O STF publicou a Resolução 742/21, que cria o “Programa de Combate à Desinformação” para “enfrentar os efeitos negativos provocados pela desinformação e pelas narrativas odiosas à imagem e à credibilidade da Instituição, de seus membros e do Poder Judiciário”.
A resolução fala que a ideia é “MANTER A PROTEÇÃO DA CORTE acerca das LIBERDADES de comunicação”. Nesta parte eu fiquei confusa. Haverá liberdade de comunicação para todas as pessoas, ou só para quem falar bem do Judiciário?
Estamos na era das opiniões permitidas e proibidas? Isso me lembra coisas terríveis que aconteceram na história, mas, sei lá, deve ser coisa da minha cabeça.
A resolução afirma que serão adquiridos recursos tecnológicos para identificação de “práticas de desinformação” e “discursos de ódio”. Portanto, será gasto dinheiro público nisso.
Com o belo nome “diálogos institucionais”, afirma que o comitê se aproximará de ÓRGÃOS DE INVESTIGAÇÃO e de AGÊNCIAS DE CHECAGEM.
Coloca-se como oráculo do bem e do mal, arvorando-se de “alfabetizador midiático”, afirmando que não só “capacitará” servidores, jornalistas e INFLUENCIADORES DIGITAIS para “identificar práticas de discurso de ódio”, mas também indicará as “formas de atuação para COMBATÊ-LAS”.
Como será a forma de combate ao pensamento que eles taxarem de perigoso ou subversivo? Já vi isso antes na história também, e não achei muito legal…
O comitê também terá o objetivo de “combater notícias falsas” e “DISSEMINAR INFORMAÇÕES VERDADEIRAS”. Nesse trecho, por algum motivo, lembrei do “Ministério da Verdade” do livro 1984, mas deve ser implicância minha, evidentemente.
É claro que estamos em uma democracia, você ainda não percebeu?
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Todo mundo lembra de onde estava quando soube da notícia do ataque às torres gêmeas, em 2001.
Eu estava almoçando na Mangueira (sim, no bairro onde fica a escola de samba), onde eu trabalhava na época.
A TV estava ligada e eu comia estupefata, com os olhos pregados na telinha.
Dali pra frente, o mundo foi tomando conhecimento do que realmente ocorreu.
Uma das cenas que mais me marcou foi a do “falling man”, aquele homem que se jogou do prédio e foi fotografado no ar, de cabeça pra baixo.
Aquela imagem é o retrato do desespero.
Muitos tratam como suicídio, mas parece que muitas dessas pessoas, na verdade, pularam devido à fumaça e ao fogo. Teriam sido, portanto, escolhas terríveis: ou morriam queimadas/asfixiadas, ou morriam com a queda.
De tédio não se morre nesse Brasil. Todo dia somos soterrados com notícias políticas. Tem gente que me fala pra entrar na política…agradeço a confiança, mas vamos esclarecer uma coisinha aqui: quem me diz isso pode até estar bem intencionado, mas não está entendendo NADA.
Nadinha mesmo. Nem do que estou fazendo, nem de como funcionam as coisas. Explico.
O prof. Olavo de Carvalho, há décadas, ensina que O SANEAMENTO DA ATMOSFERA CULTURAL DEVE SER ANTERIOR A QUALQUER AÇÃO POLÍTICA.
Essa restauração da cultura deve ser ampla, em razão da contaminação ideológica generalizada de todos os setores da sociedade.
Esse resgate cultural deve acontecer nas universidades, na música, no teatro, no cinema, na mídia e, claro, no ambiente JURÍDICO.
Por que alguém seria contra a possibilidade de se auditar as eleições?
O movimento do dedo, no exato segundo em que toca a tecla verde, corresponde ao único ato em que o voto assume uma feição material.
Esse momento dura menos de 1 segundo.
Num átimo de cidadania, o voto sai dos dedos e escorre do mundo físico pelas profundezas de hardwares e softwares, circulando entre cabos, placas e sistemas de transmissão, tornando-se um dado eletrônico indiscutível e INAUDITÁVEL.
O cidadão é obrigado a confiar cegamente na palavra dos burocratas do momento, de que tudo está funcionando perfeitamente.
Inteligentões de Twitter fazem malabarismo pra justificar a estupidez na prova da Aeronáutica, dizendo que é “xadrez 4D pra eliminar lacradores”. São incapazes de notar que a mera menção à tal imbecilidade em um certame oficial LEGITIMA-A como uma possibilidade no debate público.
A partir do momento em que você aceita uma aberração como algo digno de ser discutido seriamente em um exame oficial, ela adquire um status de categoria aceitável, legitimando-se e passando a integrar o espectro de possibilidades futuras.
O mesmo ocorre quando você aceita discutir criança travesti e banheiro unissex. No momento em que esses assuntos surgem em uma publicação oficial, tratando-os com alta respeitabilidade, você imediatamente os NORMALIZA, abrindo a janela de oportunidade para sua futura implantação.
A “ressocialização” do criminoso é uma quimera romântica elevada à categoria de princípio jurídico sacrossanto e indiscutível, amplamente aclamado pelos intelectuais de diploma na parede, sempre com aquela indefectível pose de superioridade.
A coisa sempre foi tratada com ares de grandes respeitabilidades, como se o Estado-babá tivesse o dever de reeducar marmanjos de barba na cara e perna cabeluda, ensinando-lhes normas de conduta jamais absorvidas enquanto estavam livres e...socializando por aí.
Nunca ninguém explicou exatamente por que o sujeito, enquanto estava em liberdade entre seus parças, não conseguiu ser socializado - nem como ele, pouco tempo depois, poderia virar um querubim de bondade só fazendo miçanga, roda de capoeira e oficina de garrafa pet.