a desumanização do PR Jair Bolsonaro e das massas conservadoras é a chave que liga isso a ação política.

Apoiado pelo seu braço cultural midiático- que outrora era um quarto poder(com as redes já não é mais)produzem uma linguagem e materialidade suficientes p/ criminalizar todo processo de 2013 para cá, toda sociedade civil que eclodiu desde lá, precisa voltar a expirar do silêncio.

A ação política a partir dos seus meios dentro do Deep State fica fácil de ser colocada enquanto as mudanças profundas que estão acontecendo no âmbito federal são colocadas em prática- qualquer mudança, por isso mesmo, pode virar “um crime”. É a criminalização da agenda de 2018.

O PSDB entra no apoio a construção da linguagem, o mal estar criado a partir dos gatilhos “genocídio”, “negacionismo” e “ciência” tanto são tucanas também que se tirá-las do debate público João Doria e Eduardo Leite ficariam mudos.

O efeito deste transe psicopolitico cria a sensação de aspereza, com o objetivo de parte da sociedade não ter a chance de sentir o bom gosto da alternância de poder -que se mostra na maravilhosa gestão do Governo Federal ante seus antecessores. Os números não mentem.

Claro, o fio condutor desta volta toda é curiosamente a luta “pela democracia”, contra o “autoritarismo”, onde no máximo a “terceira via” seria possível como alternativa “a direita”, e lá está o tucanato e seus degradês esperando ser o que sempre foram nas últimas décadas.

Portanto, estamos diante de uma claríssima reação do velho Brasil sem democracia, de um polo só, onde as massas orgânicas não tinham representatividade onde o país serve de palco p/ as experiências progressistas de organizações internacionais, o que une o tucanopetismo na prática

Mas como o despertar do Brasil profundo não tem volta, ou seja, a direita veio para ficar, o máximo que esta estratégia conseguirá será a fragmentar mais ainda o tecido social brasileiro. A lucidez do nosso povo será colocada à prova mais uma vez.