Thread by @traumann

1/Só existe uma coisa pior para os candidatos a presidente do que perder a eleição do ano que vem. Ganhar a eleição. Mantidas as atuais condições de temperatura e pressão, quem assumir em janeiro de 2023 herdará um País quebrado economicamente e rachado politicamente+

2/Seja lá quem ganhe em 2022 vai pegar o Brasil em frangalhos. Não tem salvador da pátria”, disse um dos maiores acionistas do Itaú-Unibanco, Alfredo Setúbal.
aos repórteres Rennan Setti e Mariana Barbosa, do jornal O Globo, (blogs.oglobo.globo.com/capital/post/s…)+

3/"Sem reformas, com o setor privado mais cauteloso em ano eleitoral, já tem gente falando em 0,5% de crescimento em 2022. Isso é zero. Se não fizermos nada, vai continuar essa porcaria dos últimos 40 anos, com crescimento potencial de 1,5%, 2%. A gente vai ficar para trás…"+

4/Se o crescimento do ano que vem depende de reformas, esqueça. Não serão aprovadas reformas porque Bolsonaro desperdiçou o seu capital político em conflitos com deus-e-o-mundo. Ao contrário, Bolsonaro é quem vai colocar fogo no circo para tentar se reeleger a qualquer custo+

5/Perdendo em todos os cenários para Lula, Bolsonaro vai estourar o teto de gastos para conseguir colocar de pé o substituto do Bolsa Família, o programa de microcrédito da Caixa Econômica Federal de empréstimos de até R$1 mil, o subsídio para construção de apartamentos para PMs+

6/Para bancar o clientelismo, o governo precisa antes resolver o parcelamento das dívidas judiciais. Por inoperância, a União foi condenada a pagar R$ 89 bilhões em precatórios, cortando a folga fiscal para mais gastos públicos, incluindo as emendas parlamentares+

7/Por isso, desta vez, o ministro Paulo Guedes tem o apoio do Congresso para uma manobra que limite o pagamento dos precatórios em R$ 40 bilhões, empurrando o que sobrar para 2023. Com a folga, haveria espaço do orçamento para Bolsonaro jogar a máquina para a sua reeleição+

8/FIM É fato que todo governo para se reeleger abre as torneiras das bondades para suas bases eleitorais e tentam convencer seus eleitores que o céu é o limite. Bolsonaro vai fazer de tudo um pouco. Azar de quem vier depois. Meu artigo para @VEJA veja.abril.com.br/blog/thomas-tr…