Thread by @MarceloRochaMon

GALINÁCEOS, VIÚVAS DE FIDEL E RESSURREIÇÃO DE JOHN KENNEDY

Ontem, o grupo UOL/Folha destacava em uma de suas manchetes* que “é errado relacionar a opressão nos protestos (em Cuba) ao comunismo”. Afinal, todo mundo sabe que comunismo nunca teve qualquer relação com opressão,

ditadura, repressão e censura, não é mesmo, amiguinhos?

Hoje o UOL segue na linha do jornalismo combativo - aquele que combate a realidade usando fake news como arma. Vejam a manchete:

“Fome e pandemia acentuam crise e levam DEBATE SOBRE EMBARGOS às ruas de Cuba”

O mundo inteiro viu e ouviu o povo cubano nas ruas gritando “LIBERTÁD! LIBERTÁD!”. Mas para o jornalista do UOL, o que eles estavam fazendo NÃO era protestar contra uma ditadura de partido único (que proibiu o acesso à internet como resposta); eles estavam nas ruas “debatendo

o embargo americano”.

Prossegue a peça de ficção apresentada como “matéria jornalística”:

“Nos supermercados de Cuba, encontrar um pacote de arroz e feijão ou ovos nas prateleiras não são tarefa fácil desde que o embargo econômico estabelecido

pelos Estados Unidos passou a vigorar, em 1962.”

O embargo americano impede o comércio de Cuba COM OS ESTADOS UNIDOS (vocês sabem, aqueles malditos capitalistas ianques...).

Até onde se sabe, feijão e arroz não são uma exclusividade dos EUA: podem ser plantados no solo de

outros países (como o Brasil, por exemplo), com os quais Cuba jamais esteve proibida de fazer comércio.

Também não se tem conhecimento de que galinhas 🐓 só ponham ovos 🥚 em território norte-americano. Elas conseguem realizar essa façanha em qualquer lugar do planeta -

inclusive, pasmem, em solo cubano (onde, aliás, feijão e arroz também podem ser colhidos, se plantados).

Atribuir o fiasco da economia e da qualidade de vida em Cuba ao embargo americano é a velha falácia utilizada pela ditadura comunista (e por seus apoiadores no jornalismo

militante, onde não faltam viúvas de Fidel) para justiça o fracasso do regime há mais de seis décadas no poder. Conta outra, companheiro...

Para acrescentar um toque de humor involuntário, o suposto jornalismo do UOL/Folha nos faz a

seguinte surpreendente revelação (direto de um universo paralelo):

“Cuba se manteve firme ATÉ 1991, quando a União Soviética, seu principal parceiro econômico, sucumbiu. NO ANO SEGUINTE, o bloqueio econômico americano ainda foi reforçado DURANTE O GOVERNO DE JOHN F. KENNEDY.”

Sim, amigos: em extraordinário furo de reportagem, o jornalista do UOL descobriu que John Kennedy, após ter sido assassinado em 1963 em Dallas, Texas, não apenas RESSUSCITOU como ainda se elegeu novamente para a Casa Branca, de onde governava os EUA em pleno ano de 1992.

Uol, digo, uau!

O jornalismo desse grupo é um horror, mas o humor, ainda que involuntário, é impagável (literalmente).