Difamar para inviabilizar e tomar o lugar da pessoa é uma técnica que funciona bem, alguns acabam cometendo suicídio.
De 2015 para cá, passei por 3 fases diferentes:
A primeira é a vingança do assediador que eu rechacei. Tive de pedir demissão e responder 2 processos - ganhei.+
Até hoje tem gente que me atende e trata como se eu fosse doente psiquiátrica grave.
Vários colegas ajudaram a espalhar o interessante boato de que eu menti sobre o assédio porque tenho um problema e teria sido internada várias vezes por isso.
Quando teria ocorrido??? +
A segunda fase começou em 2017 e é o boato de que eu seria satanista e pedófila porque apareci numa foto com uma artista internacional.
Já ganhei vários processos contra quem fez, não adianta.
Em alguns grupos meu nome não pode ser nem mencionado. +
A terceira fase é deste ano pré-eleitoral com o boato de que eu seria racista e transfóbica.
Energiza bastante uma galera e vários colegas jornalistas vêm pedir explicações ao mesmo tempo em que vêem o ataque em enxame.
Não querem explicação, querem validação social.+
O problema desses boatos não é acreditar neles, a gigantesca maioria não acredita em papo de doido.
A questão é o radicalismo da minoria que acredita.
O alvo do boato passa de ser humano a lixo tóxico, então precisa ser evitado nos ambientes.
Quem assiste isso é cúmplice.+
Chamar de "crítica" ou "só fazer uma pergunta" um movimento de justiçamento que pune erros ou defeitos da pessoa com a destruição completa da vida dela é cínico e desumano.
Mas nem é isso que me assusta.
O que assusta é a falta de senso de sobrevivência da galera.
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Não podemos ter um setor da economia operando à revelia das leis, dos Direitos Humanos, da civilização e de toda e qualquer regra de equilíbrio econômico
As Big Techs nos trarão abundância quando e se formos capazes de fazer com que funcionem dentro das regras válidas para todos
Grande parte da imprensa julga ser correto que redes sociais derrubem postagens e perfis pelo conteúdo.
Assumiram que o STF estava fazendo isso.
Ocorre que é violação de Direitos Humanos, há declaração formal da ONU.
O inquérito segue o financiamento e execução de um plano. +
Há farta documentação separando quem engendra o esquema de desinformação coletiva, quem financia, quem executa, quem entrou sabendo, quem entrou sem saber e quem até hoje participa sem imaginar onde se meteu.
É mais fácil e rápido fazer uma organização criminosa na era digital.+
As formas mais eficientes de energizar audiência política nas redes são atacar mulher e judeu.+
A tática vem de Steve Bannon, funcionou bastante no Daily Stormer de Andrew Anglin.
Ele fez até um manual ensinando como atacar mulheres e judeus na prática e sem infringir regras das plataformas.
Era antirracista vegano e virou trumpista neonazista.
Importa ser radical.
Se isso chega ao noticiário da grande imprensa - se ainda não chegou, vai chegar - parabéns aos influencers.
Aumentarão de forma artificial sua influência no campo político, inflarão outros perfis ligados a eles, terão justificativa moral para o ataque e quem acredite nela.+