O NuBank lançou o cartão “Ultravioleta”, que dá 1% do valor de suas compras no crédirto de volta (cashback) e o saldo do cashback rende 200% do CDI.
Mas, você sabe como o Nubank e os outros bancos ganham dinheiro fornecendo cashback? Segue:
Imagine que você está gastando $100 na feira no cartão de crédito.
Aí você passa seu cartão na maquininha e sai de lá feliz com seu pastel e vegetais.
Mas, o que aconteceu para seu dinheiro chegar para o comerciante?
Na transação, existem 5 partes envolvidas:
O comprador, o banco emissor do cartão de crédito (NuBank), a rede (Mastercard), o banco adquirente (Stone), e o comerciante.
Aí você passa seu cartão, a informação vai para o banco adquirente, que identifica o dígito inicial (5 é MasterCard, 4 é Visa).
Então, direciona, para a rede correta, neste caso a MasterCard.
A MasterCard, então, identifica o banco emissor do cartão e manda a informação para o Nubank, que está assumindo o risco de crédito pois está emprestando o dinheiro até você pagar a fatura, para então aprovar a compra.
Com a aprovação do Nubank, a compra pode ser concluída.
Porém, toda essa transação não sai de graça.
Existe a tarifa de intercâmbio, que o comprador não sente, mas que está sendo paga pelo comerciante.
O banco emissor (NuBank), a rede (MasterCard) e o banco adquirente (Stone) são remunerados, mas a grande maioria da remuneração fica para o banco emissor do cartão.
Digamos que desses R$100 que você gastou, 2% (R$ 2) foi de tarifa (a tarifa varia por tipo de compra e cartão).
O comerciante, que pagou a tarifa, normalmente já repassou esse valor para o preço do produto.
Por isso, se você paga em dinheiro, indiretamente está “financiando” quem paga com cartão.
E a maior parte desses 2%, neste exemplo, iria para o Nubank.
E por que existe o cashback?
Porque o emissor do cartão quer que você use o cartão dele.
Dessa forma, ele usa parte da tarifa de intercâmbio para incentivar as pessoas a usarem o cartão.
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Quem investe não depende da opinião dos outros para ter sucesso, quem especula, sim. Primeiramente, devemos ter em mente que investir é “abrir mão do dinheiro hoje para coletar mais dinheiro no futuro.”
O dinheiro que você abre mão hoje é quanto você está pagando para adquirir um determinado percentual da empresa.
E o dinheiro que você vai coletar no futuro não é proveniente de uma cotação que magicamente irá subir porque a empresa tem uma história bonita.
O dinheiro que você vai coletar no futuro são os fluxos de dinheiro que aquela empresa irá gerar por muitos anos, depois que você investiu nela, através de suas operações ou pela venda de ativos.
Apesar de ser importante estudar o histórico das empresas, o que importa para o sucesso de um investimento é o que acontece do momento que você comprou, para frente. Um belo exemplo da carteira Small Caps da Suno exemplifica bem isso:
A Trisul, incorporadora imobiliária, valia uns 400 milhões em 2018. De 2012 a 2016, a situação do setor não era das melhores e os distratos impactavam a gestão financeira das empresas, pois os clientes podiam rescindir o contrato de compra de um imóvel na planta.
Porém, no 1° semestre de 2018, dava para ver que a Trisul possuía bastante valor e estava saudável:
Possuía um banco de terrenos com valor geral de vendas (VGV) de R$1,2 bilhão e um estoque de unidades concluídas e em construção com VGV de R$645 milhões que seriam monetizados.
Peter Lynch ressalta que a única maneira de aguentar a volatilidade irracional do mercado após investir é conhecendo as empresas nas quais você investe.
Vou contar a história de quando Lynch investiu na Kaiser Industries:
Em 1978, no segundo ano de Lynch gerindo o Magellan Fund, as ações da Kaiser Industries tinham ido de $26 para $16. Lynch pensou: “Quão mais baixo ela pode ir?” E comprou uma fatia gigante da empresa a $14 por ação.
A ação continuou caindo e quando chegou a $10 Lynch ligou para sua mãe e falou:
“Mãe, você tem que dar uma olhada nessa Kaiser Industries. Quão mais baixo ela pode ir? Ela foi de $26 para $10.”
Em 2018, durante uma entrevista na CNBC, perguntaram para o Warren Buffett qual era o motivo de surgirem bolhas no mercado. A resposta foi:
Muitas pessoas não aguentam ver o vizinho “mais burro do que elas” ficando rico. Segundo Buffett:
“Muitos indivíduos começam a se interessar por algo porque está subindo, não porque entendem ou qualquer outro motivo. O vizinho, que sabem que é mais burro do que eles, está ganhando dinheiro e eles não...”
Estão abertas as vagas para o Método Tiago Reis (MTR). Este é um curso elaborado pelo @Tiagogreis, que conta com participação minha, da Gabriela Mosmann e do João Daronco. Nele, explicamos em 12 módulos tudo que você deve saber sobre value investing. Segue o fio:
Você compreenderá o que é Value Investing, quais as características do value investor, e quais as estratégias e grandes investidores que obtiveram grande sucesso com o método. Conhecerá a diferença entre preço (cotação) e valor intrínseco de um ativo...
Esses conhecimentos lhe permitirão avaliar se o preço de uma ação está caro ou barato e entenderá os conceitos de preço justo e margem de segurança. Além disso, contamos como funcionam as principais estratégias para selecionar ativos.
Investidores de sucesso, apesar de praticamente todos serem adeptos do value investing, constroem seus portfólios de maneira diferente.
Falo um pouco sobre isso:
Buffett, Munger e Joel Greenblatt, por exemplo, tiveram portfólios extremamente concentrados ao longo da história. Peter Lynch, Walter Scholes e David Swensen e John Templeton, utilizavam métodos de diversificação.
Alguns investiam somente nos Estados Unidos e diversos deles construíam portfólios globais. Uma coisa era comum: o foco era nas empresas e não nas ações.