"A mulher é uma degenerada" de Maria Lacerda de Moura. Publicado por @tendadelivros , 2018.
Organização e edição de Fernanda Grigolin.
Essa é uma edição fac símile e comentada do livro escrito pela anarquista e feminista brasileira Maria Lacerda de Moura, publicado originalmente em 1924.
O livro se inicia com uma resposta a misoginia defendida pelo psiquiatra Miguel Bombarda. Maria Lacerda toma a acusação de Bombarda, de que a mulher é uma degenerada, e busca desconstruir as teorias científicas de seu tempo que buscam legitimar a inferioridade da mulher.
Após a devastadora crítica a Bombarda, a autora aprofunda sua análise sobre a questão da mulher, deslocando os debates do campo biológico para o da sociedade.
Para ela, os problemas da mulher estão diretamente ligados aos problemas da civilização.
Maria Lacerda discute como o processo da escravidão da mulher desde a antiguidade até o capitalismo reforçou uma estrutura de dominação que impede o próprio desenvolvimento da humanidade. Assim, a emancipação da mulher e da humanidade são inseparáveis.
Discute temas ainda atuais como o trabalho doméstico não pago, a atuação da mulher no espaço público, a defesa da maternidade consciente, a necessidade de uma educação libertaria, racionalista e livre, além da defesa do anticlericalismo.
A contemporaneidade desse livro é gritante. É leitura fundamental para todos que buscam a luta pela emancipação da mulher e da humanidade. O seu verbo de fraternidade continua ecoando e nos dizendo para sempre irmos mais longe!
"Só a mulher consciente compreenderá porque se afirma: as liberdades não se pedem, conquistam-se!". P. 89.
"A mulher é três vezes escrava: escrava pela subserviencia, pela domésticidade, pela submissão ao homem mais autoritário e superior.
Escrava do salário, do jugo do trabalho doméstico obrigatório para o sexo feminino, protegida pelas leis e pelo homem que lhe exige trabalho compatível com suas forças e lhe paga menos e compra ou vende-lhe o corpo dentro e fora do casamento, tudo legalizado." P. 194
"Democracia e Poder - A escamoteação da Vontade", de Eduardo Colombo. Publicado por Intermezzo Editorial, 2018.
Organização e tradução por Plínio Augusto Coelho.
Eduardo Colombo (1929-2018) foi um um dos maiores anarquistas da contemporaneidade. Argentino, desde jovem ingressou nas fileiras da FORA (Federação Operária Regional Argentina), onde se tornou um anarquista para toda vida.
Foi diretor do La Protesta, o principal jornal anarquista da Argentina e América Latina. Médico e Psicanalista, foi professor de psicologia social na Universidade de Buenos Aires até o golpe militar de 1966.
"Nestor Makhno e a Revolução Social na Ucrânia", de Alexandre Skirda. Publicado por Editora Imaginário, 2001.
Tradução de Alexandre Skirda e Plínio Augusto Coelho.
Esse livro é uma coletânea de artigos e documentos históricos dedicado a história da Revolução Ucraniana. Com textos de Alexandre Skirda, Nestor Mahkno e Alexander Berkman, além de documentos históricos da Makhnovitchina.
Como decorrência da Revolução de Fevereiro de 1917 na Rússia, as prisões do império russo foram abertas, e milhares de prisioneiros libertos, entre eles, o anarquista ucraniano Nestor Makhno.
"Ecologia Social e outros ensaios", de Murray Bookchin. Publicado por Editora Achiamé, 2010.
Organização e prefácio por Mauro José Cavalcanti.
Nesse dia, em homenagem a morte do anarquista norte americano Murray Bookchin, postamos mais um livro dele na página, dessa vez, uma coletânea de diversos ensaios que cobrem toda a vida do autor, onde ele explora as relações intrínsecas entre anarquismo e ecologia.
Nesse livro encontramos artigos importantes sobre a definição e o desenvolvimento da Ecologia Social, a perspectiva que mostra que a relação de dominação entre a humanidade e natureza, não deve ser buscada na natureza, mas sim, na relação de dominação do humano sobre o humano.
"Confederalismo Democrático", de Abdullah Öcalan. Publicado por Rizoma Editorial, 2016.
Tradução do Coletivo Libertário de Apoio a Rojava. Introdução de Ana Paula Massadar Morel. Posfácio de Eduardo Viveiro de Castro.
Abdullah Öcalan é um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores do Curdistão. O PKK surge em 1978 na Turquia, com o objetivo de lutar pela autodeterminação dos curdos. Em 1984 iniciam uma guerra popular prolongada contra o Estado Turco.
Em 1999, Öcalan, secretário geral do partido no exílio, se torna alvo de uma conspiração internacional coordenada pela CIA. É preso e condenado a morte por traição na Turquia.
"O Organismo Econômico da Revolução", de Diego Abad de Santillan. Publicado pela Editora Brasiliense, 1980.
Tradução de Arnaldo Spindel e Pierrer André Ruprecht. Prefácio de Mauricio Tragtenberg, Introdução de Félix Garcia.
Diego Abad de Santillan é um dos mais importantes anarquistas da história. Santillan foi membro ativo da Federação Operária Regional Argentina (FORA) em sua estadia na América Latina, na Espanha foi membro da CNT e um dos fundadores da Federação Anarquista Ibérica (FAI).
Durante a Guerra Civil Espanhola, será dirigente do Comitê de Milicias Antifascistas e Conselheiro Econômico da Generalidade da Catalunha.
"O Individuo, a Sociedade e o Estado, e outros ensaios", de Emma Goldman. Publicado pela Editora Hedra, 2011.
Introdução de Carlo Romani, tradução e organização de Plínio Augusto Coêlho.
Nesse livro, encontramos uma série de importantes ensaios escritos pela anarquista e feminista Emma Goldman.
Emma Goldman é uma das mais importantes anarquistas da história, de origem lituana, aos 17 anos emigrou para os EUA, em pouco tempo se tornou uma militante anarquista, dedicada ao desenvolvimento da organização dos trabalhadores e dos direitos da mulher.