Como já falei antes, quando entrei na UJC, em setembro de 2013, fui o 4° militante da UFPE. Entrei numa organização pequena, com pouca base e influência social, cheia de problemas. Acreditei na sua potencialidade, milito junto com os camaradas, buscamos melhorar e avançar
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Poderia assumir a postura de "nenhuma organização presta", sou "bom demais para todas as organizações". Mas essa nunca foi minha praia. Nunca vi com bons olhos a postura de ser achar tão bom, tão superior, que não se deve construir nada, mas ficar de fora só dando opinião
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Essa postura é o suprassumo do individualismo na época neoliberal. Consciente ou não, o sujeito tá dizendo que todas as organizações tem defeitos, por isso ele não se organiza, mas ele ou não tem defeitos ou seus defeitos são menores. O Eu é o centro!
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Não é fácil construir uma organização nacional. Somos humanos. Temos discordâncias politicas, vaidades, raivas, rancores, choques geracionais etc. Tudo isso é normal. Não acho normal o sujeito se achar tão bom, tão superior, que sou opinião tem que valer sempre.
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Eu milito no PCB, mas não concordo 100% com a política do partido. Tenho discordâncias que são debatidas internamente, nos espaços adequados. Imagina que bizarro eu falar: "vou sair do PCB, minha opinião não é sempre a dominante". De novo: individualismo neoliberal
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Claro que todo partido precisa ouvir opiniões externas, considerar críticas construtivas, ouvir o ânimo das massas populares. Agora a postura de guru que fica de fora dizendo o que fazer não precisa ser ouvida. Quer dirigir o partido? Vai militar nele, vai construir!
Eu tenho um total de zero paciência para a posição do "guru da política", aquele que fica sempre dizendo o que fazer, como agir, mas não constrói nenhuma organização. Bonito essa lógica Milton Friedman disfarçada de radicalismo. Não caiam nessa!
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Por fim, leiam os livros:
Camaradas - Jodi Dean (Boitempo)
O centralismo-democrático de Lênin - Lênin (Lavrapalavra)
O partido com paredes de vidro - Álvaro Cunhal (Expressão Popular).
Ps: isso não é uma indireta para ninguém, mas uma DIRETA para o discurso do "guru da esquerda" bom demais para todas as organizações.
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basicamente, o bolsonarismo tá derretendo em 3 frentes. Primeiro, e a mais óbvia, é que ele tá perdendo popularidade em ritmo acelerado. Sem mudanças na política econômica, a queda de popularidade deve continuar
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Em segundo lugar, na frente institucional, a situação não é melhor. Lula dispara nas pesquisas eleitorais; vários setores da classe dominante já deixaram claro que não querem Bolsonaro (mas uma 3° via), a CPI avança e tem aberto fissuras importantes e no Congresso Nacional
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Bolsonaro é cada vez mais refém do Centrão. E vários políticos do Centrão, como os caciques do PSD, já deixaram claro que se o consenso pelo impedimento avançar, eles embarcam. Bolsonaro ainda tem muita força no Congresso, mas é força em declínio e instável.
Thiago tem todo direito de me bloquear. Zero problemas. Agora não pode passar semanas ironizando, fazendo deboche, atacando, falando um monte, soltando indireta ("tem comunista isso", "tem comunista aquilo") e surtar quando recebe uma crítica e ficar apelando
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E não existe espantalho maior que esse "meus seguidores". Tática muito usada por gente da direita - como Vera Magalhães - quando recebe crítica. Tu não pode, parceiro, escrever que o PCB é igual ao PT, e mentir sobre a posição do partido, e querer amém de todo mundo
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Tu não pode sair feito uma metralhadora, descendo cassete em todo mundo, e não querer receber uma crítica de volta. Tu não pode, em especial, levantar um debate antigo que eu faço há anos, ler um texto criticando essa lógica política e tomar para o pessoal.
Até assistia vídeos do canal Meteoro, mas quando eles lançaram um vídeo sobre a Coreia do Norte, SEM NENHUMA FONTE e ao ser questionados deram de lado, parei de seguir. O vídeo novo deles é no estilo Castanhari: inimigo de FONTES
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Primeiro, NÃO TEM bibliografia. Na descrição do vídeo tem material da BBC, The New York Times, The Diplomat etc. Eles não citam nenhum autor ou livro sobre o tema. Mesmo tendo autores brasileiros, como Muniz Bandeira, referência no debate
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Não existe NENHUM questionamento sobre a qualidade das fontes, sua veracidade e também não é um problema tentar abordar um tema ser ler ao menos um livro, sem conhecer o básico, fugindo de todos os aspectos importantes do debate
A única chance de uma candidatura única do "campo progressista" no Rio seria um palanque duplo, para Lula e Ciro. Com Freixo agarrado com Lula, por óbvio, Ciro vai querer palanque próprio no Rio, onde ficou em 2° lugar em 2018 (na frente de Haddad, inclusive).
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O PDT, com Rodrigo Neves, embora difícil, pode costurar um acordo com Eduardo Paes e Maia. Ou então abrir uma composição com o presidente da OAB. As possibilidades são múltiplas. O certo é que ao abrir mão de palanque duplo, Freixo enterrou qualquer ideia de "unidade" no Rio.
Aliado a isso, existe garantia nenhuma, absolutamente nenhuma, de apoio do PT-Rio a Freixo. O PT quer o apoio de Kalil em Minas. E não seria estranho o PSD negociar o apoio em Minas em troca do apoio ao seu candidato no Rio de Janeiro. Acho o movimento bem provável, inclusive.
Haddad participou de um debate com Geraldo Alckmin. A partir de 1 hora e 7 minutos, são perguntados sobre Junho de 2013.
A resposta de Haddad é muito sintomática de algumas questões.
- Ele continua insistindo que o aumento de 2013 era abaixo da inflação.
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A questão em si da qualidade horrível do transporte e o domínio dos monopólios no setor, continua não sendo questionável. A lógica é tipo “como assim a passagem está cara? Olhe essa planilha, poderia ser mais cara ainda”.
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- Haddad destaca a violência dos... manifestantes, "Black bloc" etc. A violência da PM de São Paulo, a galera que teve o olho arrancado, os criminalizados e perseguidos, Rafael Braga e tudo mais não é lembrado. Haddad esqueceu a violência estatal.
A "lógica de casos" é a expressão da falsa indignação dos monopólios de mídia. Tem um massacre ou um assassinato bárbaro. 7 dias no máximo de comentários. Mas nada de debate real sobre "guerra às drogas", militarização da segurança, lógica do "inimigo interno"
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Então você crítica o resultado do processo - o assassinato de Kathlen Romeu, por exemplo -, mas não o processo. A lógica política e estrutural que gerou o massacre continua funcionado, mas, com indignação moral, você diz "isso é um absurdo, precisa mudar" etc. E para aqui!
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Então o apresentador de TV ou o editorial do grande jornalão pode dizer "a polícia não deve agir com essa violência, os responsáveis devem ser punidos". No máximo, e raramente, quem puxou o gatilho é punido, mas a lógica política, a dinâmica estrutural, é protegida ou escondida.