O que o bolsonarismo conseguiu mobilizar hoje no Twitter está no cluster laranja: menos de 18% dos usuários que citaram as manifestações ou Bolsonaro hoje. Independente das mobilizações nas ruas, a narrativa do #flopou tomou de assalto as redes após o ato em Brasília. (+)
Observem como o #7deSetPelaLiberdade começa o dia com um enorme engajamento. Porém, após o ato em BSB ser encerrado, a narrativa de o bolsonarismo não entregou o que prometeu ganha enorme destaque nas redes, bem como o #ForaBolsonaro. Por que? (+)
Porque o bolsonarismo prometeu e não entregou em BSB. Os caminhoneiros - enquanto categoria - não apareceram, por exemplo. Talvez em SP isso passasse desapercebido (ninguém esperava ver caminhoneiros na av. Paulista), mas em BSB e suas avenidas isso era esperado. Não rolou. (+)
Fato é que o bolsonarismo levou um tombo nas redes após o ato de BSB. Timing errado? Talvez. Av. Paulista antes de BSB ajudaria na disputa da narrativa? Quem sabe. Fato é que o bolsonarismo, nas redes, definitivamente não conseguiu entregar o que queria. Flopou.
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Para além do bolsonarismo restam 65% de atores antibolsonaristas. Destes, 5% estão no cluster petista (1). Restam ainda 35% de usuários que repudiam o MBL por "livre e espontânea memória". Não existe "O PT boicotou" aqui no Twitter. Existe sim uma repulsa contra MBL e VPR. (+)
Os que convocaram para os atos reuniram pouco mais de 17% (2), divididos em imprensa lavajatista, MBL e ciristas. Três clusters que não conseguiram em nenhum momento das últimas semanas se conectar com outros clusters. De novo, não era o "PT" ou a "esquerda" que impedia. (+)
Para analisar o que aconteceu aqui nas redes é essencial superar esse argumento de "boicote". Os clusters antibolsonaristas estiveram lá durante toda a semana e, sempre que provocados, respondiam com repulsa ao MBL, Vem Pra Rua e outros movimentos. (+)
A hashtag em defesa de caminhoneiros bolsonaristas promovida hoje revelou algo estranho: reparem que atores centrais do bolsonarismo estão ausentes na ação. Isso é algo extremamente estranho ao bolsonarismo e pode sinalizar alguma "bateção de cabeça" nesse campo. (+)
Até aqui atores como Bia Kicis, Carla Zambelli, Carlos Jordy - dentre outros - perfis centrais do bolsonarismo sequer abordaram a pauta, sendo que a hashtag já aparece no TT'Brasil desde às 14h. (+)
Em outros clusters isso poderia significar uma mobilização orgânica, mas não no bolsonarismo. O tipo de material produzido e a dinâmica de ação nas redes desse agrupamento é sempre muito bem guiada, hierarquizada e dirigida por atores centrais. (+)
Sobre as convocações para o 7/setembro: não confundam "bolsonaristas infiltrados em categorias" com a noção de "categorias bolsonaristas". Analisei 1000 publicações nos últimos 28 dias com menções ao 7 DE SETEMBRO no Facebook e explico: (+)
Na série, foram observados sete picos que podem ser divididos em quatro categorias a depender das publicações que geraram esses volumes significativos de interações: EVANGÉLICOS (3), CAMINHONEIROS (2), MILITARES (1) e AGENDA DE BOLSONARO (1). (+)
Nas quatro categorias é interessante observar que não se tratam de lideranças desses setores que passam a apoiar ou manifestar-se em defesa do bolsonarismo, mas sim atores ligados ao bolsonarismo que emulam por meio destas publicações o suposto apoio destas categorias. (+)
O incômodo de alguns em relação à foto de Lula gerou uma movimentação interessante do que pode ser o pior cenário para bolsonaristas e a tal "terceira via" no ano de 2022. Isso pode explicar em partes o incômodo de muitos com o episódio. Explico: (+)
Somados, o bolsonarismo, o lavajatismo e apoiadores de Ciro representam pouco mais de 34% dos usuários que citaram Lula. Petistas (ou lulistas) foram apenas 24.7% dos usuários. Assim, parte significativa dos usuários em HUMOR partem de outros clusters não ligados à política. (+)
Erro crasso dos que pregam o "não entenderam nada". Pelo contrário. Lula engajou uma série de clusters para além da política - observem - sem nem mesmo ter se manifestado. E tudo isso com humor, sem atacar ninguém. (+)
Aumento das menções ao Bolsonaro nas últimas 11 semanas, citando elementos como gás, gasolina, alimentação e por aí vai. O "custo Bolsonaro" na vida das pessoas fica cada vez mais evidente. Não por acaso os bolsonaristas passaram a se defender do tema. (+)
Nesse aqui um deles acusa os governadores pelo preço do gás e da gasolina. Essa tentativa de "repassar" o preço para governadores é constante no bolsonarismo, mas ganhou força nas últimas semanas. (+)
Como método, o mesmo tipo de publicação é impulsionada por outros bolsonaristas como esse aí abaixo. Mesma linha que outros bolsonaristas já adotam tem um tempo. (+)